Chamada de trabalhos: Revista Práticas de Linguagem



A Revista Práticas de Linguagem já está recebendo trabalhos para sua primeira publicação em 2011.

Trata-se de uma publicação eletrônica do Grupo de Pesquisa FALE – Formação de Professores, Alfabetização, Linguagem e Ensino, localizado na Faculdade de Educação da UFJF, destinada a professores e pesquisadores da área de Linguagem.

A revista, de circulação semestral, pretende ser um veículo de divulgação de relatos de experiência e práticas bem sucedidas desenvolvidas em escolas de Ensino Fundamental e Médio, contribuindo com a troca de experiências entre professores na área de Educação e Linguagem.

Convidamos você, professor, a entrar nesse site e compartilhar conosco seu conhecimento e dividir com os colegas sua vivência como professor de Língua Portuguesa.

Os trabalhos devem ser enviados para grupo.fale@ufjf.br até 18/02/2011.

Maiores informações: http://www.ufjf.br/praticasdelinguagem/

Governo não cumpre meta de garantir um computador por aluno

A meta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de garantir a todos os alunos da rede pública um computador no valor de 100 dólares não foi cumprida e acabou sendo terceirizada aos governos estaduais e prefeituras por um valor superior ao previsto.

Leia a matéria de Simone Iglesias e Larissa Guimarães para a Folha.com em http://www1.folha.uol.com.br/saber/851426-governo-nao-cumpre-meta-de-garantir-um-computador-por-aluno.shtml

Manifesto de apoio ao PDE-PR

O programa jornalístico Paraná TV da 1ª edição do dia 18/12/2010, traz uma reportagem que contém várias afirmações e conclusões infundadas e inverídicas sobre o PDE - Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná. Na "NOTA DE ESCLARECIMENTO DO PDE/PR" contra-argumentamos estes silogismos erísticos.

Agora, pedimos o seu apoio em defesa do PDE que é a NOSSA Política de Estado para a NOSSA Formação continuada. Portanto, participe do abaixo-assinado: MANIFESTO DE APOIO AO PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA DO PARANÁ – PDE/PR assinando o documento online.

Para ler o documento MANIFESTO DE APOIO AO PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA DO PARANÁ – PDE/PR, clique aqui.

Além disso, solicitamos sua colaboração, repassando esta solicitação de apoio ao PDE a outras pessoas e entidades do Paraná e de todo o Brasil.

Adaptado de http://www.pde.pr.gov.br/modules/noticias/index.php?storytopic=2.

Uma avaliação a ser avaliada: artigo de Gabriel Perissé sobre o Pisa 2009

Os resultados do Pisa 2009 (Programa Internacional de Avaliação dos Alunos) continuaram a registrar que a educação brasileira, especialmente nas escolas públicas, apresenta deficiências que só serão superadas com tempo, investimento e muito trabalho.

Contudo, houve um avanço. Pequeno, mas significativo. O que deveria nos poupar de espantos e escândalos.

Comparações podem ajudar. No Pisa 2000, a média brasileira em leitura era de 396 pontos. A Finlândia (primeiro lugar) obteve 548 pontos. O México, para escolhermos um país latino-americano próximo a nós, alcançou 428 pontos. Uma década depois, analisando de novo as médias com relação à leitura, o Pisa 2009 mostra Finlândia (agora em terceiro lugar) com 536 pontos; México, com 425 pontos. E o Brasil, com 412 pontos.

México e Finlândia perderam pontos. Já o Brasil ganhou, e melhorou sua situação, em percurso acidentado, conforme o quadro abaixo:


Estes resultados devem conduzir ao realismo. De nada adiantam comentários batidos sobre a catástrofe educacional. [...]

O realismo recomenda atitude equilibrada, com ânimo de luta. Avaliemos a avaliação. A evidente melhora, por modesta que seja, revela os esforços concretos, por parte do MEC e das secretarias de Educação. O essencial, neste momento, além de divulgar dados, é mostrar os pontos em que devemos concentrar nossa atenção. E que decisões devemos tomar? Que decisões as famílias, os governantes, os professores, os jornalistas devem tomar?

Cada um seu âmbito. As famílias devem assumir sua tarefa básica (óbvia e tão necessária) de acompanhar e incentivar os filhos. Aos professores, cabe cuidar de sua própria formação. Ninguém dá aquilo que não tem. Professores que não gostam de ler dificilmente formarão leitores. Quanto à mídia, cabe aos seus profissionais evitar a lamentação fácil e descobrir o porquê de nossas claudicações educacionais.

Leia na íntegra o artigo no Observatório da Imprensa em http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=620CID001

A peso de ouro: o que muda com a proliferação de grandes grupos privados na educação pública e particular do país


Quais os sentidos e objetivos da educação? Mais do que uma questão filosófica ou retórica, a pergunta ganha um sentido renovado frente à recente movimentação dos grupos educacionais privados - mais conhecidos como sistemas de ensino apostilados -,intensificada no início do segundo semestre de 2010.

Somente entre julho e agosto, foram fechados quatro grandes negócios. Em meados de julho, a Abril Educação comprou o Anglo - um dos grupos mais tradicionais do país. Um mês depois, o fundo de investimentos BR Investimentos comprou parte da Abril Educação, numa transação na faixa de R$ 200 milhões.

Ainda em agosto, a britânica Pearson, conhecida como o maior grupo editorial do mundo (leia-se Longmann e The Economist, entre outras marcas) entrou no jogo: assumiu o controle do Sistema Educacional Brasileiro (SEB), proprietário do COC, Pueri Domus e Dom Bosco. No final do mesmo mês, a Buffalo Investimentos adquiriu a operação de apostilas e treinamento docente do Universitário. No primeiro semestre, a Kroton Educacional adquiriu o Grupo Iuni (ensino superior), por R$ 600 milhões.

As empresas não revelam seu faturamento, mas estimativas da consultoria Hoper indicam que a receita do setor gira em torno de R$ 1 bilhão e que o número de alunos, considerando os dez maiores grupos - aproxima-se de 2,7 milhões (ou seja, 37% dos 7,3 milhões de matrículas na rede privada de Educação Básica em todo o país). E a presença dos sistemas estruturados de ensino não se restringe a escolas particulares; cada vez mais, estão sendo adotados pelas redes municipais, especialmente nas regiões mais ricas do país, como o Estado de São Paulo. Além disso, o modelo começa a ser adotado em grandes grupos de ensino superior.

Pesquisa da professora Theresa Adrião, da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), indica que o número de prefeituras paulistas que adotam sistemas de ensino aumentou 14 vezes entre 2001 e 2009, saltando de 16 para 225.

Outro levantamento, realizado pela organização Observatório da Educação, concluiu que 23% das 645 prefeituras paulistas não aderiram ao Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) do Ministério da Educação (MEC) neste ano e, por isso, não receberão, em 2011, livros distribuídos gratuitamente pelo governo federal - o que está associado à utilização de material desenvolvido pela própria Secretaria de Educação ou, o que é mais comum, à preferência pela compra de sistemas estruturados desenvolvidos por empresas privadas.

Para Theresa, o fenômeno é preo­cupante. "O formato adotado por esses grupos para a oferta de serviços ao segmento educacional público reforça uma concepção de educação que se restringe à transmissão de conteúdos", analisa. "A educação - especialmente na Educação Básica - precisa ser muito mais do que um treino para provas e testes."

Ou seja, o que está em jogo é mais do que a opção por um ou outro tipo de material didático - livro, apostilas ou livros integrados (nome que o Positivo, o maior sistema educacional do país, atribui ao seu material didático). A questão que se coloca, emenda o professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) Romualdo Portela, é outra:

"O debate gira em torno da concepção educativa, na medida em que o material proposto pelos sistemas de ensino não dá conta de dimensões da educação que ultrapassam a transmissão de conteúdos, como a educação para os valores e para a cidadania. Dessa maneira, há um empobrecimento do que se entende por educação seja ela pública ou privada".

Leia na íntegra a matéria de Marta Avancini para a Revista Educação, edição 164, em http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=13041

Governo lança edital para estimular a inclusão digital

Brasília - Um edital lançado pelo governo visa a estimular a inclusão digital pedagógica e social. Em fase de teste, a iniciativa prevê a distribuição de computadores portáteis em escolas públicas, no âmbito do Programa Um Computador por Aluno (Procura).

O programa é da Presidência da República, em conjunto com os ministérios da Educação e Ciência e Tecnologia, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação).

As propostas aprovadas serão financiadas com recursos do Tesouro Nacional, no valor estimado de R$ 5 milhões, a serem liberados em duas parcelas: R$ 2,5 milhões em 2011 e R$ 2,5 milhões em 2012. Cada projeto aprovado terá o valor máximo de R$ 250 mil e prazo máximo de execução de 24 meses.

Os projetos apresentados devem fomentar inovações e fundamentação científica para a educação. Devem desenvolver processos e produtos relacionados à aprendizagem com o uso de laptop e estudar os impactos sociais e de inclusão digital provocados pelo uso desse equipamento nas escolas.

Os projetos devem ser voltados também para a investigação de práticas pedagógicas e de gestão, com foco na sala de aula, na escola e nos sistemas de ensino, decorrentes do uso do laptop educacional.

O pesquisador interessado deve ter título de doutor, currículo cadastrado na Plataforma Lattes (sistema do CNPq), experiência em projetos educacionais e no uso pedagógico de tecnologias da informação e comunicação e ainda ter vínculo formal com a instituição de execução do projeto.

As propostas devem ser encaminhadas ao CNPq exclusivamente pela internet, por meio do Formulário de Propostas Online, disponível na Plataforma Carlos Chagas, até o dia 7 de fevereiro de 2011.

Da Agência Brasil
Edição: Juliana Andrade

Instituto Claro apresenta cartilha sobre o uso de tecnologias na aprendizagem

Chamada de trabalhos: Signum - Tema: "Formação de Professores para o Ensino de Línguas"

A revista Signum v. 14, n. 1, a ser publicada no primeiro semestre de 2011, está com o tema "Formação de Professores para o Ensino de Línguas".
O link é http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/signum e a submissão online.
Os artigos devem ser submetidos até 31 de março de 2011.
A Signum está classificada como Qualis B1.

Profa. Telma Nunes Gimenez
Prof. Núbio Delanne Ferraz Mafra
(Organizadores)

Novo dispositivo bio-ótico organizado de conhecimento: LIVRO



Segundo consta, este vídeo foi baseado no texto "L.I.V.R.O" de Millôr Fernandes.

II Colóquio Formação de Professores e Cibercultura na UFJF

O Grupo de Pesquisa LIC - Linguagem, Interação e Conhecimento (FACED/UFJF), coordenado pela Profa. Dra. Maria Teresa de Assunção Freitas, promove, de 09 e 10 de dezembro de 2010, o II Colóquio Formação de Professores e Cibercultura: escola, tecnologias digitais e cinema.

Em crise, magistério atrai cada vez menos

Levantamento dos últimos censos escolares do Inep mostra que, de 2005 a 2008, caiu 12,4% o número de concluintes de cursos superiores de "formação de professores de matérias específicas".

Com a professora de História doente, e sem que a escola conseguisse substituto, o jeito foi os alunos fazerem as vezes de professor: em julho de 2009, três alunos do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Ernesto Faria deram aula dessa disciplina para colegas que estavam no 1º e no 2º ano.

A falta de professores que atinge os ensinos fundamental e médio é um problema que começa nos bancos das universidades, onde os alunos não querem mais se formar como professor.

Um levantamento dos últimos censos escolares do Inep mostra que, de 2005 a 2008, caiu 12,4% o número de concluintes de cursos superiores de "formação de professores de matérias específicas" - o item, no censo escolar, que abriga licenciaturas como as de Português, Matemática, Química e Física.

Se eram 77.749 em 2005, foram para 68.128 em 2008 - ano que viu 817 alunos concluírem cursos de "formação de professores em Português", enquanto o de Direito formou 85 mil, e cursos de Administração, 103 mil.

O dado vai ao encontro de números da Fundação Carlos Chagas que dão conta de que, em média, 70% dos alunos que entram em cursos de licenciatura desistem antes de completá-lo.

Diminuiu ainda o número dos que entram nas faculdades para cursá-los: de 2005 a 2009, o número de alunos ingressando nesses cursos caiu 23,7% na rede privada e de 11,4% na rede pública, segundo o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp). Nesse período, o número total de matrículas em cursos de licenciatura nas redes pública e privada também caiu 8,1%.

Leia na íntegra a matéria de Alessandra Duarte e Carolina Benevides para O Globo em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/11/20/em-crise-magisterio-atrai-cada-vez-menos-923067322.asp

Laptops começam a ser distribuídos em escolas na semana que vem

A partir da próxima semana, começam a ser entregues os últimos computadores do projeto-piloto Um Computador Por Aluno (UCA). Até o fim de setembro, serão distribuídos 150.000 laptops em 300 escolas de todo o país, informou o Ministério da Educação (MEC).

Leia na íntegra a matéria da Veja em http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/um-computador-por-aluno-entregara-mais-150-mil-laptops.

Grandes nomes da literatura brasileira ganham versões de suas obras mixadas com elementos pop

Jane Austen tem passado por um intenso revival pop. A escritora inglesa, morta há quase dois séculos, jamais deixou de vender (muitos) livros, mas agora sua obra conta com a forcinha de artifícios modernos para se recriar. Foi ela que deu início à febre mundial de paródias literárias, que renderam uma versão em que a autora é uma vampira bicentenária ("Jane Austen - a vampira", do selo Lua de Papel da Leya Brasil) e até um filmete intitulado "Jane Austen's fight club" (assista aqui), em que a personagem Elizabeth Bennet comanda um clube da luta como o criado por Chuck Palahniuk e filmado por David Fincher em 1999.

Seguindo os mesmos princípios, os americanos Seth Grahame-Smith e Ben H. Winter foram responsáveis pela inusitada mistura de "Orgulho e preconceito" e "Razão e sensibilidade" com zumbis e monstros marinhos (Editora Intrínseca). Esses mashups literários, um tipo de renovação pouco ortodoxa de grandes clássicos, inspiraram versões brasileiras que se apoiam em cânones da nossa literatura e acabam de chegar às prateleiras. Aqui, é Machado de Assis a nossa Jane Austen de bigodes. Se estivesse vivo, o Bruxo do Cosme Velho veria Bentinho e Capitu em meio a ETs, Simão Bacamarte investigando mutantes e Brás Cubas vivendo como um zumbi sanguinário.

Leia na íntegra a matéria de Lívia Brandão para O Globo em http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2010/09/12/grandes-nomes-da-literatura-brasileira-ganham-versoes-de-suas-obras-mixadas-com-elementos-pop-917610449.asp

Seleção para Mestrado e Doutorado na UEL


Universidade Estadual de Londrina
Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem (PPGEL)
SELEÇÃO PARA MESTRADO E DOUTORADO
Ingresso: 1º semestre de 2011
Período de inscrição: 20 de setembro a 8 de outubro de 2010

Linhas de pesquisa:
– Descrição e análise linguísticas
– Estudos do texto/discurso
– Ensino/aprendizagem e formação do professor de língua portuguesa e de outras linguagens
– Ensino/aprendizagem e formação do professor de língua estrangeira

Maiores informações: http://www.uel.br/cch/ppgel

Só conhecimento teórico não forma bom professor, entrevista com Doug Lemov

"Docentes também precisam de técnicas para transmitir conhecimento, inspirar crianças e manejar sala de aula", diz educador

Quando, aos 21 anos, começou a dar aulas, Doug Lemov, 42, conta que ouviu conselhos como "espere o máximo dos seus alunos todo dia" ou "tenha altas expectativas sobre seu desempenho". No momento em que ficava em frente aos estudantes em sala de aula, porém, isso lhe parecia pouco útil.

No meio de tantas frases de efeito, um professor mais experiente lhe falou algo bastante concreto: "Quando precisar dar instruções aos alunos, não faça isso caminhando pela sala enquanto distribui papéis. Eles precisam entender que o que você fala é mais importante do que qualquer outra tarefa".

Foi a partir de dicas práticas como essa que Lemov, hoje diretor de uma rede de escolas nos EUA, passou a prestar atenção nas técnicas dos melhores professores.

Sua obsessão em descobrir o que faz o docente top quando fecha a porta de sua classe o levou a filmar por seis anos aulas de profissionais que conseguiam, mesmo em situações adversas, que seus alunos aprendessem.

Este trabalho virou livro de repercussão nos EUA, com 150 mil cópias vendidas, e que será lançado em outubro no Brasil, com o nome "Aula Nota 10" (Fundação Lemann e editora Da Boa Prosa).

Nele, Lemov descreve em termos bem práticos 49 técnicas de bons professores. Podem não ser frases glamourosas, mas funcionam. Em entrevista à Folha, o autor diz que seu livro não menospreza o conhecimento teórico. Apenas argumenta que, em vez de aprender apenas a partir de teorias, professores precisam olhar para o que fazem seus colegas com melhor desempenho.

Leia a entrevista em http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=72842

Chamada de trabalhos: TLA (Qualis A1) - Tema: "Linguagens e Tecnologia"


Chamada de trabalhos para o número da revista Trabalhos em Linguística Aplicada dedicado ao tema "Linguagens e Tecnologias - debates contemporâneos no campo aplicado".

Os artigos devem ser submetidos através do site da revista (http://www.iel.unicamp.br/revista/index.php/tla/about/submissions) até 20 de agosto de 2010 e serão avaliados em função dos parâmetros já estabelecidos pela revista e da contribuição para os debates contemporâneos sobre o tema.

UEL fará concurso público para contratar 151 professores

A Universidade Estadual de Londrina vai realizar concurso público para contratação de 151 professores.
As inscrições serão realizadas de 6 a 13 de setembro (exceto feriado, sábado e domingo).

Para o Departamento de Letras Vernáculas e Clássicas, as vagas são as seguintes:
– Metodologia e Prática de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura (2 vagas);
– Língua Portuguesa (1 vaga);
– Língua Portuguesa/LIBRAS (1 vaga).

O Edital 193/2010 já está disponível no site http://www.uel.br/prorh/index.php?content=selecao/concdoc/193_2010/index.php.

"Gêneros de discurso nos livros didáticos de português: formação para os multiletramentos?": palestra de Roxane Rojo ao vivo pela Rádio FaE-UFMG

Como os diferentes gêneros do discurso são incorporados pelos livros didáticos e pelos próprios professores em sala de aula? Esse é o tema que será discutido no próximo Ceale Debate, no dia 10 de agosto, às 19h30, na Faculdade de Educação da UFMG, no campus Pampulha. A conferencista convidada é a professora de linguística aplicada da Universidade Estadual de Campinas, Roxane Rojo. Ela irá fazer a palestra Gêneros de discurso nos livros didáticos de português: formação para os multiletramentos?.

Desde a década de 1990, com as mudanças nos Parâmetros Curriculares Nacionais, os gêneros foram incorporados no ensino da língua portuguesa. No entanto, isso nem sempre é feito de maneira satisfatória. “A maioria dos livros dá atenção à forma ao invés de trabalhar com os gêneros enquanto objetos de ensino”, critica Roxane Rojo.

Segundo a professora, os livros impressos são insuficientes para se trabalhar com o multiletramento, pois não comportam conteúdos multimodais (como imagens, músicas e vídeo), o que prejudica a exploração dos diversos gêneros do discurso. “Muitas vezes o problema está na utilização do professor, que reduz a análise de um quadrinho, por exemplo, a uma narrativa”, afirma.

Além de professora, Roxane Rojo é pesquisadora do Grupo Livro Didático de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental: Produção, Perfil e Circulação (LDP-Properfil), composto também pelo Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq e por pesquisadores do Ceale. O LDP-Properfil estuda os livros didáticos de língua portuguesa e de alfabetização no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), as características pedagógicas e discursivas, produção, circulação, bem como as políticas e legislação que os regem .

As conferências do Ceale Debate são gratuitas e não é necessário se inscrever para participar. As palestras serão transmitidas ao vivo pela Radio FaE, via internet.

Para estudantes da era da internet, não há vergonha em copiar

Plagiar conteúdos online é algo natural para estudantes da era digital. Pesquisadores tentam entender o fenômeno

[...]
A antropóloga da Universidade de Notre Dame Susan D. Blum, perturbada pelo alto índice de plágio, passou a estudar como os alunos veem a autoria e a palavra escrita, ou "textos", em linguagem acadêmica.

Ela realizou uma pesquisa etnográfica com 234 alunos dos cursos de graduação da Universidade Notre Dame. “Os estudante de hoje estão em uma encruzilhada formada por uma nova forma de conceber textos e as pessoas que os criaram e aquelas que as citam”, ela escreveu em seu livro “My Word!: Plagiarism and College Culture” (Minha Palavra: Plágio e a Cultura Universitária, em tradução livre).

Blum argumenta que os textos dos estudantes revelam algumas das mesmas qualidades do pastiche que impulsiona outras criações de hoje – programas de TV que constantemente fazem referências a outros programas ou músicas que usam trechos de outras músicas.

Em entrevista, ela disse que a ideia de um autor cujo esforço único cria um trabalho original tem raiz na concepção do indivíduo elaborada durante o Iluminismo. Ela é reforçada pelo conceito ocidental de propriedade intelectual defendida pela lei de direitos autorais. Mas ambas tradições estão sendo questionadas.

“Nossa noção de autoria e originalidade nasceu e floresceu, mas pode estar esvanecendo”, disse Blum.

Ela afirma que os estudantes estão menos interessados em cultivar uma identidade única e autêntica – como estavam na década de 1960 - do que em experimentar muitas personas diferentes, algo que a web permite com suas redes sociais.

Leia na íntegra a matéria de Gabriel Trip para o Último Segundo Educação em http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/para+estudantes+da+era+da+internet+nao+ha+vergonha+em+copiar/n1237738016671.html

O Projeto Leia Brasil acabou: carta aberta de Ezequiel Theodoro da Silva

A LEITURA VAI MORRENDO PELO CAMINHO. QUE DESGRAÇA!

Soube, hoje, do encerramento das atividades do LEIA BRASIL. Não posso deixar de vir a público para expressar a minha imensa tristeza diante deste acontecimento. Ao mesmo tempo, para demonstrar a minha intranquilidade a respeito do destino da leitura neste país.

Ao longo de minhas lutas por mais e melhores leituras para o povo brasileiro, sempre defendi a necessidade de uma "frente" constituída por uma grande - e diversa - quantidade de entidades (públicas e privadas) voltadas ao estudo e à promoção da leitura. A razão é mais do que óbvia: a vergonhosa, a horripilante paisagem que atualmente resulta dos descuidos e descasos dos governos brasileiros em relação ao desenvolvimento das práticas de leitura.

Em 2010, terceiro milênio, em meio às sociedades de informação e do conhecimento, o Brasil apresenta o terceiro PIOR nível de desigualdade de renda do mundo e um quadro sombrio expressando o número de leitores reais. A ferida do analfabetismo continua estuporada. Os iletrados funcionais representam quase a metade da população do país. A débil e debilitada rede de bibliotecas (públicas e escolares) nem de leve, nem de longe alimenta a promoção da leitura. Isto tudo a despeito dos incessantes - mas descontínuos, burocratizados e depauperados - programas de enfrentamento dessa questão.

Um dos efeitos básicos da leitura é a qualificação, para melhor, das decisões e ações dos indivíduos, robustecendo-lhes a cidadania. Outros países sabem disso e não perdem de vista o decisivo apoio aos trabalhos das entidades que indistintamente preservam e dinamizam os seus bens culturais escritos junto à população. No Brasil, infelizmente, ou se repete o erro de repetir políticas caolhas de apoio ao que não dá e nunca deu certo, ou se vira a cara para assistir, de camarote, talvez cinicamente rindo por dentro, à morte e ao sepultamento de importantes entidades culturais.

O valor do LEIA BRASIL advém da continuidade da iniciativa pioneira de Mário de Andrade de itinerar a leitura por entre escolas e comunidades através de caminhões. Um trabalho com professores e com estudantes de toda a comunidade escolar visitada para descobrir e experimentar algumas delícias do ato de ler. Advém também de um conjunto considerável de publicações (Leituras Compartilhadas, coleções de livros, CDs, DVDs, entrevistas, filmagens, etc.), de um poderoso portal de serviços pela Internet, de significativa participação em eventos nas várias regiões do país, de estudos e pesquisas, etc. Quer dizer, a entidade consolidou, historicamente, um "patrimônio" importantíssimo sobre as dinâmicas e os processos de leitura no Brasil - um patrimônio que seguramente vai pro brejo por falta de um olhar de natureza solidária, profissional, sensível dos organismos de apoio ou de patrocínio.

Não quero discutir e nem condenar as razões que levaram Jason Prado, o idealizador e coordenador do LEIA BRASIL, a essa decisão. Quero, isto sim, evidenciar aos leitores deste texto que a morte de uma entidade representa não apenas a permanência do nosso evidente atraso cultural na área, mas fundamentalmente o imenso desvio dos rumos que nos conduzem à conquista do direito à leitura, o que o fundo e à inversa, significa o alastramento da idiotice - ou muita esperteza cínica - nas esferas responsáveis pela educação e cultura no Brasil. E, por tabela ou como reflexo, o alastramento da idiotice por toda a sociedade.

EZEQUIEL THEODORO DA SILVA
Cidadão brasileiro, "de luto"
http://www.leituracritica.com.br/

Livro para download: "“Novas Tecnologias de Informação e Comunicação em Redes Educativas"

Neste livro, 15 professores apresentam sua sua experiência na produção de mídia com alunos. Os professores gentilmente doaram os textos para este livro. A idéia principal do livro é motivar professores a produzir mídia com os alunos.

É de graça para os que desejarem baixar.

Prefácio: Nilda Alves (UERJ), Rosa Fischer Bueno (UFRGS), Rosalia Maria (PUC), Tânia Maria Esperon (UFPEL) e Liraucio Girardi (UNESP).
Texto de abertura: Ismar de Oliveira Soares (USP).
Organização: Josias Pereira (UNIFAMMA/Maringá)

Disponível em: http://erdfilmes1.dominiotemporario.com/doc/novas_tecnologiabook.pdf

Aniversário do blog Linguagem e Docência

Hoje, dia 27 de julho de 2010, o blog Linguagem e Docência está soprando a sua primeira velinha de aniversário.

Minha intenção ao criá-lo foi simplesmente fazer de forma mais organizada e ampliada o que eu já fazia através de e-mail: repassar “informações, reflexões e práticas no campo do Letramento Digital, Ensino de Língua Portuguesa e Formação de Professores”.

Mas confesso que a decisão de criar um blog não foi tão simples assim para mim. Uma preconceituosa resistência da minha parte adiou bastante o início desta empreitada. Porém, esta barreira foi sendo superada à medida que fui entendendo melhor os limites e as possibilidades de um blog.

Dentre outras coisas, descobri que poderia construir um espaço de compartilhamento de informações e reflexões num blog sem que, necessariamente, ele fosse explicitamente autoral, opinativo ou subjetivo – atributos tradicionalmente característicos de um blog. Todavia, entendo que esta “linha editorial” não descredencia a divulgação que procuro fazer no blog do percurso profissional meu e do Grupo de Pesquisa FELIP – Formação e Ensino em Língua Portuguesa (UEL-DGP/CNPq), que coordeno juntamente com a Profa. Alba Maria Perfeito.

Mesmo sem maiores pretensões, ao longo deste período o blog Linguagem e Docência acumulou alguns números que merecem registro. Vejamos:
7.347 visitas | média de 20,13 visitas/dia;
5.372 visitantes;
141 postagens;
58 seguidores no Google Friend Connect;
82 assinantes do Feedburner (postagens atualizadas via e-mail);
32 países e 259 cidades brasileiras visitaram o blog.

Finalizando, quero agradecer a todos vocês que, de uma forma ou de outra, ajudaram a construir este belo percurso de 1 ano do blog Linguagem e Docência.

De coração, muito obrigado!

Literatura na escola: programa de leituras para 6º a 9º ano


A partir do 6º ano, os alunos passam a ter um contato mais complexo com a literatura. Além de continuar lendo para ampliar o repertório de obras e autores conhecidos, nesta fase começam a estudar a literatura em si. A principal mudança com relação ao conteúdo dos anos anteriores é que a análise e a reflexão sobre o enredo, os recursos linguísticos e o contexto das obras literárias passam a ser objetos de ensino.

Para ajudar você a planejar as aulas de literatura, preparamos um programa completo de literatura para 6º a 9º ano, com a consultoria de Helena Weisz e Regiane Magalhães Boainain. Para cada ano, foram selecionadas quatro obras - que podem ser trabalhadas uma por bimestre. Por meio delas, a turma vai aprender a analisar a literatura e refletir sobre a língua escrita, em aulas interessantes e desafiadoras.

Confira na Nova Escola deste mês: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/literatura-escola-programa-leituras-6o-ano-549447.shtml

Cadastramento de docentes interessados em compor o Banco de Elaboradores do BNI-ENADE

Prezado(a) Professor(a),

Informamos que esta aberto o sistema de cadastramento de docentes interessados em compor o Banco de Elaboradores do Banco Nacional de Itens do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (BNI-ENADE).

O sistema de cadastramento insere-se em um processo mais amplo de estruturacao para que o INEP assuma diretamente a responsabilidade pela formulacao dos seus instrumentos de avaliacao, constituindo, para tal, um sistema de elaboracao e revisao de itens. Tem-se como intuito, tambem, aumentar a participacao da comunidade academica de todo o Brasil nos processos de avaliacao educacional desenvolvidos por este Instituto.

Os interessados poderao se cadastrar no periodo de 19 a 28 de julho de 2010 no endereco eletronico www.inep.gov.br. O Edital de Credenciamento, que contem as condicoes de cadastramento, selecao, convocacao e demais informacoes relevantes ao processo, assim como o Cronograma de Atividades do BNI Enade 2010, estao disponiveis na pagina de inscricao.

Por fim, solicitamos sua colaboracao na divulgacao do sistema BNI Enade 2010 entre colegas e demais docentes, e desde ja agradecemos a valiosa colaboracao no processo.

Atenciosamente,

Coordenacao-Geral do Enade
Diretoria de Avaliacao da Educacao Superior - DAES
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira - INEP
Ministerio da Educacao - MEC

- texto propositalmente sem acentuacao grafica -

Criar filhos em um ambiente rodeado de livros é benéfico para a educação deles, mostra estudo

Estudo internacional analisa a relação entre leitura e escolaridade em 27 países. O resultado indica: quanto mais livros houver em uma casa, mais anos de escolaridade tenderá a ter a criança que nela crescer.


Crianças que crescem rodeadas por livros podem ter até três anos a mais de escolaridade, independentemente da formação ou ocupação de seus pais. Esse foi o resultado apontado pelo maior estudo já feito sobre a relação entre os livros no ambiente doméstico e a educação escolar.

O artigo, publicado na revista Research in Social Stratification and Mobility, mostra que pessoas que cresceram em casas com até 500 livros têm 33% a mais de chance de concluir o ensino fundamental e 19% de se graduar numa universidade. Para chegar a esses números, pesquisadores americanos ouviram mais de 70 mil pessoas em países como China, Rússia, França, Portugal, Chile e África do Sul. [...]

A partir da pesquisa, eles defendem que políticas de estado sejam desenvolvidas para incentivar a educação.

A proposta é que se meça a quantidade de livros em cada casa de família e, de acordo com o resultado, o governo providencie mais exemplares para onde houver poucos. No trabalho, a socióloga argumenta que tal medida seria eficaz até mesmo para o desenvolvimento educacional e econômico de algumas comunidades rurais.
[...]

Foto: flickr.com/Ozyman – CC NC-SA 2.0.
Leia na íntegra a matéria de Larissa Rangel para o Ciência Hoje On-line em http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2010/07/livros-levam-mais-longe

Aluno de pós poderá acumular bolsa e atividade remunerada

Alunos de pós-graduação do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico) e da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) poderão agora acumular suas bolsas com outras atividades remuneradas.

A "antiga reivindicação dos bolsistas", nas palavras dos CNPq, foi atendida nesta sexta-feira (16), quando uma portaria assinada pelos presidentes dos órgãos, Carlos Aragão, do CNPq, e Jorge Guimarães, da Capes, foi publicada no Diário Oficial da União.

As atividades, porém, terão de ser aprovadas pelos orientadores e informadas aos programas de pós-graduação. Devem estar "relacionadas à área" do estudante e ser "de interesse para sua formação", diz a portaria.

O texto cita "especialmente [atividades de] docência nos ensinos de qualquer grau".

Leia na íntegra a matéria de Ricardo Mioto para a Folha de São Paulo, 16/07/2010, em http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/768189-aluno-de-pos-podera-acumular-bolsa-e-atividade-remunerada.shtml

Teste seletivo (professor temporário) para 2 vagas em Metodologia e Prática de Ensino do Departamento de Letras da UEL

A Universidade Estadual de Londrina, por meio do Edital 181/2010 – PRORH/TS, torna público que estarão abertas, de 19 a 23/07/2010, inscrições para Teste Seletivo Público Para Contratação de Professor Colaborador (também chamado de Professor Temporário).

Dentre as vagas existentes, há 1 (uma) vaga de 20h e 1 (uma) vaga de 40h para a área de Metodologia e Prática de Ensino de Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa.

Maiores informações: http://www.uel.br/prorh/selecao/ts/abertura/181_2010_abert.pdf

"Faltam bibliotecas em Londrina": entrevista concedida à RPC-TV Coroados (TV Globo-Londrina)

Professor Núbio Mafra (UEL) comenta pesquisa que diagnosticou o problema que atinge a cidade e também outros municípios do Paraná

Programa Paraná TV 1ª Edição. Apresentadora: Patrícia Piveta. 16/07/2010. Disponível originalmente em: http://www.rpctv.com.br/coroados/video.phtml?Video_ID=92093&tipo=

"Cenário preocupante: 445 cidades brasileiras não têm biblioteca municipal", entrevista concedida à Folha de Londrina

É o que revela pesquisa realizada pela FGV a pedido do Ministério da Cultura; no Paraná, 67 municípios ainda não disponibilizam o espaço

O poeta Carlos Drummond de Andrade dizia: ''A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas por incrível que pareça a quase totalidade não sente esta sede.'' A frase traduz a realidade atual do País. A pesquisa ''Retratos da Leitura'', realizada pelo Instituto Pró-livro, mostra que os brasileiros leem em média 1,3 livro por ano, incluindo as obras didáticas e pedagógicas. Nos Estados Unidos, por exemplo, esse índice é de 11.

A pedido do Ministério da Cultura, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) desenvolveu o 1º Censo das Bibliotecas Públicas. E os resultados são preocupantes. Para se ter uma ideia, 445 cidades brasileiras não contam com bibliotecas municipais. No Paraná, são 67. E, enquanto Curitiba se destaca como o município com o maior número de bibliotecas para cada 100 mil habitantes do Estado, Londrina apresenta o pior índice.

Foto: Eduardo Anizelli
''A cidade, apesar de ter uma boa Biblioteca Municipal, enfrenta o problema a exemplo do restante do País. É preciso haver investimento público, chamando os profissionais que atuam diretamente com a leitura, como bibliotecários, editores e professores, a buscar soluções para o problema. Muitas vezes os projetos não são devidamente discutidos com segmentos importantes'', afirma o professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL) Núbio Mafra, que é vinculado à linha de pesquisa Ensino/Aprendizagem e Formação do Professor de Língua Portuguesa.

Nesta entrevista, ele afirma que ''o problema torna-se mais agudo com a cultura de leitura da contemporaneidade, que prioriza cada vez mais a simplificação do texto.'' Questionado sobre como a família pode incentivar o hábito na vida da criança, Mafra diz que não tem como despertar o prazer da leitura se os pais não leem. ''É importante propiciar situações em que o texto seja tratado de forma significativa'', observa o professor.

A que o senhor atribui o número de cidades brasileiras sem bibliotecas, como mostrou a pesquisa?
A pesquisa apresenta um cenário bastante preocupante. Na contemporaneidade nós temos um processo de letramento mais amplo. Junto com o livro há outras linguagens incorporadas ao cotidiano, como as envolvidas na relação com a internet. É preocupante pensar que temos um desafio mais ampliado do que a questão das bibliotecas municipais. Temos que pensar em espaços multimídias para o desafio da contemporaneidade no campo da linguagem. E não estamos conseguindo nem dar conta do 'feijão com arroz'.

E por que não?
Sem dúvida as políticas públicas têm uma importância bastante grande nesse sentido. De acordo com a pesquisa do Ministério da Cultura, cinco municípios sinalizaram que não têm interesse em receber uma biblioteca. Os próprios gestores desconsideram essa possibilidade. Outro aspecto que me chamou a atenção é a estrutura das bibliotecas já existentes que está muito aquém do desejado. Há uma precariedade no uso dos computadores nesses ambientes. Percebo que mais do que um problema de ação do poder público há uma cultura que não incentiva essas questões.

Qual a melhor forma de incentivar a prática da leitura?
Essa ação precisa ser capitaniada pelo Estado, mas não se encerra nele. Deve haver interferência da família, da sociedade de forma geral e, naturalmente, da escola. São ações que precisam atuar nos diferentes campos. O problema torna-se mais agudo com a cultura de leitura da contemporaneidade, que prioriza cada vez mais a simplificação do texto.
Recentemente li uma entrevista com um historiador americano que trabalha com o hábito da leitura em que ele diz que as pessoas cada vez mais estão tendo dificuldades de parar para ler qualquer coisa que demanda muito tempo. A fugacidade e a informação rápida são importantes, mas estamos correndo o risco de formar sujeitos leitores só por esse caminho.

Como a família pode despertar o gosto da criança pela leitura?
O hábito tem que se tornar algo menos ''importante'' para não ficar em um patamar de seriedade e de distanciamento. Claro que a leitura é importante, mas devemos tratá-la como algo mais casual e, se possível, mais ''ordinário'' para a nossa vida. Eu acho que esse é um caminho. Mas definitivamente não tem como despertar o prazer da leitura nas crianças se os próprios pais não leem. É importante propiciar situações em que o texto seja tratado de forma significativa.

Para muita gente a leitura é uma atividade chata e cansativa. Talvez isso aconteça pela falta de incentivo e de exemplo dos pais?
A leitura é uma prática marcadamente sociocultural. Hoje ela se torna ainda mais importante por conta da fragmentação do texto e da fugacidade das informações. Dentro da estrutura de textos encontrados na internet, o fascínio pela leitura fica detido e o trabalho se torna cada vez mais difícil de se desenvolver. Assim como a escola, a família também desempenha o papel de formadora. E o grande diferencial da leitura é humanização no âmbito de um sujeito mais reflexivo e pró-ativo, que tem mais qualidade e consistência na construção de seus relacionamentos interpessoais. Hoje temos mais facilidade para as coisas, mas cada vez menos conseguimos dar sentido a tudo.

Matéria de Paula Costa Bonini
Folha de Londrina, Opinião, p. 3, 15/07/2010.

Linguagem e Tecnologia: novo GT da ANPOLL

Durante o XXV Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística (ENANPOLL), realizado semana passada na UFMG, foi aprovada a criação de um novo Grupo de Trabalho (GT).

Trata-se do GT Linguagem e Tecnologia, coordenado pela Profa. Dra. Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva (UFMG) e do qual também faço parte.

Na proposta de criação do GT consta que, "inicialmente, os trabalhos se concentrarão em conhecer o próprio campo e suas diversas linhas temáticas, tais como: estudos sobre hipertexto; descrição de gêneros digitais; literatura e informática; recursos didáticos impressos e virtuais, estudos sobre multimodalidade; ensino mediado por tecnologia; interação mediada por tecnologia; ambientes de ensino-aprendizagem mediados por recursos tecnológicos; tecnologias e mediação de experiências multilíngues; aprendizagem colaborativa on-line; formação de professores; novos letramentos/letramentos digitais e formas variadas de apropriação tecnológica em contextos escolares e não-escolares".

O círculo do mal da educação brasileira, artigo de Paulo Ghiraldelli Jr.

Paulo Ghiraldelli Jr. é filósofo, escritor e professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Quem sai de um curso de licenciatura de uma faculdade particular, não raro se dirige ao mercado de trabalho e, se continua a vida no que se formou, acaba trabalhando como professor na escola pública ou particular de ensino básico. O egresso da universidade pública, por sua vez, se dirige para o mestrado e depois para o doutorado e, então, volta como professor para a universidade pública.

Esse círculo nada virtuoso está longe de qualquer abalo. Ao contrário, ele parece que até está se tornando a regra geral, com poucas exceções, em nosso país.

A hora-aula do professor do ensino público básico está em torno de sete reais. Não há uma profissão mais mal remunerada que a de professor do ensino público básico e, por isso, com tamanha falta de atratividade por parte da escola básica, os mais bem formados como professores nem pensam em trabalhar nela.

Os que se formam nas licenciaturas das universidades públicas podem não ser gênios eruditos, mas rapidamente se percebem tão melhores que a maioria dos formados em faculdades particulares que, então, desistem logo de ir para o mercado de trabalho da profissão. Os desejosos de exercer a profissão, nessa elite, se encaminham rapidamente para o ensino superior público onde iniciam com o salário que seria o correto - e talvez o mínimo - para o professor da escola básica.

Como prioridade, não há qualquer medida a ser tomada para a melhoria da educação brasileira que não seja a de se tentar quebrar esse círculo maldito. O professor melhor formado precisa voltar para o ensino básico público. Para que o recém-formado na universidade pública se dirija à escola pública e lá fique trabalhando, o salário precisa ser equiparado ao salário de entrada na universidade pública. Fora disso, conversar sobre política educacional no Brasil é perda de tempo.
[...]

Leia na íntegra o artigo do autor no JC e-mail 4048, de 08 de Julho de 2010 em http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=72029

II SNEL - Seminário Nacional em Estudos da Linguagem (UNIOESTE-Cascavel)

O II Seminário Nacional em Estudos da Linguagem (II SNEL), proposto pelo Colegiado do Curso Letras e pelo Programa de Pós-graduação Stricto Sensu - Mestrado em Letras, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, é um evento acadêmico-científico que tem por objetivo congregar pesquisadores da área da Linguagem, atuantes no Brasil e no exterior, para discutir, refletir e divulgar a produção científica, acadêmica, técnica e cultural em Letras, Línguística, Literatura e áreas afins.

As inscrições com apresentação de trabalho deverão ser realizadas até 15/07/2010.

Os interessados em participar SEM apresentação de trabalho terão até o dia 30/09/2010 para realizar a inscrição.
 
Maiores informações: http://www.unioeste.br/eventos/iisnel2010/

Professor da UnB critica a formação de doutores no Brasil

No último dia 10, os consultores do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, apresentou um estudo que concluiu, dentre outros, uma taxa média de 11,9% de crescimento ao ano do número de doutores no país.

Para falar da expansão da pós-graduação no Brasil, a ADUNB entrevistou o professor do Departamento de Biologia Celular, Marcelo Hermes-Lima. Confira a seguir trechos da entrevista:

- O estudo do CGEE mostrou que entre 1996 e 2008 o número de doutores titulados no Brasil cresceu 278%. O que o senhor acha da expansão da pós-graduação no país?
A minha visão é contrária à expansão da pós-graduação, especialmente do doutorado. A maioria das pessoas acreditam que o crescimento no Brasil - e na UnB também - é positivo. A taxa de aumento, alguns anos atrás, chegou a variar entre 10% e 20%, um crescimento chinês. E todo mundo comemora isso, exceto alguns poucos. Eu acho que é um crescimento exagerado. Aliás, responder isso agora ficou mais fácil, desde que o país entrou no chamado super aquecimento. Esse crescimento de 9% ao ano o qual o país não suporta, já que não temos estrutura física para tanto bussines. E a mesma coisa acontece na pós.

- Como é essa comparação?
Para se ter pós-graduação são necessárias quatro coisas: os alunos, que querem fazer pós; os professores, que vão orientar e dar aula; os cursos e, claro, dinheiro. Dinheiro não tem sido o problema. Então o que acontece? Você tem um crescimento muito grande tanto no número de cursos, de alunos e de orientadores. Um olhar desatento, pensa "que bom!". Não. Muito pelo contrário. O país está andando para trás com esse crescimento exagerado da pós. Primeiro porque os professores têm uma capacidade finita de orientar. Antigamente, cada professor orientava cinco, hoje está orientando dez alunos. E isso causa uma queda da qualidade. Obviamente, você não consegue dedicar suficiente tempo para orientar esses alunos. Para formar doutores é preciso um trabalho artesanal. Eles têm que ser treinados, pois podem se transformar em orientadores no futuro. Além disso, nem todos têm capacidade de ser orientadores. Tem muita gente que não tem a formação técnica e a capacidade de orientar. E nem todo mundo tem a qualificação necessária para ser orientador de doutorado. E com esse crescimento exagerado, a pós está pegando vários professores que não têm a menor capacidade de orientar, mesmo que não queiram, porque vão pegar uns pontos a mais, vão ter uma promoção. Outro problema é a existência de alunos que não deveriam estar fazendo doutorado, porque não tem capacidade para isso.

- O senhor acredita, então, que nem todo mundo está apto a fazer um doutorado?
Sim. É curioso que hoje já entendemos que nem todo mundo deve fazer graduação. O candidato à presidência José Serra, por exemplo, está fazendo campanha pelo ensino técnico. A ideia é: o que adianta sair com um diploma de administração se você não vai administrar uma empresa? O problema é o mesmo no doutorado. Sendo muito otimista, acredito que metade desses milhares de alunos de doutorado é composta pelos que eu chamo de "doutores mobral", o doutor analfabeto, que mal sabe ler um artigo científico, quanto mais escrever. O Brasil quer formar doutores, então vamos formar de verdade.
[...]

- O senhor acha que essa situação se sustenta no futuro?
Seria sustentável se as pessoas vivessem para sempre. Mas as pessoas morrem, se aposentam. Essa política está completando 6, 7 anos. Começou na era FHC em que se estimulavam os pesquisadores a publicar. Na era Lula a pressão é para se publicar o máximo que puder. Então os estudantes que estão sendo formados agora e que estão sendo ultra pressionados não sabem fazer pesquisa direito. Está sendo uma formação a jato, massificada, e quero ver essas pessoas quando a minha geração morrer ou aposentar. Quero ver se eles vão dar conta do recado, porque eles não tiveram a formação necessária. E quero vê-los formando outros profissionais dentro dessa visão de mega-produção de baixa qualidade. A minha crítica não é à publicação. Sou "produtivista". Mas sou contra ao mega-produtivismo.

- O senhor acha que esse panorama é contornável?
O que está acontecendo no Brasil é uma farsa e uma fraude com dinheiro público. Se fosse algo que pudesse ser resolvido mudando a política, mas não é. Será um "dano irreparável". Eu diria hoje, sem problemas, que temos de 30 a 40 mil doutores "Mobral" no Brasil, disputando empregos. Qual o problema para o Brasil? Imaginamos o país daqui a quinze anos sem capacidade de fazer ciência de ponta porque toda a geração se aposentou e os atuais não foram formados adequadamente.

Leia a íntegra da entrevista no JC e-mail 4046, de 06 de Julho de 2010: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=71975

III Colóquio Internacional sobre Letramento e Cultura Escrita

De 5 a 8 de outubro, a Faculdade de Educação da UFMG realiza a terceira edição do Colóquio Internacional sobre Letramento e Cultura Escrita. Com o tema "Diversidade e diferença na educação: cultura escrita, letramentos, políticas linguísticas e identidades", o encontro pretende reunir pesquisadores brasileiros e estrangeiros em torno de discussões relativas à cultura escrita e ao letramento, assim como suas repercussões no campo do ensino e da pesquisa. Além de discussões teórico-metodológicas, o encontro visa favorecer a consolidação de grupos de pesquisa e colaborações acadêmicas entre programas de pós-graduação, no Brasil e no exterior.

Os interessados podem efetuar suas inscrições para apresentação de comunicações individuais até o dia 15 de julho.

Os trabalhos devem se organizar em torno de um dos seis eixos temáticos propostos:
1) A cultura escrita em ambientes escolares e não-escolares;
2) Dilemas e perspectivas em torno da alfabetização, da leitura e da escrita na escola básica;
3) Políticas linguísticas e ensino de línguas em contextos de comunidades com especificidades culturais e identitárias (povos indígenas, do campo, geraizeiros, quilombolas, vazanteiros, agricultores etc.);
4) A leitura e a escrita nas políticas e projetos de Educação de Jovens e Adultos;
5) A literatura nos processos de construção de especificidades culturais e identitárias;
6) Letramentos acadêmicos e formação de professores para a escola básica.

O resultado final será divulgado no dia 31 de julho e os participantes terão até o dia 10 de setembro para enviar o trabalho completo. Os demais interessados em participar do Colóquio podem efetuar sua inscrição até o dia 5 de outubro. Serão 200 vagas disponíveis no total.

Maiores informações: http://www.ceale.fae.ufmg.br/novidades_acao.php?catId=151&txtId=645

''Não existe consciência sobre importância da educação não formal'': entrevista com Maria da Glória Gohn

“Ainda não existe uma consciência sobre a educação não formal no país, um reconhecimento”, afirma a professora da Faculdade de Educação da Universidade de Campinas (Unicamp), Maria da Glória Gohn. Autora do livro “Educação Não Formal e o Educador Social: Atuação no Desenvolvimento de Projetos Sociais”, ela diz que ainda há resistência das pessoas contra a educação não formal, imaginando que as escolas perderiam “poder”.

Em entrevista ao Portal Aprendiz, Maria da Glória ressalta que a defasagem no ensino formal impede um olhar do poder público para a educação não formal.

Portal Aprendiz - Como a educação não formal contribui para a produção do saber?
Maria da Glória Gohn - Contribui na medida em que ela está presente nos campos que o indivíduo atua como cidadão. A concepção de educação não formal parte do suposto que a educação é um conjunto, uma somatória e articulação entre a educação formal, a informal e a não formal propriamente dita. Esta tem uma área própria, embora possa se articular com as outras duas. São aprendizados gerados ao longo da vida por experiências de participação em determinados processos.

Aprendiz - No que ela difere da educação integral?
Maria da Glória - A educação integral não foca em cruzamentos e articulações. Acaba sendo um conceito muito vinculado a habilidades necessárias a serem adquiridas para dar conta das adversidades da vida. Enquanto isso, a educação não formal está em um campo mais amplo, que advém de uma formação voltada para a cidadania. Coloca a questão dos valores, a importância de pensar a inovação e a criatividade. Com isso, retorna a temática da emancipação humana.

Aprendiz - Onde se desenvolvem as práticas de educação não formal?
Maria da Glória - Em locais onde há processos interativos que sempre têm uma intencionalidade. Poderá ocorrer no interior de um movimento social, entre aqueles que estão lá participando e reivindicando. Pode-se citar o movimento das mulheres, por meio do qual resultou em conquistas nas discussões sobre o lugar da mulher na sociedade. No caso de projetos sociais de ONGs, também tem um processo de aprendizagem, de diálogo, de gestão e de uma forma compartilhada de atuação.

Aprendiz - Qual é o papel do educador que atua nesse campo?
Maria da Glória - O papel é extremamente importante, porque sem a existência deles, simplesmente os projetos não existiriam. Muitas vezes não há uma programação e organização nos projetos como na escola, onde existem horários e as estruturas são disciplinadas por lei. O perfil desse profissional mudou um pouco com relação ao que tínhamos antes, que era a filantropia, o voluntariado assistencialista, o trabalho ocasional, mais ligado às mães ou a quem já se aposentou. Agora, temos uma parcela grande que é contratada para atuar profissionalmente.

Leia na íntegra a entrevista concedida a Desirèe Luíse para o Portal Aprendiz em http://aprendiz.uol.com.br/content/tresluhiho.mmp

Brasil forma mais doutores em humanas

Ciências exatas e da Terra caíram de 2º para 6º lugar entre as que mais geraram PhDs entre 1996 e 2008, diz governo. Humanidades puxam expansão da pós, o que compromete inovação tecnológica no país, diz presidente do CNPq

O doutorando brasileiro está cada vez mais interessado em Machado de Assis e menos em relatividade. Ao menos é isso o que sugere um novo levantamento do governo. Ele mostra que a expansão da pós-graduação brasileira é puxada, em primeiro lugar, pelo aumento de doutores nas humanidades, e não nas ciências exatas e biológicas. Em 1996, as ciências exatas e da Terra ocupavam o segundo lugar entre as áreas que mais formavam doutores no país, com 16,1%. Em 2008, caíram para o sexto lugar, com 10,6%. O tombo das engenharias foi menor. A área se manteve como a quinta que mais forma doutores, mas a sua fatia caiu de 13,7% para 11,4%. Redução similar teve a área de ciências biológicas. "Se olharmos as áreas que cresceram menos, elas ainda cresceram muito", diz Eduardo Viotti, que coordenou o estudo, realizado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. "É difícil criar doutorados em áreas de ciências exatas, da Terra e engenharias. Eles exigem laboratórios, não são cursos que precisam apenas de cuspe e giz", brinca.

"O custo mais baixo estimula as escolas particulares a abrir cursos nessas áreas. Os novos dados não me surpreendem", diz o especialista em política científica Rogério Meneghini, coordenador de Pesquisas do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Opas-OMS). Não foi só por causa das particulares que o número de doutores disparou, porém. Nesses 12 anos, as universidades federais aumentaram em mais de cinco vezes o seu número de doutores. Em 2005, aliás, elas ultrapassaram as estaduais e se tornaram as instituições mais importantes na pós-graduação do Brasil. Algumas estaduais, porém, como a USP e a Unicamp, ainda concentram grande parte das matrículas no país [...]. E, apesar do crescimento das federais, o país ainda tem apenas 1,4 doutor por mil habitantes, enquanto os EUA têm 8,4, e a Alemanha, 15,4.

MUDANÇA DE RUMO - Para Carlos Aragão, presidente do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), a queda relativa na formação de quadros em ciências exatas é preocupante. "Formar cientistas e engenheiros é fundamental para que exista inovação tecnológica nas empresas", afirma. Além disso, pondera, áreas estratégicas para o país precisam dessas pessoas, como o programa espacial, o programa antártico, a política nuclear, as questões que envolvem clima, energia e agricultura e o pré-sal.

Segundo ele, o CNPq tem procurado apoiar a formação de engenheiros e cientistas lançando editais voltados para essas áreas, assim como facilitando o acesso a bolsas a alunos que se interessarem pelas áreas. "É necessário corrigir essa distorção", diz. Os especialistas concordam, porém, que pode acontecer um movimento natural de fortalecimento das áreas que envolvem números. "Nos últimos 20 anos o país não cresceu muito, não havia muito emprego ou interesse nas áreas de engenharia ou ciências da Terra. Direito, economia e administração, por exemplo, eram as áreas onde havia mais possibilidade de os doutores se empregarem", diz Viotti. Com a economia do país se aquecendo e com empregos sobrando nas áreas de infraestrutura, o próprio mercado de trabalho pode incentivar alunos a buscarem as áreas de exatas, portanto.

(Matéria de Ricardo Mioto para a Folha de São Paulo, 04/07/2010)

Lançamento do Edital 2010 Prodocência (Programa de Consolidação das Licenciaturas)


Acesse o Edital e maiores informações em www.capes.gov.br/educacao-basica/prodocencia.

2° Colóquio sobre Hipertexto, CHIP – EaD em tela (UFCE)

O 2° Colóquio sobre Hipertexto, CHIP – EaD em tela, ocorrerá de 05 a 06 de agosto de 2010 (quinta e sexta-feira) na Universidade Federal do Ceará (UFCE).

É promovido pelo Grupo de Pesquisa Hiperged (Hipertexto e Gêneros Digitais), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Linguística (PPGL), do Departamento de Letras Vernáculas da UFCE, com apoio do Mestrado em Linguística Aplicada da Universidade Estadual do Ceará (UECE).

Inscrição com apresentação de trabalho: até 15 de julho.

Maiores informações: http://coloquiosobrehipertexto.blogspot.com/

IX SMELP - Seminário de Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa da FEUSP

O IX Seminário de Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa (IX SMELP), a ser realizado no período de 29 a 30 de setembro de 2010, na Faculdade de Educação da USP, propõe abrir um espaço para a discussão sobre como linguagens e repertórios culturais são (e podem ser) incorporados no currículo da formação docente e no currículo do cotidiano das práticas de ensino de língua, com base nas seguintes questões:

• como lidar com a tensão entre conteúdos tradicionais e cultura contemporânea, incluindo as novas tecnologias?
• quais os desafios didáticos que as diferentes linguagens e os múltiplos repertórios culturais colocam para a sala de aula de língua portuguesa, bem como para os demais espaços em que as práticas escolares ocorrem, como a Biblioteca Escolar ou Sala de Leitura e o Laboratório de Informática?
• qual a formação inicial possível para incorporar as diferentes linguagens e os múltiplos repertórios culturais ?
• como contemplar os desafios mencionados na prática do estágio em docência?
 
Inscrições:
COM apresentação de trabalho: de 1º de julho até 15 de agosto de 2010;
SEM apresentação de trabalho: de 1º de julho até 29 de setembro de 2010.

Maiores informações: http://www2.fe.usp.br/~lalec/smelp2010/index.html

"Universidade federal não olha o mercado", diz professor

O professor e economista Jorge Madeira Nogueira, da Universidade de Brasília, afirma que o Ministério da Educação é capaz de impedir o temido "apagão" de mão de obra qualificada no Brasil.

O MEC, diz, precisa fechar os cursos baratos das universidades federais e transferi-los para as faculdades privadas. As federais ficariam só com os cursos que formam profissionais estratégicos para o crescimento do país.
[...]

- Não é perigoso deixar as universidades federais formando só para o mercado?
- Não é pecado. É claro que as federais não devem formar só o que o mercado quer, mas também não devem formar só o que o mercado não quer. A esquerda tem um ranço de que é preciso formar universitários com uma visão humanística, mas assim deixa-se o mercado a ver navios. Não me venham com o papo de que 70 federais de péssima qualidade geram pensamento. O governo pode deixar um grupo menor [de universidades] com qualidade fazendo esses novos pensamentos. Quando se quer todas as universidades fazendo tudo, elas ficam medíocres.

Leia o restante da entrevista concedida a Ricardo Westin em http://www1.folha.uol.com.br/saber/758880-universidade-federal-nao-olha-o-mercado-diz-professor.shtml

Chamada de trabalhos: Revista TLA - Linguagens e Tecnologias

CHAMADA DE TRABALHOS PARA O NÚMERO DA REVISTA TRABALHOS EM LINGUÍSTICA APLICADA DEDICADO AO TEMA 'LINGUAGENS E TECNOLOGIAS - DEBATES CONTEMPORÂNEOS NO CAMPO APLICADO'


Os artigos devem ser submetidos através do site da revista (http://www.iel.unicamp.br/revista/index.php/tla/about/submissions) até 15 de agosto de 2010 e serão avaliados em função dos parâmetros já estabelecidos pela revista e da contribuição para os debates contemporâneos sobre o tema.

Inês Signorini e Marilda Cavalcanti
Instituto de Estudos da Linguagem/UNICAMP

No ENANPOLL

Nesta quinta-feira (01/07) estarei em Belo Horizonte no XXV Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística (ENANPOLL), participando das discussões do GT de Linguística Aplicada, na linha de pesquisa Ensino-Aprendizagem.


SELISIGNO e Simpósio de Leitura da UEL: inscrições prorrogadas

Prezados colegas e alunos,

Comunicamos que o prazo de encerramento das inscrições (com apresentação de trabalho) para o VII SELISIGNO e VIII Simpósio de Leitura da UEL foi prorrogado para 5 de julho.

Obrigada,

Profa. Dra. Loredana Límoli
Coordenadora Geral

Para maiores informações, acesse o site www.uel.br/eventos/selisigno.

SELISIGNO e Simpósio de Leitura da UEL: inscrições abertas

As inscrições com apresentação de trabalho para o VII SELISIGNO (Seminário de Estudos sobre Linguagem e Significação) e VIII Simpósio de Leitura da UEL estão abertas até o dia 30 de junho.

O evento será realizado no período de 22 a 24 de setembro no CCH (Centro de Letras e Ciências Humanas).

Para maiores  informações, acesse o site www.uel.br/eventos/selisigno

"Letramento digital e formação profissional na graduação": palestra na FEATI

Nesta quinta-feira (10/06), às 20h, estarei proferindo a palestra "Letramento digital e formação profissional na graduação" dentro do Ciclo de Palestras promovido pela Faculdade de Educação, Administração e Tecnologia de Ibaiti (FEATI), em Ibaiti (PR).

Plataforma para conectar escolas de todo o país é lançada em SP

Uma plataforma digital de educação que busca conectar escolas públicas e privadas de todo o país foi lançada nesta terça-feira (1/6), no Itaú Cultural, em São Paulo (SP). Por meio do Palco Digital estudantes poderão divulgar atividades culturais de suas escolas e comunidades. O objetivo do projeto é que cada instituição de ensino interessada em participar crie um blog para postar textos informativos.

Idealizado pelo jornalista Gilberto Dimenstein, o Palco Digital foi inspirado no site Catraca Livre – projeto de jornalismo educativo que reúne atrações culturais gratuitas e a preço popular da região metropolitana de São Paulo. “A ideia é unificar as experiências culturais na Internet, pois percebemos que o jovem quer se expressar. Então, a tecnologia das redes digitais vai disseminar essas informações”, afirmou o jornalista. Também participaram da constituição do projeto o Instituto Faça Parte e a Associação Cidade Escola Aprendiz.
[...]

Além das escolas, podem criar blogs e participar do Palco Digital as secretarias de educação e comunidades interessadas.

Leia na íntegra a matéria de Desirèe Luíse para o Portal Aprendiz em http://aprendiz.uol.com.br/content/trohijuspo.mmp

VII Colóquio Nacional de Professores de Metodologia de Ensino de Língua Portuguesa e de Literatura (UERN-Campus Pau dos Ferros)

O Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), em parceria com os Programas de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FEUSP) e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), anuncia a realização do VII COLÓQUIO NACIONAL DE PROFESSORES DE METODOLOGIA DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E DE LITERATURA (VII CMELP), na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Campus Avançado “Profª. Maria Elisa de Albuquerque Maia” (CAMEAM), em Pau dos Ferros – RN/Brasil, no período de 11 a 13 de agosto de 2010.

Com a proposta de discutir o tema “O ensino de Língua Portuguesa e de Literatura: dos conteúdos às metodologias”, o VII CMELP tem como objetivo principal potencializar reflexões e ações que contribuam para o debate acerca dos conteúdos e metodologias de ensino de Língua Portuguesa e de Literatura. O VII CMELP configura-se como um evento de natureza interdisciplinar e interinstitucional, promovido pelo Projeto de Cooperação Acadêmica – PROCAD/2008 (UFMA, USP e UERN), através dos Departamentos de Educação e de Letras do CAMEAM/UERN, constituindo-se num espaço de discussão acerca das investigações e experiências relativas ao campo das Metodologias de Ensino de Língua Portuguesa (MELPs) dessas e de outras instituições de ensino superior do país.

Sendo assim, o VII CMELP inclui em sua programação conferências, palestras, mesas-redondas, Grupos de trabalho (GTs) para apresentação de comunicações orais, minicursos, oficinas e atividades culturais, tornando-se, portanto, um espaço aberto a pesquisadores da área, professores universitários e da educação básica, alunos de graduação e de pós-graduação e à comunidade, interessados em discutir e compreender a problemática que recobre o campo das MELPs.

O evento está organizado em quatro eixos temáticos, todos vinculados ao ensino de Língua Portuguesa e de Literatura, abaixo descritos:
- Formação profissional;
- Prática Docente;
- Conteúdos e metodologias de ensino;
- Diretrizes nacionais e documentos oficiais do ensino.

Inscrições com submissão de trabalhos:
1) Envio de Resumo para os coordenadores dos GTs: De 10/maio a 30/junho/10.
2) Recebimento da carta de aceite pelos coordenadores de GTs: De 30/maio a 05/julho/10
3) Inscrição (com carta de aceite, ficha de inscrição, recibo de pagamento e trabalho completo), para o e-mail: viicmelp@yahoo.com.br - De 16 de junho a 17 de julho de 2010.

Inscrições sem submissão de trabalhos:
1) Inscrição no evento (Para participação em conferências, mesas-redondas, palestras e minicursos ou oficinas) - De 01 de junho a 30 de julho de 2010.

Maiores informações: http://viicmelp.blogspot.com/

Linguagem e formação docente: palestra de abertura do VIII ELLE (UNOPAR)

No dia 14 de junho, segunda-feira, às 19h30min, eu estarei abrindo o VIII Encontro de Letras: Linguagens e Ensino (ELLE) com a palestra "Linguagem e formação docente" no Auditório Alcides Bueno da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), Campus Londrina, organizadora do evento.

Maiores informações sobre o evento em http://www2.unopar.br/sites/8elle_7jepe/index.html.

58º GEL: Programação completa

Prezado usuário do sistema do GEL,

Informamos que a programação completa do 58º Seminário do GEL (Grupo de Estudos Linguísticos do Estado de São Paulo), com os dias e horários das apresentações, já está disponível no site http://www.gel.org.br/, em 58º SEMINÁRIO> PROGRAMAÇÃO.

Cordialmente,
Secretaria do GEL

Será que os games são o futuro da educação?

Há quase 40 anos, um joguinho começava a mudar uma história que até hoje é contada. Era o Pong, uma pequena barra que lança a bola quadrada para o campo do oponente e simula um jogo de tênis. Aquilo soa meio tosco hoje, em 2010, mas na década de 1970 o Pong virou febre e se transformou no primeiro game vendido em grande escala.

O tempo correu, o Atari 2600 foi lançado, depois veio o Nintendo, os consoles da Sega e os da Sony. No meio disso tudo, surgiu o personal computer (PC), o computador que podíamos ter em casa. Junto com ele, ganhamos opção de mais jogos. O video game tornou-se pop.

O controle do Atari. Uma alavanca e um botão – icone de uma geração (foto: CC BY-NC 2.0 / Mark Ramsay).

E hoje já é mais que pop, é mais do que um evento movido por um sopro 'popular' (e, no entanto, 'passageiro'). O video game está entranhado na cultura, virou bastião de gerações. Em 2010, o video game conta histórias. Querendo ou não, a máquina ensina tanto quanto as páginas de papel.

Então, vem a questão: como usar o video game em sala de aula?

Leia na íntegra a matéria de Thiago Camelo para Ciência Hoje em http://cienciahoje.uol.com.br/alo-professor/intervalo/educar-e-pop-1

Percursos contemporâneos

As aulas e os caminhos que os professores estão colocando em prática para fazer com que seus alunos lhes "concedam" sua atenção


Em sua origem, o termo estratégia (do grego, strategia) está relacionado à arte de coordenar ações de naturezas diversas - militares, políticas, econômicas, morais, segundo o Houaiss - na condução de um conflito. Saído das hostes militares, adquiriu, por derivação, um sentido mais amplo, relacionado à capacidade de gerir bem os recursos disponíveis, ou de usar um ardil para a obtenção daquilo que se quer. Pois no campo da prática docente, cada vez mais, o desenvolvimento de estratégias pessoais tem suplantado os rigores das metodologias consagradas, porém facilmente perecíveis, sempre buscando alcançar um valor maior: o de fazer consumar-se a relação de aprendizagem que dá sentido à escola. Ante o aluno contemporâneo, pautado pela sobreposição de estímulos e de informação, os professores tentam achar os caminhos possíveis.

Veja quais são estes caminhos na matéria de Paulo de Camargo para a Edição 157 da Revista Educação em http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=12893