Do Blogger para o Facebook e o Twitter: encerramento das postagens do Linguagem e Docência

Depois de quatro anos, estou encerrando as postagens do blog Linguagem e Docência. Porém, continuarei a disponibilizar informações e reflexões relacionadas a Letramento Digital, Ensino de Língua Portuguesa e Formação de Professores na minha página no Facebook e no Twitter.

Mas este blog não será desativado. Há nele um significativo conjunto de informações que, independente do momento, podem ser úteis a qualquer internauta.

O principal motivo desta “migração” é por entender que, atualmente, o Facebook e o Twitter propiciam uma maior praticidade para o perfil das minhas postagens, em comparação com o Blogger ou similares.

Sendo assim, convido-os a continuarem acompanhando e comentando as futuras postagens. Basta entrar no meu Facebook ou meu Twitter  e clicar em “Seguir”, acima, à direita. Outras formas de contato comigo podem ser feitas pelos links em "Responsável”, constante aqui mesmo, ao lado.

Aguardo-os na minha página no Facebook e/ou no Twitter!

(Foto: Marcio Negrão)

1º Exame Nacional para o PROFLETRAS - Mestrado Profissional em Letras

O PROFLETRAS é um programa de pós-graduação stricto sensu em Letras, reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) do Ministério da Educação. Para este 1º Exame Nacional, oferecerá 829 vagas.

Trata-se de um curso semipresencial com oferta simultânea nacional, no âmbito do Sistema da Universidade Aberta do Brasil (UAB), conduzindo ao título de Mestre em Letras. O PROFLETRAS tem como objetivo capacitar professores de Língua Portuguesa para o exercício da docência no Ensino Fundamental, com o intuito de contribuir para a melhoria da qualidade do ensino no País.

As instituições de Ensino Superior que integram a Rede Nacional do PROFLETRAS são responsáveis pela execução do curso. As aulas poderão ser ministradas de segunda a sábado, conforme determinação do Colegiado Local de cada unidade que integra a Rede.

A inscrição será feita, exclusivamente, via internet, a partir das 8h do dia 22 de abril de 2013 até às 23h59 do dia 20 de maio de 2013, observando o horário local de Brasília.

Quanto ganham os professores

Levantamento exclusivo mostra o salário dos professores em todo o país e revela os estados que não pagam o piso aos profissionais

Levantamento exclusivo realizado pela revista Educação junto às secretarias de educação das 27 unidades da federação brasileiras e a sindicatos dos professores revela que cinco estados - Amapá, Amazonas, Paraíba, Santa Catarina e Rio Grande do Sul - não pagavam ao docente o valor estabelecido pela Lei do Piso Salarial do Magistério Público (Lei 11.738/2008). Os dados são referentes a dezembro de 2012, quando o vencimento básico para um docente da rede pública com formação de ensino médio era de R$ 1.451, por uma jornada de 40 horas de trabalho semanais.



Leia a íntegra da matéria de Simone Harnik para a Revista Educação em http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/107/salarios-dos-professores-279028-1.asp.

Seja um fracassado: Gustavo Reis no TEDxUnisinos 2012

"Inovar na educação é simplesmente ensinar alguma coisa para alguém." (Gustavo Reis) 

Gustavo Reis sempre foi considerado um aluno exemplar. Aos 18 anos, já era professor de matemática. Anos depois, fundou o Mathematica Et Cetera (http://www.mathetc.com), que ajuda os estudantes a compreender a matéria nos mais variados níveis, e transformou o conhecimento em empreendedorismo. No TEDxUnisinos o tema de sua apresentação foi "Seja um fracassado".
 

I LINCOM Seminário de Linguagens, Mídias e Educação, na UFPR-Litoral

O I LINCOM é um evento acadêmico promovido pela Câmara de Licenciatura em Linguagem e Comunicação do Setor Litoral da Universidade Federal do Paraná, sediado em Matinhos/ PR, que ocorrerá entre de 06 a 10 de maio de 2013.

O objetivo do seminário é construir um espaço dialógico entre discentes, docentes, profissionais e produtores artístico-culturais nas diversas ações de ensino, pesquisa e extensão no campo das diversas linguagens, literatura, educomunicação, mídia-educação e formação docente.

Os prazos e procedimentos específicos são os seguintes:
I) Com coordenação de simpósio (até dois autores/ duas autoras): os resumos deverão ser encaminhados via e-mail (vide a seção de normas) entre os dias 18 de fevereiro e 15 de março;
II) O comitê científico comunicará aos proponentes o aceite do resumo até o dia 21 de março e disponibilizará na página do evento no dia 22 de março os simpósios aprovados;
III) Com apresentação de trabalhos (até três autores/ autoras): os resumos deverão ser encaminhados via e-mail (vide a seção de normas) do dia 25 de março até às 12h00 do dia 26 de abril;
IV) O comitê científico encaminhará os pedidos de inscrição de trabalho aos coordenadores de simpósio que deverão manifestar a aprovação do trabalho até o dia 30 de abril. Os resumos referentes aos pôsteres serão avaliados diretamente pelo comitê científico. Os propositores cujos trabalhos não tenham sido aprovados poderão participar do trabalho como ouvintes. A divulgação da composição dos simpósios e pôsteres será publicada até o dia 02 de maio;
V) Sem apresentação de trabalhos: até às 12h00 do dia 06 de maio de 2013.

Maiores informações: https://sites.google.com/site/seminariolincom/.

IV Simpósio sobre o Livro Didático de Língua Materna e Língua Estrangeira (SILID) e III Simpósio sobre Materiais e Recursos Didáticos (SIMAR) na PUC-Rio



Temos o prazer de convidá-lo a participar do IV Simpósio sobre o Livro Didático de Língua Materna e Língua Estrangeira (IV SILID) e do III Simpósio sobre Materiais e Recursos Didáticos (III SIMAR), um evento duplo a ser realizado na PUC-Rio nos dias 30 e 31 de julho e 01 de agosto de 2013.

Os Simpósios representam uma iniciativa interdepartamental, entre o Departamento de Letras e o Departamento de Artes e Design, e busca dar continuidade ao diálogo sobre a produção e uso do livro didático e sobre a função e uso de materiais didáticos diferentes do livro, tanto na educação
presencial quanto a distância.

Nosso objetivo é aproximar a produção acadêmica, as práticas escolares e o mercado, estreitando relações entre a Universidade, o mercado editorial e as diferentes redes de ensino, e, ao mesmo tempo, estimulando as trocas entre os pesquisadores, os agentes envolvidos nos processos de ensino-aprendizagem, elaboração, produção, e divulgação de livros, materiais e recursos didáticos.

Envio de propostas para grupos de trabalho: até 10 de março
Resultado da seleção de grupos de trabalho: até 18 de março
Envio das propostas de resumo de comunicação individual, pôsteres e oficinas para grupos de trabalho (enviar para coordenador do GT): até 15 de abril

Envio de carta de aceite para apresentação no GT: até 15 de maio
Envio dos artigos completos para apresentação: até 22 de junho 
Inscrições (ouvintes e participantes): até 22 de junho
Envio de carta de aceite dos artigos completos para publicação: até 22 de agosto
Publicação eletrônica: 15 de outubro

Maiores informações: http://www.letras.puc-rio.br/eventos_let/4silid/.

Convite para participação em simpósio no InPLA-SIL 2013

Durante o InPLA-SIL 2013 http://inplasil2013.com.br/, estaremos coordenando o seguinte simpósio:

NOVAS TECNOLOGIAS, ENSINO E FORMAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA: RELATOS, EXPERIÊNCIAS, PESQUISAS 
(Cod. SIMP454020)

RESUMO: Nos últimos anos, demandas contemporâneas no campo da linguagem, capitaneadas pelas novas tecnologias de informação e comunicação (NTICs), têm tensionado tanto o ensino de Língua Portuguesa na educação básica quanto a formação de professores em Letras. Neste contexto, são inevitáveis rediscussões das concepções de linguagem e de aprendizagem, a partir de uma série de modificações constatadas nas práticas sociais de linguagem e instâncias formativas emergentes. Encontramos mudanças significativas nas práticas de leitura e escrita que influem no cotidiano de professores/as e alunos/as, através da adesão às novas tecnologias de informação como forma de interação e ensino de língua materna. Além disso, os espaços formativos tradicionais têm sido rediscutidos, tendo em vista uma série de modificações em suas práticas de ensino, relacionadas, dentre outras questões, à difusão dos cursos a distância, que abrem oportunidades para que os/as alunos/as possam cursar desde a graduação e pós-graduação a distância até as inúmeras possibilidades de formação continuada e atividades de extensão. Nesse sentido, este simpósio tem por objetivo acolher relatos de experiência e pesquisas voltadas para o ensino básico ou superior, nos quais as novas tecnologias tenham sido objeto de investigação/ferramenta de ensino e aprendizagem em Língua Portuguesa, e debater sobre os impactos das novas tecnologias para o ensino, identidade e/ou pratica social.

PALAVRAS-CHAVE: letramento digital; ensino de língua portuguesa; formação de professores.

Convidamos pós-graduandos, mestres e doutores interessados no tema deste simpósio a submeterem resumos de Comunicação Oral no período de 15/03 a 10/06/2013.

Atenciosamente,

Núbio Delanne Ferraz MAFRA (UEL)
José Ribamar Lopes BATISTA JÚNIOR (UFPI)




X EVIDOSOL e VII CILTEC-online na UFMG


Com o apoio da Faculdade de Letras da UFMG e de seu Centro de Extensão (CENEX), o grupo Texto Livre convida a todos para o X Encontro Virtual de Documentação em Software Livre (EVIDOSOL) e VII Congresso Internacional de Linguagem e Tecnologia online (CILTEC-online), a ocorrer de 03 a 05 de junho de 2013.

Além das conferências e mesas redondas já confirmadas, o evento selecionará propostas (artigos) a serem apresentadas em IRC (chat) ou em Fóruns, cujas inscrições podem ser feitas de acordo com o calendário: Submissão de propostas: de 25/02 a 20/03;
Inscrição como ouvinte: de 25/02 a 03/06.   

As propostas, em português, espanhol, inglês ou italiano, deverão se adequar às seguintes trilhas ou linhas: Linguagem e Tecnologia, Produção Textual no Computador, Divulgação de Software Livre, Documentação em Software Livre, Hipertexto, Jornalismo na Internet, Blogs e Wikis, Ensino na Internet, Comunidades Virtuais, Inclusão Digital e Cultura Livre.

Maiores informações em http://evidosol.textolivre.org/.

Vídeo-entrevista com a educadora Léa Fagundes

"Nesta quinta-feira: o lançamento dos 4 blocos da vídeo-entrevista com a educadora Léa Fagundes. O conteúdo, em licença flexível CreativeCommons, estará disponível a partir das 14h, os vídeos “Laboratório na Prática”, “Pioneirismo e Articulação”, “Formação de Professores na Cultura Digital” e “Educação a Distância: Início e os Desafios de Ontem e de Hoje” estarão no canal do Instituto EducaDigital.

A partir das 16h, um tuitaço para promover pontos fortes da narrativa dos vídeos (curadoria de cada usuário mesmo) e discussões sobre o vídeo usando a hashtag: #biodaLeaFagundes.

Veja em http://educadigital.org.br/site/."


(Nelson Pretto)

InPLA-SIL 2013

O Programa de Estudos Pós-graduados em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, LAEL/PUC-SP, e o Programa de Pós-graduação em Linguística da Universidade Cruzeiro do Sul, PPGL/Cruzeiro do Sul-SP, realizarão em conjunto em 2013 seus maiores eventos acadêmicos: InPLA e SIL.

Os programas pretendem, por um lado, juntar esforços para otimizar recursos e verbas, conforme sugestão da CAPES no que se refere a eventos acadêmicos, e, por outro, promover a aproximação de programas consolidados, caso do LAEL, com novos, caso do PPGL. O 19º.  InPLA – Intercâmbio de Pesquisas em Linguística Aplicada – compartilhará o mesmo espaço geográfico e acadêmico do 5º SIL - Seminário Internacional de Linguística, no período compreendido entre  08 e 11 de outubro de 2013, no Campus Anália Franco, da Universidade Cruzeiro do Sul, Av. Regente Feijó, 1295, São Paulo, SP, Brasil.

Poderão participar: professores da pré-escola, do ensino fundamental e médio; alunos de graduação e de pós-graduação; professores e pesquisadores de Linguística, Linguística Aplicada, Língua e Literatura, e áreas afins.
Maiores informações em http://inplasil2013.com.br/.

Rio inaugura escola sem salas, turmas ou séries

O Rio de Janeiro começa, nas próximas semanas, a experimentar um novo tipo de escola. Nada de séries, salas de aula com carteiras enfileiradas e crianças ordenadamente caminhando pelo espaço comum. A aposta para dar a 180 crianças e jovens da Rocinha uma educação mais alinhada com o século 21 é o Gente, acrônimo para Ginásio Experimental de Novas Tecnologias, na escola Municipal André Urani. O espaço, que acaba de ser totalmente reformulado para comportar a nova proposta, perdeu paredes, lousas, mesas individuais e professores tradicionais e ganhou grandes salões, tablets, “famílias”, times e mentores.















Leia a íntegra da matéria de Patrícia Gomes em http://porvir.org/porfazer/rio-inaugura-escola-sem-salas-turmas-ou-series/20130125.

Entrevista de Antônio Nóvoa à Norte@mentos

As questões aqui respondidas pelo Prof. Antônio Nóvoa são fruto de um exercício coletivo, produzido pelas participantes do Grupo de Estudos e Pesquisas em Linguística Aplicada (GEPLIA) da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Campus Sinop.

GEPLIA: Em seu livro “O regresso dos professores” (2007), o senhor afirma que estaríamos vivendo “uma espécie de consenso discursivo” no que diz respeito aos problemas e necessidades acerca da formação docente. O consenso ainda está apenas no discurso ou também aparece nas ações?
Nóvoa: Infelizmente, o consenso é bem mais evidente nos discursos do que nas práticas. Vivemos um tempo de muita inovação nas palavras e de pouca mudança na realidade concreta dos professores e da formação docente. Vivemos um tempo em que é necessário, mais do que nunca, avançar para novas experiências de formação, no terreno da escola e da ação pedagógica.  

GEPLIA: O senhor acredita que a formação continuada possa ser apenas mais um modismo? O que o faz pensar assim?
Nóvoa: Na verdade, assim tem acontecido. O movimento da formação contínua nasceu, historicamente, no final da década de sessenta, em conjunto com uma reflexão sobre a educação permanente e a “desescolarização da sociedade”. A inspiração principal era a criação de modelos não formais, não escolarizados de formação. O que aconteceu foi a transformação deste movimento numa lógica de cursos e mais cursos, muitas vezes numa perspectiva de “consumo” e de “mercado”, sem uma verdadeira presença e participação dos professores e, sobretudo, sem a valorização da sua experiência pessoal e profissional.

GEPLIA: Será o professor um sujeito que se apropria minimamente do saber e da profissão por uma questão de fraqueza de discurso e de identidade criadas pelas situações sociais, culturais e históricas vivenciadas ao longo de sua vida?
Nóvoa: É um processo difícil de explicar. Durante muito tempo, os professores eram mestres do seu ofício e, num certo sentido, controlavam a sua própria profissão. Mas detinham um estatuto social e profissional muito baixo. Com a expansão e a progressiva complexidade dos sistemas de ensino, a partir de meados do século XX, foi necessário recorrer a um conjunto de especialistas (do currículo, do planejamento, dos manuais escolares, da didática, da administração, da avaliação, da formação, das tecnologias etc.) que passaram a exercer certa tutela sobre os professores. Esta divisão tem sido perniciosa para o desenvolvimento da profissão docente.

GEPLIA: Sabemos dos dilemas enfrentados diariamente pelos Professores e que não são poucos, mas também, percebemos um número expressivo de professores que ainda pensa em brilhos pessoais, e não podemos esquecer que tivemos esta formação individualista. Como reverter esta situação?
Nóvoa: A profissão docente tem mantido uma matriz individualista muito forte. Contrariamente a outras profissões que evoluíram num sentido mais coletivo – médicos, engenheiros, arquitetos, advogados etc. – os professores ainda não encontraram todos os caminhos da cooperação e da colaboração. Certamente que tal se deve, e muito, à organização das escolas e, sobretudo, à organização dos horários dos professores. Mas estou convencido de que este passo, no sentido de uma profissão mais cooperativa e colaborativa, é decisivo para o nosso futuro.

GEPLIA: Em que o professor em pré-serviço deve fundamentar sua formação inicial para que consiga formar-se e fortalecer-se enquanto docente?
Nóvoa: Respondo-lhe com três termos: conhecer, relacionar, organizar. Capacidade de conhecimento das matérias e das pessoas – sem conhecimento não há ensino nem aprendizagem. Capacidade de relação com os outros – a pedagogia é sempre um espaço de relação e esse espaço deve alargar-se, também, ao trabalho conjunto com os outros professores. Capacidade de organização do trabalho escolar – o ensino, hoje, exige a definição de prioridades e um sentido apurado do que é e de como deve ser organizado o trabalho escolar.

GEPLIA: Em alguns dos seus textos o senhor relata uma dicotomia entre pacotes de Formação Padronizados e a Formação proposta e desenvolvida pelas próprias instituições escolares. Qual a diferença fundamental entre estes dois modelos e qual mais se adequa a realidade educacional de nosso Estado?
Nóvoa: Como respondi anteriormente, temos de evoluir no sentido de uma formação desenvolvida pelas próprias instituições escolares, obviamente em colaboração com outras entidades, como universidades e centros de pesquisa. Mas a formação de professores e, em particular a formação continuada, deve ter lugar na escola.

GEPLIA: Percebemos que muitos de nós, profissionais da educação, temos como hábito a renovação pedagógica no fazer, seja através da formação continuada ou mesmo na busca individual. Mesmo assim, não nos vemos como professores pesquisadores. Em sua opinião, por que isso acontece? Por que nós professores da educação básica não nos encorajamos a falar e escrever sobre essas construções? Será uma imagem construída na sociedade sobre nossa profissão?
Nóvoa: Tem toda a razão. Num certo sentido, os professores cederam essa dimensão de pesquisa aos universitários e aos especialistas. É um erro. É preciso reunir as capacidades de “ação” e de “reflexão” nos professores. Claro que isso obriga a mudanças de fundo, necessariamente lentas, no estatuto dos professores, na organização do seu tempo etc. Mas se essas mudanças tiveram lugar em vários países, nomeadamente na Europa, não há qualquer razão para que não aconteçam também no Brasil.


(Antônio Nóvoa é professor catedrático da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, e nela atua, atualmente, como reitor. Tem o seu interesse como pesquisador especialmente voltado para questões que abrangem a qualificação profissional e o aprender contínuo de professores como motores para a melhoria do ensino. Escreveu artigos e organizou vários livros: Os professores e a sua formação (1992), Formação de professores e trabalho pedagógico (2002), Novas disposições dos professores - A escola como lugar da formação (2004), Os professores e o novo espaço público da educação (2006), O regresso dos professores (2007), Professores: imagens do futuro presente (2009), para citar apenas alguns.)

Leia a íntegra da entrevista concedida à Profa. Leandra Ines Seganfredo Santos et al. em http://sinop.unemat.br/projetos/revistas_eletronicas/index.php/norteamentos/article/view/1048/715

Chamada para publicação na Entretextos


A revista Entretextos (Qualis B5), publicação semestral do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Londrina (PPGEL/UEL), abre chamada para a edições de jan./jun.  e de jul./dez. de 2013.

A revista é atemática.

Data limite para submissão:
Número 01 de 2013: 31 de março de 2013.
Número 02 de 2013: 31 de agosto de 2013.

Maiores informações: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/index.

"Professor deve ajudar aluno a ser autodidata": entrevista de Marc Prensky

Dos três adjetivos associados à sua pessoa - visionário, inventivo e futurista -, talvez o primeiro seja o mais adequado para descrever o norte-americano Marc Prensky, especialista em educação e em tecnologia. Prensky é conhecido pela criação dos termos "nativos digitais", geração que nasceu durante a era digital, e "imigrantes digitais", aqueles que nasceram antes da explosão digital.

A convite da Fundação Telefônica Vivo, o escritor fará uma palestra na Campus Party 2013 (evento de inovação tecnológica) amanhã, em São Paulo. Na quinta-feira, Prensky conversou com o Estado por telefone de sua casa em Nova York.


Divulgação

Como adaptar a escola ao novo contexto tecnológico?
Marc Prensky - A forma como os professores ensinam é a mesma. Eles ficam em pé na frente dos alunos e apenas falam, enquanto os estudantes apenas escutam, quando escutam, e fazem anotações. São métodos velhos. O melhor método é único, é o da parceria. E há várias formas de se alcançar bons resultados quando professores e alunos trabalham como parceiros. Estudantes podem fazer suas atividades e o professor deveria estar presente como um guia, uma espécie de técnico esportivo. Essa mudança conceitual é uma forma pedagógica que está mais relacionada a esse novo contexto.
Mas como se daria efetivamente essa parceria?
Marc Prensky - Professores e alunos devem conversar. Não sobre notas, mas sobre quem eles são. E como eles fazem as coisas que fazem. Isso é a principal coisa que falta. Eles acham que são dois grupos diferentes. Eles devem se enxergar como parceiros. Como pessoas que estão trabalhando juntas buscando resolver problemas comuns. Professores precisam conhecer as paixões dos estudantes, a maneira como eles pensam e como eles aprendem. E estudantes precisam saber mais sobre os seus professores. O que eles estão tentando fazer, quais são os seus objetivos. Esse relacionamento pode continuar formal, mas numa maneira menos distante.
O senhor propõe uma revolução nos métodos educacionais?
Marc Prensky - Eu não gosto de falar em revolução. Eu prefiro falar em adaptação a um novo contexto. O aspecto tradicional da escola deve ser preservado, mas ela deve ter como norte a preparação dos alunos para o mundo.
É onde entra a tecnologia?
Marc Prensky - Parte dessa adaptação deve ser feita com a tecnologia, porque as crianças vivem na era da tecnologia. Mas isso é apenas uma parte da questão. Nós devemos deixar os estudantes fazerem coisas úteis, devem pesquisar assuntos que serão discutidos em sala, utilizando cada vez mais a tecnologia. E a função do professor seria responder às dúvidas. A outra parte tem a ver com a maneira como ensinamos. O que ensinamos para as crianças é Matemática, Línguas, Ciência e Estudos Sociais e isso não é o que deveríamos ensinar pensando no futuro.
Deveríamos reformular o currículo então? 
Marc Prensky - Sim, nós temos que mesclar as disciplinas. Mas o que eu proponho vai além disso. Nós deveríamos ensinar numa lógica de aprofundamento de habilidades de análise, pensamento, discussão, sociabilidade e relacionamento humano.
Os professores devem ser mais tecnológicos?
Marc Prensky - Os professores não deveriam nem se aproximar da tecnologia, porque a função do professor é observar o que os estudantes fazem e ter certeza de que o que eles estão fazendo é de boa qualidade. Eles devem saber apenas as possibilidades que a tecnologia pode oferecer.
Os professores não precisariam nem se familiarizar com o assunto?
Marc Prensky - Eles devem saber que é possível que os estudantes possam se comunicar bem através de um vídeo, e a partir daí avaliar a qualidade do material produzido. Ou seja, os professores não precisam ficar preocupados com a tecnologia. Agora, existe algo que é muito estúpido. Os professores dizem: agora nós todos iremos criar uma apresentação em power point juntos. O que os professores deveriam dizer é que todos precisariam apresentar alguma coisa sobre o conteúdo específico, usando a ferramenta que eles quiserem.
Então como tornar a escola mais atraente?
Marc Prensky - Aumentaríamos o interesse de alunos se mostrássemos a eles porque estamos ensinando o que ensinamos e para quê serve tudo isso. Não damos respostas aos alunos que perguntam porque estamos aprendendo equação quadrática ou porque eles deveriam estudar, em detalhes, a história da Grécia.
Leia a íntegra da entrevista concedida ao jornalista Davi Lira em http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,professor-deve-ajudar-aluno-a-ser-autodidata-,989677,0.htm.

Número temático sobre letramento da RBLA

Revista Brasileira de Linguística Aplicada - volume 12, número 4, 2012

"Neste volume, dedicado ao letramento, estão presentes estudos muito bem feitos e que geram discussões urgentes. As reflexões que esses artigos provocam enfatizam a necessidade de repensarmos a educação para que ela seja realmente inclusiva, lide com uma concepção atual e ampla da noção de letramento, seja significativa para os alunos, trabalhe com uma abordagem em que os alunos sejam sujeitos críticos, ativos e participativos nas situações cotidianas, que sempre envolvem a lida com textos escritos ou orais, impressos ou digitais dos mais diversos gêneros. Além disso, nos faz sentir a intensa necessidade de a escola se desprender de abordagens conteudistas tradicionais e práticas essencialmente individuais de aprendizagem. Nesse sentido, vários artigos nos mostram as contribuições que uma incorporação real do digital nas práticas educativas pode trazer para fazermos uma escola que desenvolva nos alunos não apenas o saber de alguns conteúdos relevantes, mas também habilidades importantes para sua participação na sociedade contemporânea, como a autonomia da aprendizagem e o trabalho colaborativo, distribuído e compartilhado entre muitas pessoas."
(Carla Viana Coscarelli - Editora)

Artigos:
 
·  Letramento: um fenômeno plural
Silva, Elizabeth Maria da; Araújo, Denise Lino de
 
·  Desdobramentos recentes da educação inclusiva no Brasil: discursos e práticas de letramento
Sato, Denise Tamaê Borges; Magalhães, Izabel; Batista Júnior, José Ribamar Lopes
 
·  Letramento em foco: os usos da escrita em uma comunidade escolar em Florianópolis (SC)
Euzébio, Michelle Donizeth

·  Os jogos de linguagem no discurso infantil: implicações na constituição do letramento oral
Medeiros, Neilson Alves de
 
·  Em defesa de uma atitude poética para a interpretação nas práticas de letramentos em contexto escolar
Cortez, Cinara Monteiro
 
·  Letramentos em rede: textos, máquinas, sujeitos e saberes em translação
Buzato, Marcelo El Khouri

·  Letramento hipertextual: por uma análise e redefinição do conceito
Pinheiro, Regina Cláudia; Araújo, Júlio
 
·  Oportunidades de letramento através de mineração textual e produção de fanfictions
Costa, Patrícia da Silva Campelo; Reategui, Eliseo Berni
 
·  WebQuests: tecnologias, multiletramentos e a formação do professor de inglês para a era do ciberespaço
Dias, Reinildes

·  Análise sistêmico-funcional como suporte para a leitura de textos: o caso da cerveja Devassa
Fuzer, Cristiane; Ticks, Luciane; Cabral, Sara Regina Scotta
 
·  Práticas de letramento crítico na formação de professores de línguas estrangeiras
Costa, Elzimar Goettenauer de Marins

·  Práticas de letramento docente no estágio supervisionado de letras estrangeiras
Reichmann, Carla Lynn

·  Projeto pedagógico do curso de licenciatura em inglês da UFAL: os letramentos em questão
Stella, Paulo Rogério; Tavares, Roseanne Rocha

·  Contribuições de teorias recentes de letramentos críticos para inglês instrumental
Takaki, Nara Hiroko

·  Atividades de leitura em livros didáticos de inglês: PCN, letramento crítico e o panorama atual
Tilio, Rogério

·  O letramento acadêmico em inglês: dificuldades na confecção da sessão introdução de artigos acadêmicos
Ferreira, Marília Mendes

Acesse os artigos em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=1984-639820120004&lng=pt&nrm=iso.

Professores do PR recebem capacitação para usar tablets

Foto: Giuliano Gomes/SEED
Os técnicos das Coordenações Regionais de Tecnologia da Educação dos Núcleos Regionais passaram por um curso de formação ao longo da semana, em Curitiba, para orientar os professores do ensino médio que passarão a fazer os registros de classe on-line, por meio de acesso à internet em sala de aula e com o uso de tablets, que começam a ser entregues a partir do início das aulas.
(...)

A partir de março, a Secretaria da Educação distribui, via termo de cessão e guarda, mais de 28 mil tablets para os professores do ensino médio. Com o equipamento, o professor poderá, por exemplo, planejar seu trabalho, utilizar-se de ferramentas e aplicativos, organizar arquivos, ter livros digitais, facilitar o registro de classe e acessar a internet.

A proposta é que o professor, em primeiro lugar, se familiarize com o equipamento. "Nessa primeira etapa, esperamos que o professor utilize o tablet de maneira pessoal, verificar no equipamento as potencialidades de uso e, num segundo momento, começar a enxergar as potencialidades para aprendizagem", destacou Ezequiel Menta, coordenador de Multimeios da Secretaria de Estado da Educação.

Leia a íntegra da matéria em http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=72802&tit=Educacao-capacita-professores-para-uso-de-tablets-em-sala-de-aula&ordem=5.

Professores analfabetos digitais? artigo de Luís Antônio Giron

Foto: ÉPOCA
O ministro da Educação Aloizio Mercadante anda tão encantado pela alta tecnologia, que pode colocar os alunos brasileiros em risco de completa imbecilização.
A tecnologia é obviamente fascinante e tem o poder de hipnotizar as multidões, quanto mais seus autoassumidos líderes. Mercadante, cuja formação não é em Pedagogia e sim em Economia (seria, então, um "ignorante pedagógico"?), parece ser mais uma presa da narcose e a alienação tecnológicas que assolam o Brasil e o mundo. Isso tem sido rotina no campo das artes e dos espetáculos: ninguém escapa de usar os novos aparelhos e de mergulhar nos smartphones, feito o personagem Gollum eletrizado (e destruído) pelo precioso anel que achou por acaso. No entanto, quando se trata da formação de jovens, eleger a tecnologia como a panaceia universal afigura-se como o mais deprimente desastre.
Vou tentar analisar as novas ideias do ministro e assim demonstrar que ele está fadado a cometer o maior equívoco de sua carreira: tomar os professores por ignorantes e jogar os alunos no poço dos leões da tecnologia da informação, confundindo-a com a solução final da educação. Por fim, vou aconselhar o ministro (que pretensão, mas não posso evitar) a adotar uma estratégia menos devastadora para capacitar os professores e seus alunos. Não que isso pareça preocupar o ministro. Ele, pelo jeito, só quer brilhar com um discurso que pensa ser “inovador”.

II Vozes da Linguística Aplicada na UNIGRANRIO


Local: Campus I da Universidade do Grande Rio Prof. José de Souza Herdy (UNIGRANRIO)

Temáticas:
* Formação de professores de línguas
* Leitura, letramento e gêneros textuais
* Metodologia e ensino de língua materna
* Metodologia e ensino de línguas estrangeiras
* Tecnologias no ensino de línguas

Submissão de trabalhos: até 20/01/2013
Cartas de aceite: 21/01 a 01/02/2013


Site do evento: www.educadoratual.com/linguisticaaplicada

Concurso para docente na UFPA: área de Ensino-Aprendizagem da Língua Portuguesa


Estão abertas as inscrições (Edital 225/2012) para concurso de docente para a área de de Ensino-Aprendizagem da Língua Portuguesa no Instituto de Letras e Comunicação da Universidade Federal do Pará (UFPA). 

O requisito é Mestrado em Letras, Língua Portuguesa, Linguística Aplicada, Linguística ou Educação.


As inscrições vão até 20/01/2013.


Maiores informações em http://www.ilc.libradesign.com.br/pagina/noticiadetalhe/ID/000456.

Ensino de Línguas Mediado por Computador/EaD: novo número da Domínios de Lingu@gem


A Domínios de Lingu@gem (UFU) http://www.seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/index acaba de publicar seu novo número temático: Ensino de Línguas Mediado por Computador/EaD (v. 6, n. 2, 2012). 

A revista também convida os pesquisadores a participar da próxima edição da revista, atemática. Os artigos podem ser enviados até 28/02/2013.

Sumário

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O uso das tecnologias de informação e comunicação no ensino de língua e suas implicações (10-18)
Marlete Sandra Diedrich, Patrícia Valério

Ensino e aprendizagem de língua inglesa e recursos tecnológicos: um estudo sobre os processos de retroação e irreversibilidade (19-40)
Larissa de Sousa Silveira

A relação entre as crenças verbalizadas e depreendidas das ações do professor de Língua Inglesa no que tange ao ensino mediado pelas novas tecnologias (41-71)
Kássia Gonçalves Arantes

A influência da ferramenta digital "Google Tradutor" no processo de aprendizagem de língua inglesa (72-93)
Thaís Bernardes Costa

Tarefa de casa e tecnologia (94-110)
Ana Maria Camin de Menezes

Aquisição da escrita na era virtual: incorporando os jogos digitais online (111-127)
Andréa Lourdes Ribeiro

O professor e a EaD: será que o docente está preparado para isso? (128-136)
Claudia Almeida Rodrigues

Ensino e aprendizagem de línguas mediado por computador: conectando teoria e prática em um jogo (137-149)
Suzana Cristina dos Reis, Rosangela Segala de Souza, Adilson Fernandes Gomes

Uma análise da produção de teses e dissertações sobre Objetos de Aprendizagem na área de Linguística e Letras (150-169)
Adilson Fernandes Gomes, Alan Ricardo Costa, Vanessa Ribas Fialho, Luis Henrique dos Santos

De redes sociais a comunidades de prática: um estudo sobre percepção e efetivação de affordances no ambiente on-line (170-190)
Daniela Valim de Oliveira

A influência do suporte digital na produção escrita de aprendizes de língua inglesa: um estudo sobre netspeak (191-206)
Isabella de Gregório Santos

Saberes em construção: videogames e motivação na aprendizagem de língua estrangeira (207-232)
Cristiane Manzan Perine