Duas vagas em concurso docente na área de ensino de Língua Portuguesa na UFPA


Estão abertas as inscrições para o Concurso de Docente da Universidade Federal do Pará (Edital 326/2011).

Há duas vagas na área de ensino de Língua Portuguesa:

- Ensino-Aprendizagem da Língua Portuguesa
Instituto de Letras e Comunicação
Requisitos: Doutorado em Letras, ou Língua Portuguesa, ou Linguística Aplicada ou Educação

- O Ensino da Língua Portuguesa na Educação Infantil e nos anos iniciais do ensino Fundamental
Instituto de Ciências da Educação
Requisitos: Doutorado em Letras ou Educação com graduação em Letras ou Pedagogia

As inscrições vão de 19/12/2011 até 17/01/2012.

Chamada: Hipertextus, 7º volume


Hipertextus Revista Digital, editada pelo Núcleo de Hipertexto e Tecnologia Educacional da Universidade Federal de Pernambuco (Nehte/UFPE), recebe até 15 de janeiro de 2012 resenhas e artigos científicos para o seu sétimo volume.

A revista está aberta a colaboradores do Brasil e do exterior, cujos trabalhos tratem de questões teóricas e práticas relacionadas às temáticas das novas tecnologias digitais de informação e de comunicação nas relações pessoais, institucionais e no processo pedagógico.

Artigos científicos e ensaios acadêmicos que enfoquem a utilização da Internet como ferramenta de comunicação, interação e aprendizagem na modalidade a distância e o emprego do potencial pedagógico das redes sociais como objetos semióticos de aprendizagem e outros temas correlato também são discussões bem-vindas ao periódico.

Os autores interessados em submeter seus trabalhos à avaliação do conselho editorial da Hipertextus Revista Digital deverão enviá-los exclusivamente ao e-mail 
revista@hipertextus.net. Inicialmente os trabalhos serão avaliados pelo editor e posteriormente serão encaminhados a membros do conselho editorial e/ou consultores ad hoc que finalizarão o processo de seleção dos textos.

Por gentileza, antes de enviar seu trabalho, conheça as normas de publicação da Hipertextus disponíveis no endereço eletrônico 
http://www.hipertextus.net/normas.htm

Produtivismo acadêmico está acabando com a saúde dos docentes

A quarta mesa do Seminário Ciência e Tecnologia no Século XXI, promovido pelo ANDES-SN de 17 a 18 de novembro, em Brasília, debateu o “Trabalho docente na produção do conhecimento”. As análises abrangeram tanto a produção do conhecimento dentro da lógica do capitalismo dependente brasileiro, até o efeito do produtivismo acadêmico na saúde dos docentes.

Participaram dessa mesa, o ex-presidente do ANDES-SN e professor do departamento de educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher; a assistente social e também professora da UFRJ Janete Luzia Leite; e a professora visitante do curso de pós-graduação em serviço social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro Maria Ciavatta.

Leher iniciou sua fala lembrando que a universidade brasileira, implantada tardiamente, tem sua gênese na natureza do capitalismo dependente brasileiro. E é essa matriz que vai determinar o conhecimento gerado academicamente. “Também não podemos esquecer que a produção do conhecimento tem sido re-significada. Hoje, não há mais a busca da verdade, mas, sim, a sua utilidade. Sem contar que o conhecimento é uma forma de domínio, como já disseram Kissinger, Fukuyama e Mcnamara”, argumentou.

“Diante disso, está fora de lugar a perspectiva de que a universidade tem um caráter iluminista. Àquela aura do professor universitário intelectual não mais se sustenta”, constatou.

Para Leher, antes havia a valorização da cultura geral, em que era comum encontrar um físico escrevendo sobre arte. Essa ideia, no entanto, não ocorre mais na universidade submetida à lógica utilitarista e pragmática. “É a expropriação do trabalho acadêmico”, criticou.

No Brasil, esse processo foi iniciado com a ditadura militar, que centralizou no Ministério do Planejamento os programas de apoio científico e tecnológico. Como o governo precisava direcionar a inteligência na perspectiva desenvolvimentistas do país, mas queria silenciar a universidade, passou a utilizar-se dos editais para direcionar as pesquisas.

Desde então, mas, principalmente, a partir de 2000, a maioria dos recursos destinados à pesquisa foram se deslocando para o que passou a ser chamado de inovação. A hipótese de Leher é de que como Brasil é dependente e como os doutores formados nas universidades não conseguem empregos na iniciativa privada, a universidade está sendo re-funcionalizada para fazer o serviço que as empresas não querem fazer.“Isso se dá nas ciências duras, mas também nas ciências sociais. É o que explica, por exemplo, o tanto de editais para formar professores à distância, ou para fazer trabalho nas favelas. É a universidade oferecendo serviços”, exemplificou.

“Diante dessa pressão em oferecer serviços, em produzir, o professor que levar dois anos para concluir um livro é expulso da pós-graduação”, denunciou Leher.

A saída para essa situação está na aliança do movimento docente com os movimentos populares. “Ao contrário do que ocorreu em épocas anteriores, em que parcelas da burguesia apoiaram projetos de uma universidade mais comprometida com os povos, hoje eles estão preocupados em inserir cada vez mais a instituição na lógica do mercado”, constatou. “Temos, portanto, de construir um arco de forças políticas no movimento anti-sistêmico, ou seja, com movimentos como a Conae e o MST”, defendeu.

Esse diálogo vai exigir da academia, no entanto, um esforço epistemológico e epistêmico. “Se queremos o MST como aliado, por exemplo, temos de produzir conhecimento que trate, por exemplo, da agricultura familiar”, argumentou.

Qualidade no ensino

A professora Maria Ciavatta também criticou o produtivismo acadêmico ao qual estão submetidos os docentes universitários. “Numa recente publicação do ANDES-SN, li a seguinte frase, que reflete muito bem o atual estado em que nos encontramos: ‘antes, éramos pagos para pensar, agora, somos pagos para produzir’. Achei essa definição ótima”, afirmou.

Ciavatta argumentou que a baixa qualidade do ensino decorre, diretamente, da insuficiência de recursos, responsável pelos baixos salários pagos aos professores. Disse, também, que o Brasil não tem políticas públicas para educação, mas programas de governo.

Ela criticou veementemente o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico) do governo federal. “O discurso é o mesmo dos anos 90, de que precisamos treinar os jovens pobres porque eles precisam de trabalho. Ocorre que esses jovens, por não saberem o básico, também não aprenderão nada nos cursos técnicos”, previu.

“O que temos de defender é a universalização do ensino médio público, gratuito, de qualidade e obrigatório. Temos de responsabilizar o Estado nessa questão”, defendeu.

Ciavatta criticou a banalização do termo pesquisa. “Todos os professores têm de ser pesquisadores, quando, na realidade, a pesquisa científica exige um tempo para pensar”, argumentou. “A pesquisa é encarada como toda E qualquer busca de informação”, constatou.

Após citar os artigos da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) que tratam da pesquisa, ela apontou a baixa qualidade do ensino como um empecilho. “A sofisticada proposta da LDB não se faz com alunos semi-analfabetos. Não basta a alfabetização funcional de muitos e a especialização de poucos. A inovação requer a generalização da cultura científica”, diagnosticou.

Para Ciavatta, a privatização das universidades públicas, com a criação de cursos pagos, se deu a partir do achatamento salarial dos anos 90, o que acarretou maior carga horária dos professores, precarização das relações de trabalho, produtivismo induzido e individualismo. “Sou de uma época em que líamos os trabalhos dos colegas. Hoje não temos mais tempo”, lamentou.

A eficiência prescrita e o produtivismo induzido limitaram, segundo ela, a democracia e a autonomia da universidade.

Para a pesquisadora, o viés positivista e mercantilista é que está pautando a produção do conhecimento. “O direito à educação está sendo substituído pelo avanço do mercado sobre a educação, que está sendo vista como um serviço”, afirmou.

Saúde dos docentes


O produtivismo acadêmico está tirando a saúde dos docentes das universidades públicas brasileiras. Essa é a principal constatação feita por estudo da professora do curso de Serviço Social da UFRJ Janete Luzia Leite. “Antes, a docência era vista como uma atividade leve. Agora, está todo mundo comprimido”, afirmou.

A causa dessa angústia está na reforma, feita em 2004, na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Aliada ao Reuni, as mudanças na Capes foram um verdadeiro ataque à autonomia universitária”, denunciou.

O resultado foi a instituição de dois tipos de professores: o pesquisador, que ensina na pós e recebe recursos das agências de fomento para fazer suas pesquisas e o que recebe a pecha de “desqualificado”, que ficou prioritariamente na docência de graduação e à extensão. Esses, em sua maioria, são recém-contratados e terão suas carreiras truncadas e sem acesso a financiamentos.

Para Janete, os atuais docentes estão formando em seus alunos um novo ethos, em que é valorizado o individualismo, ocultada a dimensão da coletividade e naturalizada a velocidade e a produtividade.

Há, também, um assédio moral subliminar muito forte, que ocorre, principalmente, quando o docente não consegue publicar um artigo, ou quando seus orientandos atrasam na conclusão do curso. “Com isso, estamos nos aproximando de profissões que trabalham no limite do estresse, como os médicos e motoristas”, afirmou.

O resultado é que os docentes estão consumindo mais álcool, tonificantes e drogas e estão propensos à depressão e ao suicídio. “É um quadro parecido com a Síndrome de Burnout, em que a pessoa se consome pelo trabalho. Ocorre como uma reação a fontes de estresses ocupacionais contínuas, que se acumulam”, explicou Janete Leite.

O problema, segundo ela, é que as pessoas acham que seu problema é individual, quando é coletivo, além de terem vergonha de procurar o serviço médico. “Com isso, elas vão entrando em suas conchas, temendo demonstrar fragilidades”.

Como forma de mensurar o nível de estresse dos docentes, a pesquisadora da UFRJ começou a fazer uma pesquisa nesse campo. Junto com um grupo de aluno, ela entrevista professores dispostos a falar de seus problemas.

“A primeira constatação que fiz é que as pessoas estão ansiosas para falar sobre seus problemas. Nossas entrevistas não duram menos do que uma hora e meia”, contou.

Já foi possível concluir que a atual realidade tem provocado sintomas psicopatológicos, como depressão e irritabilidade; psicosomáticos, como hipertensão arterial, ataques de asma, úlceras estomacais, enxaquecas e perda de equilíbrio; e sintomas comportamentais, como reações agressivas, transtornos alimentares, aumento de consumo de álcool e tabaco, disfunção sexual e isolamento.

Tudo isso, para Janete Leite, decorre da pressão atualmente feita sobre o docente. “O nosso final de semana desapareceu, pois temos de dar conta do que não conseguimos na semana, como responder e-mails de orientandos, ou escrever artigos”, afirmou.

Para ela, é preciso que haja uma reação dos docentes a esse processo. “Caso contrário, seremos uma geração que já está com a obsolescência programada”, previu.


Disponível em: http://portal.andes.org.br:8080/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=5020

Chamada para publicação na Revista Raído: Interacionismo Sociodiscursivo

A revista Raído (Qualis B2) v. 6 | n. 1 | 2012 será temática. Receberá artigos relacionados à transposição didática (interna e externa) de gêneros, na vertente do Interacionismo Sociodiscursivo. A partir disso, os artigos poderão tratar sobre: a) elaboração de modelos didáticos de gêneros; b) construção de sequências didáticas em processo colaborativo (professor formador, supervisor de estágio e aluno estagiário/professor de sala de aula, etc.); c) textos pré-figurativos da ação docente que guiam a ação do professor; d) gestos didáticos do docente.

Data limite para submissão:
 31/03/2012.

Informações detalhadas sobre as normas:
http://www.periodicos.ufgd.edu.br/index.php/Raido/about/submissions#authorGuidelines

Chamada para publicação: Revista Profissão Docente


A Revista Profissão Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Uberaba (UNIUBE) está organizando um dossiê temático sobre Leitura e Formação de Professores a ser publicado em 2012. Serão publicados artigos, ensaios e resenhas.

Palavras-chave: Leituras; práticas de leitura, ensino de leitura, formação de leitores, leitura e educação básica, leitura no ensino superior, políticas públicas de leitura, leitura e novas tecnologias, leitura e mediação docente, leitura e processos de avaliação institucional.

Observação: Para envio do texto, o autor deve entrar na plataforma da revista, iniciar o primeiro passo da submissão de seu texto, clicando em SEÇÃO e escolhendo a opção DOSSIÊ. É importante marcar a opção DOSSIÊ para que o trabalho seja diretamente direcionado a esta seção.

Data limite de entrega do artigo: 30/03/2012    
Previsão para publicação: novembro de 2012
Telefones: (55) (34) 3319- 8811(institucional) E-mail:  amebortolanza@uol.com.br

Informações sobre a formatação do texto estão no endereço eletrônico http://www.revistas.uniube.br/index.php/rpd/about/contact

Do UCA a tabuletas: onde está a banda larga? Artigo de Nelson Pretto

Na semana passada aconteceu aqui em Salvador um encontro com os professores das dez escolas que estão trabalhando conosco, da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia, na formação dos professores do programa Um Computador por Aluno (PROUCA), projeto que o governo federal tenta (ou tentava?) implantar desde 2006, ainda sob a batuta do presidente Lula.

O enorme esforço dos professores envolvidos no projeto é evidente. As condições são as mais precárias possíveis e, mesmo assim, o que vemos são colegas animados, enfrentando todas as dificuldades e buscando um caminho para a utilização dos computadores portáteis nas escolas, no cotidiano das suas aulas.

A distância entre a formação inicial destes professores e os computadores na mão dos meninos é de, no mínimo, um século. Os professores foram preparados para transmitir conhecimentos e para ensinar conteúdos. Agora, convivem com a possibilidade de cada um dos alunos ter na mão um aparelhinho que, potencialmente, lhe conecta com um mundo de informações, num único clique. Isso se a internet funcionar!

Justo aqui temos os dois maiores problemas em termos de tecnologia: a infraestrutura das escolas e a conexão à internet. Faltam as condições básicas nas escolas públicas envolvidas no projeto aqui na Bahia: não existem tomadas para carregar os uquinhas, como carinhosamente os chamamos aqui; não há mobiliário para os meninos e professores trabalharem; a rede internet, prometida pelas operadoras, levou meses para ser implantada e, mesmo assim, com péssima qualidade. Em uma das nossas escolas, os professores tentaram carregar muitos computadores ao mesmo tempo e o resultado foi simplesmente a derrubada da energia de toda a escola, que ficou sem luz durante mais de dois dias.

(...)
A escola pública precisa de tudo: computadores potentes, uquinhas, tabuletas, televisões, câmeras de vídeo, gravadores, rádios web, bibliotecas com livros (e uma política para a produção de e-books, claro!) e muito, muito mais... Mas, essencialmente, é necessário um professor fortalecido.

Professor fortalecido e banda larga de qualidade são condições básicas para que a escola de hoje prepare a juventude para esse mundo em reviravolta. Sem isso, teremos muitas bravatas e poucos resultados.

(Nelson Pretto é professor e já foi diretor (2000-2004 e 2004-2008) da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. Membro titular do Conselho de Cultura do Estado da Bahia. Físico, mestre em Educação e Doutor em Comunicação.)

Leia a íntegra do artigo em http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI5465701-EI17985,00-Do+UCA+a+tabuletas+onde+esta+a+banda+larga.html

CIA monitora as redes sociais do mundo

Localizado em meio a um parque industrial qualquer na Virgínia, EUA, o prédio não tem nada de especial. Mas, lá dentro, a CIA se dedica a seguir cinco milhões de tweets por dia.

O lugar se chama Open Source Center. Aqui, funcionários se dedicam a examinar Facebook, jornais, canais de TV, estações de rádio locais, mídias sociais, salas de bate-papo na Internet – qualquer coisa que possam acessar e contribuir de maneira aberta.

Mulher egípcia pinta mural com logo do Facebook
para comemorar queda do ditador Hosni Mubarak.

Essa informação, que geralmente não está em inglês, é cruzada com material de jornais locais ou grampos telefônicos. A partir daí um quadro é formado e tem entre seus destinos finais o relatório de inteligência diário do presidente Obama, possibilitando assim um olhar em tempo real sobre, por exemplo, o clima em uma região depois da morte de Osama Bin Laden ou qual nação do Oriente Médio parece pronta para uma revolução. Sim, eles sabiam o que ia acontecer no Egito, só não sabiam exatamente quando.
O centro já tinha “previsto que as mídias sociais em lugares como o Egito mudariam o jogo e seriam ameaças ao regime”, o diretor do centro, Doug Naquin, disse em uma entrevista recente à Associated Press no centro. Funcionários da CIA disseram que era a primeira vez que um repórter fazia tal visita à agência.

Esse departamento da CIA foi montado seguindo recomendações de uma Comissão de 11/9. Sua primeira prioridade era focar no contraterrorismo e na contraproliferação. Mas suas centenas de analistas abrangem muita coisa, desde o acesso à internet na China ao clima nas ruas no Paquistão. Apesar da maioria estar situada na Virgínia, há analistas espalhados por embaixadas americanas mundo afora, com o objetivo de estar mais perto do pulso dos seus assuntos.

Os melhores analistas, disse Naquin, sabem “achar coisas que outras pessoas nem sabem que existe”. Aqueles com mestrado em biblioteconomia e línguas variadas, especialmente aqueles que cresceram falando em outra língua, “podem se tornar um oficial ‘open source’ poderoso”, disse Naquin.

O centro começou a focar em mídias sociais depois de ver a Twittosfera sacudir o regime iraniano durante a Revolução Verde em 2009, quando milhares protestaram contra os resultados das eleições que colocaram o presidente Ahmadinejad de volta ao poder.

Depois que Bin Laden foi morto no Paquistão, a CIA seguiu o Twitter para dar à Casa Branca uma impressão da opinião pública mundial.

Como os tweets não precisam necessariamente estar ligados a uma localização geográfica, os analistas dividiram a reação de acordo com a língua. O resultado: a maior parte dos tweets em urdu, a língua do Paquistão, e chinês eram negativos. A China é um aliado próximo do Paquistão. Os oficiais daquele país protestaram contra o ataque por ele ter ferido sua soberania.

O centro também vem comparando suas mídias sociais com os registros de institutos de pesquisas, na tentativa de ver qual produz resultados mais precisos, disse Naquin.

“Fazemos todo o possível para alertar que o que temos seja talvez uma super-representação da elite urbana”, explica Naquin, reconhecendo que apenas uma pequena fatia da população em muitas áreas monitoriadas tem acesso a computadores e à internet. Por outro lado, ele aponta que o acesso à mídias sociais via celular está crescendo em áreas como a África.

Por Agências / Kimberly Dozier (AP)
Disponível em: http://blogs.estadao.com.br/link/cia-monitora-as-redes-sociais-do-mundo/

Guia da Internet 2011 para download

A proposta deste Guia da Internet é auxiliar professores e alunos na busca de sites de instituições de ensino, institutos de pesquisas, bibliotecas e museus, entre outros.



As Escolas Técnicas (Etecs) e as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais são instituições de ensino que sempre incentivaram em seus alunos o interesse pela produção de conhecimento científico. Desta forma, jamais ignoraram o potencial da rede mundial de computadores como uma fonte de pesquisa rápida e eficiente.

Diante da presença cada vez maior da internet dentro das salas de aula e do excesso de informações provenientes dela, o grande desafio dos educadores passou a ser orientar os estudantes na busca por fontes seguras e de credibilidade.

Nesta edição, os professores dos ensinos Médio, Técnico e Tecnológico têm à disposição uma relação de mais de 700 endereços, selecionados por nossa equipe.

Esperamos que esta publicação seja uma grande parceira para o crescimento intelectual e profissional do leitor.

Boa pesquisa!

Laura Laganá
Diretora Superintendente do Centro Paula Souza
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia
Governo do Estado de São Paulo

Clique na imagem para download

Estão disponíveis as palestras do Colóquio "E-books e a democratização do acesso"


O mercado de livros digitais no mundo, o impacto do e-book no mercado editorial e nas bibliotecas foram alguns dos temas debatidos durante o Colóquio E-books e a democratização do acesso, promovido pela Fundação Biblioteca Nacional, em parceria com a Maison de France e o Instituto Goethe, durante a última Bienal do Livro do Rio de Janeiro, no mês passado.

A Biblioteca Nacional disponibiliza, abaixo, as palestras dos especialistas que se apresentaram no evento. Clique para fazer o download:

Uso de e-books em bibliotecas públicas e acadêmicass no Reino Unido - Aquiles Alencar Brayner

Os livros eletrônicos nas bibliotecas francesas - Claire Nguyen

E-books: um belo e novo no mundo? - Fatos e tendências no mercado de livros digitais - Christoph Freier

Experiências com e-books na biblioteca pública de Colônia - Frank Daniel

Nuvem de Livros - Antonio Torres

Gato Sabido e-books - Carlos Eduardo Ernanny

Professores aprendem a utilizar TICs em sala de aula

Segundo Leila Dias (em pé), educadores têm dificuldades
porque o alunos sabem usar o celular melhor do que eles.
(Foto: Elio Rizzo)
Um grupo de 24 professores de escolas públicas do DF está aprendendo a incorporar as tecnologias de informação e comunicação (TICs), como a internet, no ensino. Durante quatro dias, eles exercem papel de aluno, conhecem técnicas de filmagem, escrevem e montam mapas para um site. A criação de um blog literário sobre um escritor cujas obras são cobradas no vestibular é o ponto de partida.

Os professores terão de pesquisar e montar mapas no Google, além de fazer vídeos sobre Rachel de Queiroz. Todo o trabalho postado por eles no blog é feito com programas e ferramentas gratuitas, disponíveis na internet ou nos computadores e celulares aos quais têm acesso.

A organização sem fins lucrativos Casa da Árvore, de Tocantins, é quem promove o Circuito Telinha na Escola, em parceria com a operadora Vivo e a Secretaria de Educação do Distrito Federal. As aulas começaram na terça-feira e se encerram hoje, no Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) do Guará.

Pela ONG, comunicadores e profissionais da educação já percorreram 22 cidades do país para mostrar que é possível levar a tecnologia para a sala. “Em todos os lugares por que passamos, as realidades são diferentes, mas os questionamentos são os mesmos. A maioria dos professores não consegue ou tem receio de lidar com o fato de que os alunos sabem usar computador e celular mais do que eles”, esclarece Leila Dias, professora do circuito.

Leia a íntegra da matéria em http://www.correioweb.com.br/euestudante/noticias.php?id=23893.

Alfabetização no Brasil: livro para download

Organização: Maria do Rosário Longo Mortatti

Textos de: Magda Soares, Anne-Marie Chartier, Ana Luiza Jesus da Costa, Cancionila Janzkoviski Cardoso, Cecília Goulart, Cláudia Maria Mendes Gontijo, Cleonara Maria Schwartz, Diana Gonçalves Vidal, Eliane Peres, Estela Natalina Mantovani Bertoletti, Fernando Rodrigues de Oliveira, Francinaide de Lima Silva, Iole Maria Faviero Trindade, Isabel Cristina Alves da Silva Frade, Lázara Nanci de Barros Amâncio, Lilian Lopes Martin da Silva, Márcia Cristina de Oliveira Mello, Maria Arisnete Câmara de Morais, Maria do Rosário Longo Mortatti, Norma Sandra de Almeida Ferreira, Rachel Duarte Abdala.

Clique na capa do livro para download

Computadores chegam às escolas públicas, mas não à sala de aula

Apesar dos computadores terem chegado às escolas públicas do País, o uso da ferramenta e da internet ainda é tímido e conservador. A análise é dos responsáveis pela pesquisa TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) Educação 2010 realizada em 497 instituições de ensino de ensino municipais e estaduais de todas as regiões urbanas do Brasil. Divulgado nesta terça-feira, o estudo do Comitê Gestor da Internet no Brasil identifica usos e apropriações das TICs nas escolas públicas brasileiras.

De acordo com a pesquisa, 100% das escolas pesquisadas têm computadores e 92% contam com acesso à internet (87% têm banda larga). Porém as atividades mais realizadas pelos professores com os alunos – exercícios para prática e fixação do conteúdo, aula expositiva e interpretação de textos – são as menos praticadas com as máquinas.

Segundo os 1.541 professores de português e matemática entrevistados, as atividades mais praticadas são ensinar os alunos a usar o computador e a internet (66%), realizar pesquisas (44%) e projetos ou trabalhos sobre um tema (43%).

Atividades propícias para serem feitas com o uso do computador, como intermediar o contato dos alunos com especialistas e agentes externos (20) e realizar trabalhos colaborativos entre os alunos são práticas menos utilizadas.

Leia a íntegra da matéria de Marina Morena Costa para o iG em http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/computadores+chegam+as+escolas+publicas+mas+nao+a+sala+de+aula/n1597126901899.html

A virada na formação


O Brasil forma, atualmente, mais professores para a educação infantil e para o fundamental 1 pela via do Ensino a Distância (EAD) do que pela educação presencial. Dos 118.376 estudantes que concluíram essas habilitações em 2009, 65.354 (55%) graduaram-se por EAD, contra 52.842 (45%) egressos da educação presencial, de acordo com números do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Esse resultado é inédito e confirma uma tendência já evidenciada na série histórica iniciada em 2005. Daquele ano até 2009, a quantidade de concluintes pelo modelo presencial decresceu, ano a ano, com queda de quase 50% no período (de 103.626 para 52.842). Ao mesmo tempo, a quantidade de formados por EAD cresceu, aproximadamente, 464% (de 11.576 para 65.354).

Também no que diz respeito à quantidade de docentes em exercício na Educação Básica que estavam matriculados em cursos de pedagogia, aqueles oriundos da formação a distância eram maioria em 2009, segundo dados do Ministério da Educação (MEC). Das 192.965 matrículas, 60% eram em EAD. Em outras licenciaturas, letras, matemática, história, a lógica se inverte. Porém, a diferença a favor do presencial varia caso a caso e, em muitos deles, é inexpressiva.

Em números absolutos, o ensino presencial responde pela maioria dos docentes, mas em termos percentuais, ou seja, como tendência, EAD cresce mais. Entre 2000 e 2009, licenciaturas nesse segmento saíram de 1.682 matrículas para 427.730. No presencial, foram de 836.154 para 978.061. Expansão entre 2000 e 2004 e retração de 2005 a 2009.

Outro dado relevante refere-se à evasão (ao analisar a quantidade das matrículas e o número de concluintes). Com base nos dados de 2009, em EAD, 20% dos matriculados se formaram (88.194). No presencial foram 19% (188.807). Os dados de formados se referem aos ingressantes de quatro anos antes.

Universo pantanoso
O fato de termos mais pedagogos e substancial quantidade de professores da Educação Básica graduados integralmente ou obtendo qualificação continuada, mestrado e doutorado a distância exige reflexão. Implica mensurar qual é o crescimento real desse ensino, especialmente, no tangente à licenciatura. Nem entidades civis nem o governo têm acompanhado com precisão essas modificações. Em termos de levantamento quantitativo educacional, relacionado aos docentes, as estatísticas não se consolidam numa instância única. Os estudantes do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor) e da Universidade Aberta do Brasil (UAB) são de responsabilidade da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes. Demais alunos, oriundos do setor particular, assim como egressos dos sistemas estaduais do Ensino Superior, são contabilizados pelo Inep. Cada um dos níveis executivos governamentais tem maneiras distintas de realizar suas verificações com questionários próprios, softwares exclusivos (como a plataforma Paulo Freire) e necessidades particulares de averiguação da informação. O MEC oferece tais dados, mas não há uma mensuração final dos resultados.

A expansão em EAD requer, ainda, verificar quais medidas são adotadas para adequá-la às necessidades dos alunos brasileiros, particularmente, àqueles na graduação, período educacional composto, em tese, por jovens (entre 18 e 24 anos de idade), sem experiência prévia de trabalho, muitas vezes, com formação precária no ensino fundamental. Neste cenário, surgem algumas perguntas: A educação a distância garante uma boa formação pedagógica desses alunos? O país está apto a adotá-la maciçamente como maneira de suprir a carência de professores? E esse professor terá qualidade para educar?

Leia na íntegra a matéria de Udo Simons para a Revista Educação, edição 172, em http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=13179.

A imperfeição da leitura: entrevista de Fabrício Carpinejar

Unhas pintadas, óculos de lentes coloridas, camisetas de cores habitualmente berrantes. Falante e de humor largo, o poeta Fabrício Carpinejar tem uma figura que costuma gerar estranhamento por onde passa. O gaúcho de Caxias do Sul tem no "jeitão" uma forma de provocar o diálogo com o leitor e, assim, aproximá-lo de sua poesia, mantendo uma relação mais despreocupada com o gênero. "Para ler poesia, não é preciso estar de férias", diz.

Carpinejar tem oito livros, como Cinco Marias (2004) e Meu Filho, Minha Filha (2007). Blogueiro, professor e colunista do jornal Zero Hora, Carpinejar acaba de lançar seu 16º livro, Borralheiro (Bertrand Brasil). Na coletânea de crônicas, aborda a atual condição do comportamento masculino. A crônica é um gênero ao qual Carpinejar tem se dedicado. Canalha!, por exemplo, recebeu o prêmio Jabuti de 2009 e Mulher Perdigueira (2010), o Açorianos de Literatura, oferecido pela Secretaria de Cultura de Porto Alegre. Além de poemas e crônicas, sua produção comporta aforismos, que publica diariamente em seu Twitter, com mais de 106 mil seguidores. Esses aforismos também já viraram livro, batizado com seu endereço on-line: www.twitter.com/carpinejar (2009).

A literatura vem perdendo seu papel na cultura?
Não, pelo contrário. Até porque a literatura está mais presente no cinema e na TV. Não perdemos espaço, somamos espaço. Hoje, poetas e escritores são mais "mediadores". Nunca houve tantos seminários, feiras e bienais do livro... As próprias redes sociais despertam interesse por literatura. Só pelos links que recebe, a pessoa já lê mais. Atualmente, há mais facilidade para trocar afinidades. Se tu gostas de um artista, é mais fácil compartilhar esse gosto. As redes têm aprofundado o conhecimento. As pessoas são mais espelhadas, hoje, no texto. O jovem está mais interessado em ler.

Como aproximar a poesia do leitor contemporâneo?
Com uma revolução inversa. A publicidade, por exemplo, passou a usar poesia. A poesia tem de invadir o espaço da publicidade. E desafiar as aparências. Ela faz a gente não se ajudar. Faz nadar melhor no desespero. É o avesso da autoajuda, que quer consolar sem fazer pensar muito. A poesia faz mergulhar na dúvida. E encontrar o riso no choro. É a única maneira de sair do choro, aliás. As pessoas acreditam precisar de tempo para ler. Mas se tu separas livro para ler nas férias ou para quando ficares doente, é para não ler. Leitura é feita assim: de maneira cortada, aos saltos, imperfeita como a vida. Procuramos a leitura perfeita, por isso ela não acontece. Não tem de estar de férias para ler poesia. Aceite que não precisa ler o livro até o fim, se não gostar dele! Livro não é estudo: é empatia, afinidade. Podes não gostar dele num momento e, em outro, gostar.

[...]
Por que o Twitter é ferramenta de poeta?
Pela densidade e por desfazer aparências. É a arte do desaforo. Twitter é tremor; é o quanto tu podes fazer o outro tremer. É o aparentemente fácil que complica. Uma frase de duas mãos: enquanto tu vais, estás voltando. Twitter não é para cantar, é para desafinar.

Saramago disse que o Twitter representa a "tendência ao monossílabo" e, de degrau em degrau, desceríamos "ao grunhido"...

Ah, não... De degrau em degrau, vamos é subir até o gemido. [risos].

Leia a íntegra da entrevista concedida a Lucas Colombo para a Revista Língua Portuguesa em http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12348.

Meu filho, você não merece nada, artigo de Eliane Brum

Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.

Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

(Eliane Brum é jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo). E-mail: elianebrum@uol.com.br. Twitter: @brumelianebrum.)

Leia o artigo na íntegra em http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI247981-15230,00.html.

Google reduz a memória, mas amplia as habilidades de procura, aponta estudo

WASHINGTON – Os motores de busca como Google e as bases de dados na internet se transformaram em uma espécie de “memória externa” de nosso cérebro, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira na revista Science, que revela que perdemos memória retentiva de dados, mas ganhamos habilidades de procura.

Os educadores e cientistas já advertiam que o homem estava se tornando cada vez mais dependente das informações online, mas até agora havia poucos estudos que o confirmavam, assinala a psicóloga Betsy Sparrow, professora adjunta da Universidade de Columbia (Nova York) e autora do estudo.

Foi justamente sua experiência pessoal – ao perceber que recorria com frequência à base de dados de cinema IMDB para lembrar o nome de alguns atores – que a levou a analisar ainda mais os hábitos de estudo e aprendizado das novas gerações.

Leia na íntegra a matéria "Google reduz a memória, aponta estudo" em http://blogs.estadao.com.br/link/google-reduz-a-memoria-aponta-estudo/.

Estudo concluiu que os artigos científicos mais acessados são os que começam com perguntas

Imagem: Sofia Moutinho
‘Filogenia de besouros aquáticos esclarece corrida evolutiva entre gêneros’. ‘Epidemia do vírus influenza pode ser prevenida por vacinação voluntária?’ Essas duas frases são títulos de artigos científicos. Mas qual delas é mais eficaz em conduzir à leitura do texto?

Segundo um estudo iraniano, títulos com perguntas, que apelam para a curiosidade dos leitores, são os mais acessados – o que não resulta, no entanto, em maior quantidade de citações dos trabalhos em novas publicações.

O estudo analisou mais de dois mil títulos de artigos científicos publicados em seis periódicos da Public Library of Science (PLoS) em 2007. Os resultados foram publicados na revista Scientometrics no início deste ano.

Os pesquisadores ressaltam que os títulos são importantes principalmente quando se utilizam ferramentas de busca em catálogos, bibliotecas e bancos de dados on-line para encontrar artigos de interesse. Como vitrines do artigo, são eles que primeiro fisgam o leitor para o texto.

Segundo os cientistas, um título ideal deve ser curto, informativo e atraente. No entanto, a maioria dos autores não segue essas três premissas e falha na escolha dos enunciados.

Para realizar a pesquisa, os cientistas iranianos classificaram os títulos em três grupos: declarativos, descritivos e interrogativos. Os títulos declarativos – como o usado na abertura desta matéria – são os que trazem as principais conclusões do artigo e permitem aos usuários compreender o conteúdo do trabalho sem precisar consultá-lo na íntegra.

Já os descritivos apresentam o assunto que será tratado ao longo do artigo de forma ampla e sucinta, como em ‘Partes, todo e contexto na leitura: uma tripla dissociação’. Os títulos interrogativos são os que, como o próprio nome indica, trazem uma pergunta.

Leia na íntegra a matéria de Gabriela Reznik "Como fisgar o leitor?" para a revista Ciência Hoje em http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2011/07/como-fisgar-o-leitor

Amanda Gurgel recusa prêmio do PNBE

Oi,
Nesta segunda (04/07), o Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE) vai entregar o prêmio "Brasileiros de Valor 2011". O júri me escolheu, mas, depois de analisar um pouco, decidi recusar o prêmio.
Mandei essa carta aí embaixo para a organização, agradecendo e expondo os motivos pelos quais não iria receber a premiação. Minha luta é outra.
Espero que a carta sirva para debatermos a privatização do ensino e o papel de organizações e campanhas que se dizem "amigas da escola".
Amanda

Leia a carta em http://professoraamandagurgel.blogspot.com/2011/07/porque-nao-aceitei-o-premio-do-pnbe.html

(Amanda Gurgel, professora do Rio Grande do Norte, ficou nacionalmente conhecida pelo vídeo Resumo da Educação no Brasil (Profª Amanda Gurgel))

Concurso para professor de Metodologia e Prática de Ensino na UEL

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
CENTRO DE LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE LETRAS VERNÁCULAS E CLÁSSICAS

CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DO CARGO DE PROFESSOR
EDITAL Nº. 155/2011 – PRORH

Área: METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA
Número de vagas: 1 (uma)
Regime de Trabalho: 40 horas semanais
Requisito mínimo:
- Graduação em Letras;
- Doutorado em Letras, Linguística Aplicada, Estudos da Linguagem, Língua Portuguesa ou Educação;
- 03 (três) anos de experiência como professor de Língua Portuguesa e/ou Literatura, nos anos finais do Ensino Fundamental e/ou Ensino Médio; e
- Produção acadêmica relacionada à área (dissertação de mestrado, tese de doutorado, livros, capítulos de livros, artigos e/ou textos completos em anais de evento).

Inscrições: 06 de junho a 15 de julho de 2011

Maiores informações: http://www.uel.br/prorh/index.php?content=selecao/concdoc/155_2011/index.php

Agora, o posicionamento da ALAB: "Polêmica em relação a erros gramaticais em livro didático de Língua Portuguesa revela incompreensão da imprensa e população sobre a atuação do estudioso da linguagem"

Associação de Linguística Aplicada do Brasil

A divulgação da lista de obras aprovadas pelo Programa Nacional de Livros Didáticos (PNLD) para o ensino da língua portuguesa na Educação de Jovens e Adultos (EJA) provocou verdadeiro celeuma na imprensa e comunidade acadêmica sobre a aprovação de obras com “erros” de língua portuguesa.

Frases como “Nós pega o peixe”, “os menino pega o peixe”, “Mas eu posso falar os livro” e outras que transgridem a norma culta, publicadas no livro Por uma Vida Melhor, aprovado pelo PNLD e distribuído em escolas da rede pública pelo MEC, causaram a indignação de jornalistas, professores de língua portuguesa e membros da Academia Brasileira de Letras.

O grande incômodo, relacionado ao fato do livro relativizar o uso da norma culta, substituindo a concepção de “certo e errado” por “adequado e inadequado”, retrata a incompreensão da imprensa e população em relação ao escopo de atuação de pesquisadores que se ocupam em compreender e analisar os usos situados da linguagem.

A polêmica em torno deste relativismo, assim como a interpretação deturpada de pesquisas na área da linguagem, não é nova. Em novembro de 2001, na reportagem de capa da Revista Veja, intitulada “Falar e escrever bem, eis a questão”, Pasquale Cipro Neto dirigiu-se ofensivamente a pesquisadores da área de linguagem que defendem a integração de outras variedades no ensino de língua portuguesa como uma corrente relativista e esquerdistas de meia pataca, idealizadores de “tudo o que é popular – inclusive a ignorância, como se ela fosse atributo, e não problema, do "povo" (Fonte, Veja Online, consultada em 20.05.2011).

Mais de uma década após a publicação dos PCN e da instituição do PNLD de Língua Portuguesa, ambos frutos das pesquisas destes estudiosos relativistas, a imprensa e população continua a interpretar de forma deturpada a proposta de ensino defendida nas diretrizes curriculares e transpostas didaticamente nas coleções aprovadas no PNLD.

Tal deturpação ressalta um problema sério de leitura, muito provavelmente decorrente da prática cristalizada historicamente de se ensinar a gramática pela gramática, de forma abstrata e não situada. Pois, ao situar e inscrever as frases incorretas responsáveis por tanto desconforto no contexto concreto em que foram enunciadas, fica clara a intenção da autora de mostrar que precisamos adequar a linguagem ao contexto e optar pela variante mais adequada à situação de comunicação, preceito básico para participação nas diversas práticas letradas em que nos engajamos no mundo social.

Assim, ao contrário de contribuir para uma agenda partidária de manutenção da ignorância, acusação levianamente imputada ao livro e ao PNLD (e, portanto, aos estudiosos da linguagem), os “erros” em questão, se interpretados contextualizadamente e explorados de forma interessante em sala de aula, contribuem para o desenvolvimento da consciência linguística, mostrando que apesar de todas as variantes serem aceitáveis, o domínio da norma culta é fundamental para efetiva participação nas diversas atividades sociais de mais prestígio.

Se, portanto, situarmos a linguagem, não há razão para polêmica ou desconforto e a crítica daqueles preocupados em garantir o ensino da norma culta torna-se absolutamente nula, sem sentido. O niilismo desta crítica está claramente estampado no enunciado de Pasquale, citado naquela reportagem de uma década: "Ninguém defende que o sujeito comece a usar o português castiço para discutir futebol com os amigos no bar", irrita-se Pasquale. "Falar bem significa ser poliglota dentro da própria língua. Saber utilizar o registro apropriado em qualquer situação. É preciso dar a todos a chance de conhecer a norma culta, pois é ela que vai contar nas situações decisivas, como uma entrevista para um novo trabalho". (Fonte, Veja Online, consultada em 20.05.2011)

A relativização veementemente criticada parece, por fim, ter sido tomada como verdade no interior do mesmo enunciado.

Dez anos depois vemos em livros didáticos a possibilidade de formar poliglotas na língua materna. Isso é, sem dúvida, um progresso. Resta ainda melhorar as leituras da população sobre os estudos situados da linguagem.

Neste sentido, a Associação de Linguística Aplicada do Brasil, expressa seu repudio a atitude autoritária e uníssona de vários veículos da imprensa em relação à concepção deturpada de “erro” e convida seus membros a se posicionarem nestes veículos de forma mais efetiva e veemente sobre questões relacionadas a ensino de línguas e políticas linguísticas, construindo leituras mais situadas, persuasivas e plurilíngues.

Indicamos abaixo o link para a notícia citada de 2001, assim como outros artigos e vídeos com o posicionamento de estudiosos da linguagem acerca da polêmica com os livros didáticos de LM.

Reportagem capa de Veja, novembro de 2001.
Nota da Ação Educativa
Artigo do Prof. Marcos Bagno, UNB
Artigo do Prof. Sírio Possenti, Unicamp

"Língua e ignorância": posicionamento da ABRALIN com relação à polêmica sobre livro didático



Nas duas últimas semanas, o Brasil acompanhou uma discussão a respeito do livro didático  Por uma vida melhor, da coleção Viver, aprender, distribuída pelo Programa Nacional do Livro Didático do MEC. Diante de posicionamentos virulentos externados na mídia, alguns até histéricos, a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LINGUÍSTICA - ABRALIN - vê a necessidade de vir a público manifestar-se a respeito, no sentido de endossar o posicionamento dos linguistas, pouco ouvidos até o momento.

Curiosamente é de se estranhar esse procedimento, uma vez que seria de se esperar que estes fossem os primeiros a serem consultados em virtude da sua expertise. Para além disso, ainda, foram muito mal interpretados e mal lidos.

O fato que, inicialmente, chama a atenção foi que os críticos não tiveram sequer o cuidado de analisar o livro em questão mais atentamente. As críticas se pautaram sempre nas cinco ou seis linhas largamente citadas. Vale notar que o livro acata orientações dos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) em relação à concepção de língua/linguagem, orientações que já estão em andamento há mais de uma década. Além disso, não somente este, mas outros livros didáticos englobam a discussão da variação linguística com o intuito de ressaltar o papel e a importância da norma culta no mundo letrado. Portanto, em nenhum momento houve ou há a defesa de que a norma culta não deva ser ensinada. Ao contrário, entende-se que esse é o papel da escola, garantir o domínio da norma culta para o acesso efetivo aos bens culturais, ou seja, garantir o pleno exercício da cidadania. Esta é a única razão que justifica a existência de uma disciplina que ensine língua portuguesa a falantes nativos de português.

A linguística se constituiu como ciência há mais de um século. Como qualquer outra ciência, não trabalha com a dicotomia certo/errado. Independentemente da inegável repercussão política que isso possa ter, esse é o posicionamento científico. Esse trabalho investigativo permitiu aos linguistas elaborar outras constatações que constituem hoje material essencial para a descrição e explicação de qualquer língua humana.

Uma dessas constatações é o fato de que as línguas mudam no tempo, independentemente do nível de letramento de seus falantes, do avanço econômico e tecnológico de seu povo, do poder mais ou menos repressivo das Instituições. As línguas mudam. Isso não significa que ficam melhores ou piores. Elas simplesmente mudam. Formas linguísticas podem perder ou ganhar prestígio, podem desaparecer, novas formas podem ser criadas. Isso sempre foi assim. Podemos ressaltar que muitos dos usos hoje tão cultuados pelos puristas originaram-se do modo de falar de uma forma alegadamente inferior do Latim: exemplificando, as formas "noscum" e "voscum", estigmatizadas por volta do século III, por fazerem parte do chamado "latim vulgar", originaram respectivamente as formas "conosco" e "convosco".

Outra constatação que merece destaque é o fato de que as línguas variam num mesmo tempo, ou seja, qualquer língua (qualquer uma!) apresenta variedades que são deflagradas por fatores já bastante estudados, como as diferenças geográficas, sociais, etárias, dentre muitas outras. Por manter um posicionamento científico, a linguística não faz juízos de valor acerca dessas variedades, simplesmente as descreve. No entanto, os linguistas, pela sua experiência como cidadãos, sabem e divulgam isso amplamente, já desde o final da década de sessenta do século passado, que essas variedades podem ter maior ou menor prestígio. O prestígio das formas linguísticas está sempre relacionado ao prestígio que têm seus falantes nos diferentes estratos sociais. Por esse motivo, sabe-se que o descon hecimento da norma de prestígio, ou norma culta, pode limitar a ascensão social. Essa constatação fundamenta o posicionamento da linguística sobre o ensino da língua materna.

Independentemente da questão didático-pedagógica, a linguística demonstra que não há nenhum caos linguístico (há sempre regras reguladoras desses usos), que nenhuma língua já foi ou pode ser "corrompida" ou "assassinada", que nenhuma língua fica ameaçada quando faz empréstimos, etc. Independentemente da variedade que usa, qualquer falante fala segundo regras gramaticais estritas (a ampliação da noção de gramática também foi uma conquista científica). Os falantes do português brasileiro podem fazer o plural de "o livro" de duas maneiras: uma formal: os livros; outra informal: os livro. Mas certamente nunca se ouviu ninguém dizer "o livros". Assim também, de modo bastante generali zado, não se pronuncia mais o "r" final de verbos no infinitivo, mas não se deixa de pronunciar (não de forma generalizada, pelo menos) o "r" final de substantivos. Qualquer falante, culto ou não, pode dizer (e diz) "vou comprá" para "comprar", mas apenas algumas variedades diriam 'dô' para 'dor'. Estas últimas são estigmatizadas socialmente, porque remetem a falantes de baixa extração social ou de pouca escolaridade. No entanto, a variação da supressão do final do infinitivo é bastante corriqueira e não marcada socialmente. Demonstra-se, assim, que falamos obedecendo a regras. A escola precisa estar atenta a esse fato, porque precisa ensinar que, apesar de falarmos "vou comprá" precisamos escrever "vou comprar".  E a linguística ao descrever esses fenômenos ajuda a entender melhor o funcionamento das línguas o que deve repercutir no processo de ensino.

Por outro lado, entendemos que o ensino de língua materna não tem sido bem sucedido, mas isso não se deve às questões apontadas. Esse é um tópico que demandaria uma outra discussão muito mais profunda, que não cabe aqui.

Por fim, é importante esclarecer que o uso de formas linguísticas de menor prestígio não é indício de ignorância ou de qualquer outro atributo que queiramos impingir aos que falam desse ou daquele modo. A ignorância não está ligada às formas de falar ou ao nível de letramento. Aliás, pudemos comprovar isso por meio desse debate que se instaurou em relação ao ensino de língua e à variedade linguística.

Maria José Foltran
Presidente da Abralin


Disponível em: http://www.abralin.org/noticia/Did.pdf

Editores de texto e a nova ortografia


O seu editor de texto não está sugerindo a grafia correta de algumas palavras, segundo o novo acordo ortográfico da língua portuguesa?
Conheça algumas atualizações e recursos disponíveis em http://www.praticadapesquisa.com.br/2010/04/editores-de-texto-e-nova-ortografia.html.

22º FALE Fórum Acadêmico de Letras, na UNIR Vilhena (RO)

O FALE, Fórum Acadêmico de Letras, é um evento promovido pela ANPGL, Associação Nacional de Pesquisa na Graduação e Letras, que a cada ano acontece em uma Universidade, tendo como objetivo traçar metas de pesquisa para o aluno da graduação em Letras. Neste ano, realiza-se em parceria com o GEPEC – Grupo de Pesquisa em Poética Brasileira Contemporânea (UNIR Vilhena). O FALE é um espaço para a socialização da pesquisa como processo constitutivo do saber adquirido na Universidade. Desse modo, o Fórum estabelece com a Universidade um caráter de permanente discussão a respeito dos modos de transmissão de conhecimento, tendo como prioridade a inserção do acadêmico desde a graduação no universo da pesquisa. Daí, as conferências e mesas-redondas acontecerem em torno das políticas e experiências de pesquisa. E, nestas, tanto professores como acadêmicos são convidados a traçarem, juntos, planos que fomentem a ideia de produção científica contínua e independente de auxílios. Um dos objetivos principais é acabar com a distinção entre aluno pesquisador e não-pesquisador, de modo que o tripé ensino, pesquisa e extensão seja indissociável na formação do estudante de Letras. No FALE, todas as oficinas são “oficinas de pesquisa”, o que significa dizer que as discussões das áreas passam pela criação e/ou desenvolvimento de um projeto de pesquisa por cada participante.

PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 23 a 25 de junho de 2011

PRAZOS
Prazo final para proposição de oficinas: 30 de maio
Prazo final para inscrição de proposta de comunicação: 1º de junho
Data limite para divulgação das oficinas aceitas: 03 de junho
Data limite para divulgação das comunicações aceitas: 06 de junho


VALORES
Inscrições até 1º de maio: R$35,00
Inscrições até 1º de junho: R$40,00
Inscrições até 23 de junho: R$50,00


Chamada de Trabalhos: Linguagens e Diálogos (número temático: Linguagem e Tecnologia)


Linguagens e Diálogos convida a todos a contribuir para seu próximo número temático (2011/1): Linguagem e Tecnologia.

A data-limite para submissão de trabalhos é 15 de junho de 2011.

Os textos devem ser enviados para o email linguagensedialogos@gmail.com. O assunto do email deve ser: "Submissão de trabalho (2011/1)".

Antes de enviar seu trabalho, certifique-se de ter consultado as normas de publicação e o modelo com a diagramação do texto.

Uso pedagógico do Datashow, artigo do Prof. JC

No princípio tudo era trevas, então inventaram a projeção da luz e o cinema se fez.

Claro, todos adoramos o cinema, e a escola não poderia deixar de usar também essa tecnologia.

Algumas escolas públicas, do tempo em que a burguesia estudava nelas e o estado investia no ensino dos poucos que a frequêntavam, chegaram ao primor de possuírem grandes anfiteatros com projetores de cinema.

Eu estudei em uma delas! Idos tempos que não voltarão jamais.

Com o passar do tempo surgiram tecnologias mais portáteis, flexíveis e móveis para a projeção de imagens em anteparos fixos, como o episcópio, o projetor de slides e o retroprojetor, dentre outros. (...)

[O episcópio] era usado para projetar as páginas de um livro (coisa rara naquele tempo) diretamente em uma tela, bem como fotos ou quaisquer outros objetos opacos com dimensões compatíveis com o aparelho.

E assim, evoluindo sempre, a tecnologia de projeção chegou ao projetor de slides multimídia, também conhecido como Datashow. É dele que vamos tratar nesse artigo, ou, mais especificamente, dos usos pedagógicos que podemos fazer dele.

Capítulos do artigo:
- Requisitos de hardware para usar o datashow;
- Requisitos “do ambiente” para usar o datashow;
- Requisitos pedagógicos para usar o datashow;
- Uso do datashow como ilha de edição de vídeo;
- Uso do datashow como projetor de slides;
- Uso do datashow como ferramenta interativa;
- Uso do datashow como internet compartilhada;
- Uso do datashow pelos alunos;
- Alguns exemplos de uso possível do datashow em situação de aula;
- Além de usar também é preciso cuidar;
- Conclusões e reflexões sobre o uso do datashow.