Chamada para publicação na Revista Raído: Interacionismo Sociodiscursivo

A revista Raído (Qualis B2) v. 6 | n. 1 | 2012 será temática. Receberá artigos relacionados à transposição didática (interna e externa) de gêneros, na vertente do Interacionismo Sociodiscursivo. A partir disso, os artigos poderão tratar sobre: a) elaboração de modelos didáticos de gêneros; b) construção de sequências didáticas em processo colaborativo (professor formador, supervisor de estágio e aluno estagiário/professor de sala de aula, etc.); c) textos pré-figurativos da ação docente que guiam a ação do professor; d) gestos didáticos do docente.

Data limite para submissão:
 31/03/2012.

Informações detalhadas sobre as normas:
http://www.periodicos.ufgd.edu.br/index.php/Raido/about/submissions#authorGuidelines

Chamada para publicação: Revista Profissão Docente


A Revista Profissão Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Uberaba (UNIUBE) está organizando um dossiê temático sobre Leitura e Formação de Professores a ser publicado em 2012. Serão publicados artigos, ensaios e resenhas.

Palavras-chave: Leituras; práticas de leitura, ensino de leitura, formação de leitores, leitura e educação básica, leitura no ensino superior, políticas públicas de leitura, leitura e novas tecnologias, leitura e mediação docente, leitura e processos de avaliação institucional.

Observação: Para envio do texto, o autor deve entrar na plataforma da revista, iniciar o primeiro passo da submissão de seu texto, clicando em SEÇÃO e escolhendo a opção DOSSIÊ. É importante marcar a opção DOSSIÊ para que o trabalho seja diretamente direcionado a esta seção.

Data limite de entrega do artigo: 30/03/2012    
Previsão para publicação: novembro de 2012
Telefones: (55) (34) 3319- 8811(institucional) E-mail:  amebortolanza@uol.com.br

Informações sobre a formatação do texto estão no endereço eletrônico http://www.revistas.uniube.br/index.php/rpd/about/contact

Do UCA a tabuletas: onde está a banda larga? Artigo de Nelson Pretto

Na semana passada aconteceu aqui em Salvador um encontro com os professores das dez escolas que estão trabalhando conosco, da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia, na formação dos professores do programa Um Computador por Aluno (PROUCA), projeto que o governo federal tenta (ou tentava?) implantar desde 2006, ainda sob a batuta do presidente Lula.

O enorme esforço dos professores envolvidos no projeto é evidente. As condições são as mais precárias possíveis e, mesmo assim, o que vemos são colegas animados, enfrentando todas as dificuldades e buscando um caminho para a utilização dos computadores portáteis nas escolas, no cotidiano das suas aulas.

A distância entre a formação inicial destes professores e os computadores na mão dos meninos é de, no mínimo, um século. Os professores foram preparados para transmitir conhecimentos e para ensinar conteúdos. Agora, convivem com a possibilidade de cada um dos alunos ter na mão um aparelhinho que, potencialmente, lhe conecta com um mundo de informações, num único clique. Isso se a internet funcionar!

Justo aqui temos os dois maiores problemas em termos de tecnologia: a infraestrutura das escolas e a conexão à internet. Faltam as condições básicas nas escolas públicas envolvidas no projeto aqui na Bahia: não existem tomadas para carregar os uquinhas, como carinhosamente os chamamos aqui; não há mobiliário para os meninos e professores trabalharem; a rede internet, prometida pelas operadoras, levou meses para ser implantada e, mesmo assim, com péssima qualidade. Em uma das nossas escolas, os professores tentaram carregar muitos computadores ao mesmo tempo e o resultado foi simplesmente a derrubada da energia de toda a escola, que ficou sem luz durante mais de dois dias.

(...)
A escola pública precisa de tudo: computadores potentes, uquinhas, tabuletas, televisões, câmeras de vídeo, gravadores, rádios web, bibliotecas com livros (e uma política para a produção de e-books, claro!) e muito, muito mais... Mas, essencialmente, é necessário um professor fortalecido.

Professor fortalecido e banda larga de qualidade são condições básicas para que a escola de hoje prepare a juventude para esse mundo em reviravolta. Sem isso, teremos muitas bravatas e poucos resultados.

(Nelson Pretto é professor e já foi diretor (2000-2004 e 2004-2008) da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. Membro titular do Conselho de Cultura do Estado da Bahia. Físico, mestre em Educação e Doutor em Comunicação.)

Leia a íntegra do artigo em http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI5465701-EI17985,00-Do+UCA+a+tabuletas+onde+esta+a+banda+larga.html

CIA monitora as redes sociais do mundo

Localizado em meio a um parque industrial qualquer na Virgínia, EUA, o prédio não tem nada de especial. Mas, lá dentro, a CIA se dedica a seguir cinco milhões de tweets por dia.

O lugar se chama Open Source Center. Aqui, funcionários se dedicam a examinar Facebook, jornais, canais de TV, estações de rádio locais, mídias sociais, salas de bate-papo na Internet – qualquer coisa que possam acessar e contribuir de maneira aberta.

Mulher egípcia pinta mural com logo do Facebook
para comemorar queda do ditador Hosni Mubarak.

Essa informação, que geralmente não está em inglês, é cruzada com material de jornais locais ou grampos telefônicos. A partir daí um quadro é formado e tem entre seus destinos finais o relatório de inteligência diário do presidente Obama, possibilitando assim um olhar em tempo real sobre, por exemplo, o clima em uma região depois da morte de Osama Bin Laden ou qual nação do Oriente Médio parece pronta para uma revolução. Sim, eles sabiam o que ia acontecer no Egito, só não sabiam exatamente quando.
O centro já tinha “previsto que as mídias sociais em lugares como o Egito mudariam o jogo e seriam ameaças ao regime”, o diretor do centro, Doug Naquin, disse em uma entrevista recente à Associated Press no centro. Funcionários da CIA disseram que era a primeira vez que um repórter fazia tal visita à agência.

Esse departamento da CIA foi montado seguindo recomendações de uma Comissão de 11/9. Sua primeira prioridade era focar no contraterrorismo e na contraproliferação. Mas suas centenas de analistas abrangem muita coisa, desde o acesso à internet na China ao clima nas ruas no Paquistão. Apesar da maioria estar situada na Virgínia, há analistas espalhados por embaixadas americanas mundo afora, com o objetivo de estar mais perto do pulso dos seus assuntos.

Os melhores analistas, disse Naquin, sabem “achar coisas que outras pessoas nem sabem que existe”. Aqueles com mestrado em biblioteconomia e línguas variadas, especialmente aqueles que cresceram falando em outra língua, “podem se tornar um oficial ‘open source’ poderoso”, disse Naquin.

O centro começou a focar em mídias sociais depois de ver a Twittosfera sacudir o regime iraniano durante a Revolução Verde em 2009, quando milhares protestaram contra os resultados das eleições que colocaram o presidente Ahmadinejad de volta ao poder.

Depois que Bin Laden foi morto no Paquistão, a CIA seguiu o Twitter para dar à Casa Branca uma impressão da opinião pública mundial.

Como os tweets não precisam necessariamente estar ligados a uma localização geográfica, os analistas dividiram a reação de acordo com a língua. O resultado: a maior parte dos tweets em urdu, a língua do Paquistão, e chinês eram negativos. A China é um aliado próximo do Paquistão. Os oficiais daquele país protestaram contra o ataque por ele ter ferido sua soberania.

O centro também vem comparando suas mídias sociais com os registros de institutos de pesquisas, na tentativa de ver qual produz resultados mais precisos, disse Naquin.

“Fazemos todo o possível para alertar que o que temos seja talvez uma super-representação da elite urbana”, explica Naquin, reconhecendo que apenas uma pequena fatia da população em muitas áreas monitoriadas tem acesso a computadores e à internet. Por outro lado, ele aponta que o acesso à mídias sociais via celular está crescendo em áreas como a África.

Por Agências / Kimberly Dozier (AP)
Disponível em: http://blogs.estadao.com.br/link/cia-monitora-as-redes-sociais-do-mundo/