Governo adia novo acordo ortográfico para 2016

O governo federal vai adiar para 2016 a obrigatoriedade do uso do novo acordo ortográfico. As novas regras, adotadas pelos setores público e privado desde 2008, deveriam ser implementadas de forma integral a partir de 1º de janeiro de 2013.

A reforma ortográfica altera a grafia de cerca de 0,5% das palavras em português. Com o adiamento, continuará sendo opcional usar, por exemplo, o trema e acentos agudos em ditongos abertos como os das palavras "ideia" e "assembleia".

Além disso, o adiamento de três anos abre brechas para que novas mudanças sejam propostas. Isso significa que, embora jornais, livros didáticos e documentos oficiais já tenham adotado o novo acordo, novas alterações podem ser implementadas ou até mesmo suspensas.
(...)

A decisão é encarada como um movimento diplomático, uma vez que o governo, diz o Itamaraty, quer sincronizar as mudanças com Portugal.

O país europeu concordou oficialmente com a reforma ortográfica, mas ainda resiste em adotá-la. Assim como o Brasil, Portugal ratificou em 2008 o acordo, mas definiu um período de transição maior.


Editoria de arte/Folhapress

















Leia na íntegra a matéria de Fernanda Odilla e Flávia Foreque a Folha de São Paulo em http://goo.gl/U3eyp.

5º SBECE/2º SIECE: Seminários de Estudos Culturais e Educação na ULBRA (Canoas-RS)


O 5º SBECE Seminário Brasileiro de Estudos Culturais e Educação e 2º SIECE Seminário Internacional de Estudos Culturais e Educação - realizado em Canoas-RS nos dias 20, 21 e 22 de maio de 2013 e promovido pelo Programa de Pós-graduação em Educação da ULBRA, com a cooperação do Programa de Pós-graduação em Educação da UFRGS - busca não apenas fortalecer o caráter internacional já assumido em edições anteriores, como também consolidá-lo, tendo em vista a importância de ampliar, intensificar e aprofundar os vínculos com a produção acadêmica em âmbito internacional.

O objetivo geral do evento é de promover discussões que articulem educação e cultura nas contingências do espaço-tempo, abordando transformações contemporâneas relacionadas a concepções, significados e usos do conceito de espaço-tempo, bem como seus desdobramentos nos múltiplos e plurifacetados panoramas educativos e educacionais da atualidade. Este foco temático reveste-se de especial importância, particularmente em face da emergência de novas tecnologias e do modo como elas vêm atuando na reorganização das mais diversas dimensões e instâncias da vida social e cotidiana. Serão privilegiadas discussões que focalizem novas concepções e configurações espaço-temporais em suas repercussões nas pedagogias; na constituição de subjetividades; nas novas formas de trabalho, mercantilização e consumo; nas culturas infantis e juvenis; na cultura surda; nas estruturas acadêmicas; na escola, no currículo e na docência; nas ciências; nas artes e na literatura; nas questões de gênero e sexualidade; nas relações étnico-raciais; nas preocupações ambientais, corporais e com a saúde; nas políticas públicas, entre outras.

O envio de resumos para o 5º SBECE/2º SIECE foi prorrogado para dia 9 de janeiro. Porém, após dia 17 de dezembro, existe um aumento no valor das inscrições.

Maiores informações em http://www.sbece.com.br/.

Concurso para o Depto. de Linguística Aplicada da UNICAMP

Encontra-se aberto o edital do concurso público de provas e títulos, para provimento de 01 (um) cargo de Professor Doutor I, nível MS-3.1, em RTP, com opção preferencial para o RDIDP, nos termos do item 2, na área de Linguagem e Educação, nas disciplina LA-403/A – Linguagem e Diversidade: pesquisa e ensino, do Departamento de Linguística Aplicada do Instituto de Estudos da Linguagem/IEL da Universidade Estadual de Campinas.

Inscrições: 26/11/2012 a 02/01/2013

Governo do PR oferece 300 vagas de afastamento a professores para cursar mestrado ou doutorado


A Secretaria de Estado da Educação publicou nesta terça-feira (4) a resolução nº 7282, que regulamenta o processo de afastamento para servidores do Quadro Próprio do Magistério (QPM) e do Quadro de Funcionários da Educação Básica (QFEB), para dedicação exclusiva aos cursos de mestrado e doutorado.

A Secretaria também publicou o edital do processo seletivo interno, que oferta 300 vagas para esses afastamentos. O período de inscrições será de 10 a 14 de dezembro e o afastamento poderá ser de até dois anos, a partir de fevereiro de 2013.

De acordo com a nova resolução, para participar do processo seletivo o profissional deve ser integrante efetivo do QPM ou do QFEB; possuir Licenciatura Plena; e estar em exercício das funções na rede pública estadual de ensino ou entidades conveniadas com a Secretaria da Educação.

Também é preciso ter sido admitido em Programa de Pós-Graduação, em nível de mestrado ou doutorado, reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), desde que relevante para a Rede Pública de Educação Básica, entre outros critérios, que estão disponíveis no edital do processo seletivo interno.

Os interessados deverão protocolar o pedido de inscrição no Núcleo Regional de Educação e encaminhá-lo à Coordenação Estadual do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE). Uma comissão interna será responsável pelo processo seletivo.

A resolução e o edital do processo seletivo estão disponíveis no link http://www.aen.pr.gov.br/arquivos/File/0512PDF.doc.

Estágio supervisionado nas licenciaturas: chamada para publicação temática da Raído

Na edição temática do primeiro semestre de 2014, a Revista Raído ISSN 1984-4018, avaliada pela Capes como B1, vai abordar o Estágio Supervisionado nas licenciaturas. O volume tematizará contribuições de abordagens teóricas e metodológicas, desenvolvidas na Linguística Aplicada, para os estágios supervisionados obrigatórios das licenciaturas, os quais serão concebidos como contextos de investigação científica nos estudos da linguagem. Os artigos científicos devem focalizar a construção de objetos de pesquisa (inter/trans)disciplinares, informados pelo trabalho com a linguagem na formação inicial de professores, podendo considerar possíveis articulações dessa disciplina acadêmica com a educação básica. Serão concebidos como dados de pesquisa textos acadêmicos (nas modalidades falada e escrita da língua), materiais didáticos, documentos oficiais, além de outros usos da linguagem no referido contexto de instrução.


Serão aceitos textos em português, inglês, espanhol e francês. A organização do volume ficará a cargo de Adair Vieira Gonçalves (UFGD/CNPq) e Wagner Rodrigues Silva (UFT/CNPq).

Maiores informações sobre a Revista Raído em http://www.periodicos.ufgd.edu.br/index.php/Raido/about.

Curso de Letras? Pra quê? Conferência de Marcos Bagno

Conferência de abertura do VII EBREL - Encontro Brasiliense de Estudantes de Letras (Brasília, UnB) proferida em 22/11/2012

Foto: Marcos Pizano
Vou começar essa conversa com uma afirmação clara e simples: a situação dos nossos cursos de Letras é catastrófica. Qualquer um: seja de universidade pública prestigiada em grande capital, seja de pequena faculdade isolada no sertão, a diferença é pouca. É doloroso ter que admitir isso. É angustiante, para uma pessoa apaixonada pelo estudo da linguagem em todas as suas manifestações, ter de escrever essas palavras: os nossos cursos de Letras são uma catástrofe. Por quê?

Para começar, o próprio nome — Letras — revela um apego a concepções de educação e de formação de cidadãos (no masculino mesmo) que vigoravam no século XIX e que, depois de tantas revoluções ocorridas nas ciências e nas sociedades humanas, não tem mais nenhuma justificação séria para continuar existindo. É deprimente saber que a pessoa que conquistou uma vaga num curso de Letras vai ingressar numa estrutura acadêmica obsoleta, anacrônica, que foi delineada há pelo menos duzentos anos.

O estudo das “Letras” ou das “Belas Letras”, como também se dizia, era regido por ideias e ideais muito elitistas, aristocráticos (além de sexistas, já que as mulheres não estavam incluídas neles), por critérios antiquados de elegância e bom gosto, o que fica evidente já pelo uso do adjetivo “belas”. O que se cultivava e cultuava nas “Belas Letras” era uma literatura clássica, toda composta de autores devidamente mortos e
enterrados: só merecia estudo a “grande” prosa, a “grande” poesia, a “grande” dramaturgia... Literatura oral? Nem pensar! Literatura alternativa, marginal, transgressora? Deus nos livre! Literatura escrita por mulher? Imagine! Desde quando as mulheres escrevem coisa séria?

Literatura de autor vivo? De jeito nenhum: era preciso que ele fosse devidamente “imortalizado” pelas Academias de Letras (que não têm esse nome por acaso, já que também são instituições elitistas, anacrônicas e obsoletas). No que dizia respeito às línguas, o espírito (ou o fantasma?) era o mesmo.

Só eram estudadas as línguas “clássicas” (o latim, o latim e principalmente o latim... o grego, só para os gênios mais ousados), as línguas modernas mais prestigiadas (o francês, o francês e principalmente o francês...) e, no tocante ao português, única e exclusivamente a língua considerada “correta”, “pura” e “elegante”, sempre colhida da obra daqueles mesmos “grandes” escritores. Com isso, o ciclo se fechava sem nenhum atrito nem aperto: “literatura” era só um conjunto seleto de obras que, por sua vez, eram escritas num modelo muito restrito de “língua correta” que, por sua vez, era a única manifestação merecedora do rótulo de “língua portuguesa”.

Daí o nome de “Letras”: só o que era escrito, e escrito por poucos, era objeto de estudo.
A Faculdade de Letras de Paris, por exemplo, oferecia os seguintes cursos quando foi criada, em 1808: Literatura Grega; Eloquência Latina; Poesia Latina; Eloquência Francesa; Poesia Francesa. Precisa de comentários?

No que diz respeito ao estudo do português, é preciso lembrar que a inclusão da língua portuguesa como disciplina curricular (nas escolas e nas faculdades) só ocorreu no Brasil nas últmas décadas do século XIX, já no final do Império. Tratado exclusivamente em sua vertente literária consagrada, o português era estudado com a mesma metodologia empregada para o estudo das línguas mortas: dissecado em frases soltas, por sua vez dissecadas em seus elementos constitutivos que eram devidamente rotulados de acordo com as classificações herdadas da gramática grega e latina.

Tarefas como fazer a análise sintática de estrofes d’Os Lusíadas ou do Hino Nacional Brasileiro eram o padrão. Qualquer semelhança com a autópsia de um cadáver não é mera coincidência! Não espanta o horror que as “aulas de português” provocavam (e ainda provocam) em tanta gente.

Com o surgimento da ciência linguística moderna, no início do século XX, poderíamos imaginar que uma grande revolução abalaria essa arquitetura aristocrática, derrubando os velhos templos beletristas neoclássicos, mofados e insalubres, para, no lugar deles, se erguerem edifícios arejados, iluminados, funcionais, onde a ciência poderia transitar à vontade. Nada disso, porém, aconteceu. A disciplina chamada Linguística só foi incorporada ao currículo oficial dos cursos de Letras no Brasil no ano de 1961. Quando a Faculdade de Letras da Universidade de São Paulo foi criada, em 1934, um dos formuladores do currículo escreveu que era preciso ensinar português correto aos brasileiros porque falavam muito mal a língua. Está lá, nos registros. E é com esse espírito colonizado que a grande maioria dos nossos cursos de Letras vive até hoje. Basta conversar com alguns docentes mais antigos da UnB para verificar isso.

Os estudos científicos foram sendo incorporados aos cursos de Letras no Brasil de maneira desordenada, sem planejamento curricular adequado, simplesmente com o acréscimo de uma disciplina aqui, outra ali, mais algumas acolá. Não é por outra razão que o nome do curso permaneceu intacto, mesmo com a anexação de disciplinas provenientes de perspectivas científicas mais atualizadas. Se a gente investigar a lista das unidades acadêmicas das grandes universidades brasileiras, vai topar sempre, em todas elas, com alguma coisa do tipo Faculdade de Letras ou Instituto de Letras. Exceção digna de nota é o Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), e seu caráter excepcional se deve, entre outras coisas, ao ano de sua criação (1976), no âmbito de um projeto universitário inovador para a época. Mesmo assim, o IEL oferece atualmente uma graduação em... Letras!

Em vez de se promover a implosão do curso de Letras, totalmente inadequado para abrigar as novas concepções científicas do século XX, o que se promoveu foram “puxadinhos”, como muitas pessoas costumam fazer em suas casas: para não ter de derrubar um imóvel e reconstruí-lo de maneira a torná-lo adequado aos fins que se deseja para ele, vai se construindo novos cômodos e anexando eles na casa já existente. Assim, os cursos de Letras começaram a se tornar o que são até hoje: verdadeiros Frankensteins acadêmicos.

Muitos dos profissionais que atuam nos cursos de Letras parecem se negar (consciente ou inconscientemente) a admitir que a vocação natural do curso é a formação de docentes de português e/ou de línguas estrangeiras, numa recusa que se contrapõe às diretrizes do próprio Ministério da Educação no que diz respeito à formação docente. Os mestres e doutores que professam nas Letras se comportam como se estivessem ali para formar grandes escritores e críticos literários, ou filólogos e gramáticos do perfil mais tradicional possível. Alguns poucos, bem intencionados, mas iludidos, acreditam que vão formar futuros linguistas, pesquisadores sintonizados com a ciência moderna. Com isso, somos obrigados a ministrar, como professores, e a cursar, como estudantes, disciplinas totalmente irrelevantes para a formação docente e, ao mesmo tempo, deixamos de lado todo um conjunto de teorias e práticas que são de primeiríssima necessidade para que alguém que se forme em “Letras” possa trabalhar em conexão com o que se espera, hoje, de um professor de língua.

Aqui na UnB, por exemplo, muitas das disciplinas de sintaxe são dadas exclusivamente na perspectiva do gerativismo chomskiano, uma teoria linguística que, por mais interessante que seja do ponto de vista filosófico, não tem contribuição nenhuma a dar para alguém que, saindo da universidade, vai ter que enfrentar a prática da sala de aula. A tentativa que se fez, nos anos 1970, de aplicar o gerativismo ao ensino de português foi um estrondoso desastre. Valeria mais a pena usar esse precioso tempo de formação para o estudo aprofundado e crítico da tradição gramatical, que ainda domina com muito vigor o imaginário social acerca de língua e linguagem. O resultado é que as pessoas se formam em Letras sem dominar a teoria gerativa (o que, aliás, é impossível porque seu fundador destrói e reconstrói regularmente a teoria a cada tantos anos...) e sem conhecer a tradição gramatical (o que seria importantíssimo), mas somente um conjunto de afirmações pejorativas a respeito dela, que em nada contribuem para a formação de quem vai ter que lidar com a gramática em sua vida profissional.

Em contrapartida, aqui e em praticamente todos os cursos de Letras, milhares de estudantes saem da universidade sem sequer ter ouvido falar (ou tendo ouvido falar muito vagamente) de gramaticalização, pragmática, discurso, letramento, gênero textual, enunciação, sociocognitivismo, sociointeracionismo, sociologia da linguagem, políticas linguísticas, crioulização, diglossia, teorias da leitura, relações fala/escrita... áreas de pesquisa e de ação fundamentais para que se tenha uma visão coerente do que é uma língua e do que significa ensinar língua.

Para piorar, essas mesmas pessoas também saem acreditando que existe “oração sem sujeito” e “sujeito oculto”, que existe uma “voz passiva sintética”, uma “terceira pessoa do discurso”, uma diferença entre “adjunto adnominal” e “complemento nominal”, acreditando que as palavras porém, todavia, contudo são “conjunções adversativas”, e outros mitos e superstições que nossa tradição gramatical insiste em preservar e que os cursos de Letras não se empenham, como deveriam, em criticar e substituir por conceitos mais afinados com a teorização e com a pesquisa científica contemporâneas. A probabilidade de encontrar um recém-diplomado em Letras que saiba explicar, por exemplo, o que é um fonema sem repetir o erro teórico de que se trata de um “som da língua” é quase a mesma de encontrar uma agulha num palheiro. Mais desastroso ainda é encontrar essa definição completamente equivocada na maioria dos livros didáticos (escritos por pessoas formadas em... Letras).

Na grande maioria dos cursos, o único contato que o estudante tem com a ciência da linguagem e sua história se dá através de uma disciplina chamada “Introdução à Linguística” ou coisa parecida, muitas vezes num único semestre, e que, frequentemente, se interrompe justamente onde deveria
começar: no nascimento da Linguística moderna, inaugurada pelos trabalhos de Ferdinand de Saussure (publicados em 1916...).

Com isso, quando se veem diante da tarefa de escolher uma coleção de livros didáticos de português dentre as que lhe são oferecidas pelo Ministério da Educação, essas pessoas quase sempre optam pelas coleções mais conservadoras, menos desafiadoras, justamente as que recebem as avaliações menos favoráveis da parte dos especialistas encarregados pelo Ministério de analisar as obras didáticas disponíveis no mercado. E como poderia ser diferente se, em sua formação acadêmica, esses professores jamais foram apresentades aos critérios usados pelo MEC para avaliar livros didáticos, se jamais entraram em contato com as teorias de ensino-aprendizagem de língua materna que sustentam hoje em dia as políticas oficiais de educação linguística?

Além desses problemas que têm a ver com a própria estrutura dos cursos de Letras, existem outros, mais amplos e muito mais trágicos. E o mais grave deles se resume na seguinte frase, tirada de uma notícia de jornal: Somente 25% dos brasileiros que têm entre 15 e 64 anos dominam a leitura e a escrita, de acordo com resultados do 5º Inaf (Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional).

Em qualquer país que tivesse uma história educacional diferente da brasileira, isto é, em qualquer país onde a educação fosse uma verdadeira prioridade nacional, uma notícia como essa teria o efeito de um terremoto de proporções arrasadoras. Mas o que estou dizendo? Em qualquer país onde a educação fosse uma questão nacional de primeira ordem, uma notícia como essa jamais seria publicada! E o pior é que essa notícia se refere aos resultados do Inaf (Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional) em sua edição de 2005. Em 2012, com os novos dados do Inaf, a situação catastrófica descrita permanece inalterada, sete anos depois: 75% dos brasileiros entre 15 e 64 anos são analfabetos funcionais. A notícia foi publicada. Não aconteceu nenhum terremoto e, pelo visto, ninguém se apavorou a ponto de merecer destaque na imprensa. Afinal, a nossa imprensa só se preocupa em mentir e deformar a opinião pública com histórias que ela mesma inventa e transforma em minisséries ou novelas de sucesso.

O quadro absolutamente precário do alfabetismo no conjunto geral da população brasileira se reflete também no conjunto menor do nosso professorado. O desprestígio que vem acompanhando fielmente a profissão docente nas últimas quatro ou cinco décadas — devido à degradação progressiva e permanente das condições de trabalho e aos salários aviltantes — tem levado a uma redução drástica do contingente de pessoas bem formadas, bem letradas e de origem socioeconômica privilegiada (classes médias e médias altas) que querem se dedicar ao ensino básico. Daqueles 25% de brasileiros com nível pleno de alfabetismo, quantos estão hoje em sala de aula de escolas públicas? Abandonados por essas camadas sociais, os cursos superiores voltados para a formação de professores são procurados cada vez mais por pessoas originárias de grupos sociais em que as práticas letradas (leitura e escrita) são muito restritas, quando não são praticamente nulas. É o que podemos ler nesta outra reportagem:

O professor formado pelas universidades brasileiras é filho de pais que nunca foram à escola ou nem sequer completaram os quatro primeiros anos do ensino fundamental. Vive em famílias com renda inferior a R$ 1.800/mês e estudou sempre em escola pública. [...] O questionário socioeconômico do provão de 2001 do Ministério da Educação mostra que os formandos de cursos como pedagogia, letras, matemática, biologia, física e química (os mais procurados pelos que pretendem ser professores) têm perfil distinto dos que saem de cursos mais concorridos, como medicina, ou de oferta mais comum nas faculdades, como direito e administração.

Esses números significam muita coisa. Significam que esses estudantes têm um histórico de letramento muito reduzido: no ambiente familiar, não convivem com a cultura letrada, não têm acesso a livros, revistas, enciclopédias etc., não são falantes das normas urbanas de prestígio (as mesmas que supostamente terão de ensinar a seus futuros alunos) e têm domínio escasso da leitura e da escrita. Só na faculdade é que a maioria dos estudantes de Letras vai ler, talvez pela primeira vez na vida, um romance inteiro ou um texto teórico mais complexo. As pessoas que atuam em nossos cursos superiores de Letras, porém, fazem de conta que esses estudantes são ótimos leitores e redatores e despejam sobre eles, logo no primeiro semestre, teorias sofisticadas, que exigem alto poder de abstração e familiaridade com a reflexão filosófica, junto com textos de literatura clássica, escritos numa língua que para eles é quase estrangeira. E assim vamos nos iludindo e iludindo os estudantes.

O resultado, volto a insistir, é que grande parte dos futuros professores de português saem diplomados sem saber linguística, sem conhecer a tradição gramatical, sem saber teoria e crítica literária e sem conseguir escrever adequadamente um texto de qualquer gênero mais monitorado. Todos os dias, eu recebo mensagens de formandos de vários pontos do país que me pedem sugestões de temas e de leituras para seus trabalhos de conclusão de curso.

Alguns até me enviam seus projetos: são textos repletos de erros primários de ortografia, pontuação, sintaxe, vocabulário, com frases truncadas e desconexas, além de abordagens teóricas pobres, superficiais, quando não distorcidas, reveladoras das grandes dificuldades de leitura e compreensão de textos teóricos mais densos. É assim que essas pessoas chegam ao final do curso, e suas monografias, mal escritas, sem nenhum rigor teórico ou metodológico, são aprovadas alegre e irresponsavelmente por seus (supostos) orientadores. E a coisa prossegue no Mestrado e no Doutorado, onde são aprovadas dissertações e teses que não poderiam servir nem como trabalho de disciplina de graduação.

O problema, é claro, não está no fato de acolhermos na universidade pessoas vindas das camadas mais desfavorecidas da população. Ao contrário, isso tem de ser amplamente comemorado. O problema é não oferecermos a essas pessoas condições de, primeiramente, se familiarizarem com o mundo acadêmico, que é totalmente estranho para elas, por meio de cursos intensivos (e exclusivos) de leitura e produção de textos, de muita leitura e muita produção de textos, para só depois desses (no mínimo) dois anos de preparação elas poderem começar a adentrar o terreno das teorias, das reflexões filosóficas, da literatura consagrada. É urgente a necessidade de letrar os estudantes de Letras que estão entre os menos letrados da universidade! É por isso que as salas de aula do ensino básico estão ocupadas por professoras e professores que, mal sabendo ler e escrever adequadamente, não poderão desempenhar sua principal tarefa: ensinar a ler e a escrever adequadamente!

Eu fiz uma pesquisa sobre como escrevem as professoras e professores de português do Distrito Federal. Coletei centenas de textos escritos por essas pessoas e o que tenho em meus arquivos é uma demonstração concreta de tudo o que falei até agora: mais de 80% de textos incompreensíveis, sem os requisitos mínimos de coesão e coerência, repletos de erros ortográficos, de pontuação, de concordância e por aí vai. Se assim escrevem os docentes, como podemos esperar que seus alunos possam aprender a escrever?

Por isso, aproveito esse momento em que estou falando diretamente aos estudantes de Letras para pedir que vocês se conscientizem de todos esses graves problemas que são, como sempre, problemas de ordem política e que precisam de uma solução política. Organizem-se, reivindiquem seus direitos, exijam uma transformação radical na estrutura mesma do curso, a começar pelo nome, que é uma vergonha para qualquer curso que pretenda ter uma natureza minimamente científica. Exijam que a universidade ensine a vocês o que vocês precisam aprender para atuar em sala de aula. E exijam também condições de trabalho dignas para nossos professores, salários decentes, investimento contínuo e crescente na educação. Não adianta nada o Brasil ser a 7a economia do mundo capitalista e ocupar ao mesmo tempo o posto número 65 no índice de qualidade de educação estabelecido pelas Nações Unidas. Estamos bem atrás da Argentina, do Chile e até mesmo da Bolívia, o país mais pobre da América do Sul.

O Brasil tem avançado muito nos últimos dez anos. Mas esses avanços foram conseguidos a duras penas, por meio de um reformismo social aliado a um pacto conservador. No campo da educação, as coisas estão estagnadas. Há mais de dez anos o índice de alfabetismo funcional não se move: 75% dos brasileiros entre 15 e 64 anos são analfabetos funcionais. E se nós, comprometidos com a educação, não fizermos nada, certamente não será esse pacto conservador que vai fazer. Obrigado.

Postado na Comunidade Virtual da Linguagem (CVL) http://tech.groups.yahoo.com/group/CVL pela Profa. Valesca Brasil Irala em 23/11/2012.

Prorrogada até 20/12 a submissão de resumos para o Congresso Brasileiro de Linguística Aplicada

Por conta do grande fluxo de envio de trabalhos na última semana e por o sistema demorar alguns dias para reconhecer o pagamento da anuidades de seus associados, a Comissão Organizadora do 10º CBLA resolveu estender o prazo de submissão de propostas até 20 de dezembro de 2012.

A Tesouraria da ALAB aproveita para lembrar que, para submeter trabalho, é preciso estar com as anuidades até 2012 quitadas. É importante salientar que é preciso dar alguns dias de intervalo entre o pagamento da anuidade e a inscrição no evento: o pagamento da anuidade na rede bancária ou com cartão de crédito não é diretamente ligado ao site da ALAB. Ou seja, quando o associado paga a anuidade, é preciso aguardar alguns dias para que o banco processe o pagamento e o dinheiro entre na conta da ALAB. Só então a Tesouraria pode localizar o pagamento do associado e dar baixa em sua pendência. E só aí o associado conseguirá se inscrever no 10º CBLA.

Recomendamos, portanto, que aqueles que pretendem submeter trabalho regularizem o pagamento das anuidades o mais breve possível, pois aconselhamos um intervalo de aproximadamente 10 dias entre o pagamento da anuidade e sua baixa no nosso sistema.Justamente para evitar transtornos, estamos estendendo o prazo até 20 de dezembro. No entanto, não deixe para submeter seu trabalho nos último dias. Acreditamos que seja um prazo justo para que todos consigam se organizar - sem afetar muito a organização do evento.Em anexo, enviamos também um passo a passo para auxiliar na submissão de trabalhos.

Para regularizar a situação junto a ALAB, acesse www.alab.org.br e acesse o Espaço do Associado. Estamos muito satisfeitos com o número de associados que estão submetendo trabalhos ao 10º CBLA e estamos nos empenhando para um evento muito profícuo academicamente. Assim, se você ainda não submeteu seu trabalho, aproveite a prorrogação. Aguardamos vocês para o 10º CBLA que já é um preparo para o AILA World Congress em 2017. Até breve!

Congresso Brasileiro de Linguística Aplicada: envio de resumos até amanhã (15/11)


Uma das questões que têm sido trazidas à tona por profissionais da área da Linguística Aplicada é seu o papel implicado, situado e engajado nas diferentes esferas sociais. Por outro lado, considerando o pouco conhecimento da sociedade civil em relação ao escopo de atuação da LA, é fundamental que essa discussão sobre o papel transformador da LA gere reflexões sobre estratégias políticas para tornar mais visível ao público em geral sua relevância, não só para a educação, mas para diferentes áreas do conhecimento. Faz-se necessário a implementação de um espaço para que se discuta não somente políticas linguísticas como vem acontecendo em diferentes esferas educacionais, mas também sobre política, ou seja, o papel do linguista aplicado nas diferentes domínios discursivos e formas de melhor divulgar o conhecimento construído na área. É, portanto, tema do X Congresso Brasileiro de Linguística Aplicada (X CBLA), “Política e Políticas Linguísticas”, a ser realizado na UFRJ, Rio de Janeiro, no período de 09 a 12/09/2013.

Os resumos deverão ser enviados pelo site do evento até o dia 15/11/2012.

Para submeter trabalho, os participantes do X CBLA deverão ser associados da Associação de Linguística Aplicada do Brasil (ALAB) e estar com o pagamento das anuidades em dia. Para apresentar o trabalho no evento, é preciso pagar a taxa de inscrição do evento e estar com as anuidades até 2013 em dia.

Maiores informações: http://www.alab.org.br/.

Concurso para docentes de Letras na UFVJM, campus Diamantina (MG)

Foi publicado ontem, dia 08/11/2012, o Edital 145/2012, abrindo concurso para professores efetivos de Letras na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Campus de Diamantina/MG.

Dentre as 17 vagas, há 1 para a área de Linguística, Literaturas em Língua Portuguesa e Ensino.


Maiores informações em http://www.ufvjm.edu.br/rh/index.php?option=com_content&view=article&id=1573&Itemid=37.

O filósofo do martelo na academia, artigo de Luiz Felipe Pondé

"Eu lamento agora que naqueles dias eu ainda não tinha coragem (ou imodéstia?) para permitir a mim mesmo, de todas as formas, minha própria língua individual..."
(...)

O filósofo do martelo me é inesquecível e continuo pensando com o martelo até hoje. Vocação é destino. Este trecho específico carrega em si muito do que Nietzsche significa para um filósofo profissional como eu, em constante mal-estar com o que a vida universitária se transformou, em épocas de produtividade industrial do ensino superior.
(...)


Rigor nada tem a ver com o que a academia se tornou com o passar dos anos: um antro de política lobista e de burocracia da produtividade a serviço da morte do pensamento. A universidade está morta e só não sente o cheiro do cadáver quem tem vocação para se alimentar de lixo. Fosse Kafka vivo e escrevesse um conto sobre nós, acadêmicos, nos colocaria com cara de ratos.

Imaginem Nietzsche preenchendo o currículo Lattes, uma plataforma informática que supostamente democratiza o acesso à produtividade da comunidade acadêmica, ao mesmo tempo em que normatiza e quantifica esta produtividade. Na prática, o Lattes serve para nos tomar tempo (sempre dá pau) e acumular platitudes e repetições que visam a quantificação de um quase nada de valor.

Agora imaginem Nietzsche às voltas com relatórios anuais da Capes, que junto com o Lattes, institucionaliza e quantifica esta mesma produtividade de um quase nada de valor.
(...)

Lutamos dia a dia para conseguirmos sobreviver aos montes de formulários e demandas do mundo dos ratos. A universidade aos poucos sucumbe aos efeitos colaterais de um mundo que, como diria Nietzsche, vomita "ideias modernas". Os processos de democratização do saber, como suspeitava nosso filósofo, são processos de produção de nulidades em grandes quantidades.

Mais do que nunca é urgente sermos corajosos e imodestos para acharmos nossa própria língua individual.

Leia o artigo na íntegra em http://www1.folha.uol.com.br/colunas/luizfelipeponde/1180196-o-filosofo-do-martelo-na-academia.shtml.

#HashtagÉArte, artigo de Julia Turner

Ela surgiu para organizar o diálogo online no Twitter, mas floresceu e se tornou um dispositivo literário maravilhoso – e ainda pouco apreciado

O sinal de jogo da velha é um símbolo tipográfico com ambições. Por décadas, era um apêndice nos teclados de telefone, feito para ser apertado durante frustrantes horas à espera de algum serviço de atendimento ao consumidor. Mas, recentemente, tem conquistado novos territórios e pode ser vista na TV (#debate, por exemplo, durante as eleições deste ano), nos cinemas (#segureseufolego próximo a algum título de filme de terror) e até escrita pichada no estádio de seu time favorito (#GOHOGS no Razorback Stadium).
Isso aconteceu, claro, graças ao Twitter. Há cinco anos, os usuários do Twitter inventaram o que hoje é conhecido como hashtag: uma frase de efeito precedida por esse símbolo de oito braços, usada tanto para rotular ou comentar o tweet anterior (se esta frase fosse um tweet, #issoseriaahashtag). No início, hashtags eram principalmente utilitárias – uma forma de categorizar tweets por um tópico de forma que os integrantes da twittersfera pudessem seguir conversas que os interessassem através da busca por uma lista de tweets igualmente tagueados. Proposta pelo usuário Chris Messina, foi criada para reunir conversas a respeito da conferência de tecnologia BarCamp – a primeira hashtag foi, portanto, #barcamp. Outras marcações no início serviam principalmente como metadados, direcionando pessoas para tweets sobre notícias, eventos ou interesses específicos: #incendioemsandiego, #educação e por aí vai.
Com o tempo, ela evoluiu e se transformou em outra coisa – um formato que permite humor, tristeza, trocadilho e, sim, até mesmo poesia. Durante este mesmo período, o Twitter, enquanto empresa, reconheceu o poder da hashtag e agora ela faz parte do design, do linguajar e da forma de vender anúncios no site. Uma hashtag específica, por exemplo, permite o mundo saber quem está conversando sobre o lançamento do jogo #Halo4.
Assim, chegamos a um momento estranho para a hashtag. O pessoal do Twitter não cansa de dizer que a hashtag é a nova URL – e isso é tão verdade de forma que é mais provável que você veja a hashtag e não o endereço do site na tela logo que vê um trailer no cinema.
Ainda assim, a ascensão das possibilidades comerciais da hashtag não deve nos enganar sobre o que é realmente incrível sobre este formato. Esta marcação de curiosa utilidade digital, inventada apenas com a funcionalidade em mente, floresceu e tornou-se um dispositivo literário maravilhoso e ainda pouco apreciado.
(Julia Turner é editora-assistente da Slate. Tradução de Alexandre Matias.)
Leia o artigo na íntegra em http://blogs.estadao.com.br/link/hashtagearte/

Até Chomsky se rende ao ‘Gangnam Style’ em vídeo de alunos do MIT

O campus do Massachusetts Institute of Technology (MIT) virou cenário de uma versão superdivertida do megahit Gangnam Style, do sul-coreano Psy. Estudantes e professores da prestigiosa universidade americana gravaram um clipe da música com as participações do linguista e filósofo Noam Chomsky e do biólogo Eric Lander, nada menos que um dos líderes do projeto Genoma Humano.
(...)

Lander aparece no vídeo com 1min42seg de duração. Sem muito sucesso, tenta fazer a célebre dança do cavalinho. Ele se diverte tanto que chega a subir na mesa de um auditório lotado de estudantes, como é possível ver no fim do vídeo.
Já Chomsky toma uma xícara de chá e, aos 3min19seg, manda um “Opa, Chomsky style”. Hilário.

Leia a matéria na íntegra em http://blogs.estadao.com.br/ponto-edu/ate-chomsky-se-rende-ao-gangnam-style-em-video-de-alunos-do-mit/.

Evento online: Encontro Internacional de Educação da Fundação Telefônica|Vivo


Um espaço de diálogo, troca de experiências e intercâmbio de conhecimentos.
O Encontro emite certificados oficiais para todos os participantes.
Veja as novidades que estão rolando!
Terça-feira, 30 de outubro, às 13h

Debate: “Educação democrática na era digital”, com José Pacheco, Eduardo Chaves e Celia Senna
Vamos falar sobre educação democrática e o envolvimento dos alunos e da família na construção conjunta com a instituição escolar do currículo e da educação que pretende o estudante . 

* Atividade em português.

Gravação da oficina: “rEDUvolution. Como fazer a revolução na educação”
A gravação dessa oficina se contextualiza na atividade “Abaixo o fracasso escolar”, com María Acaso. Segundo a especialista, o sistema educativo está obsoleto. Por isso ela propõe uma rEUDvolution que consiste em evoluir de um sistema autoritário dentro da sala de aula a outro democrático, que rompa com a rigidez desse espaço e fomente a produção de conhecimento.


Fórum: “Para desenvolver as competências TIC”
É necessário uma (re) alfabetização? Para que o processo de ensino-aprendizagem seja efetivo e eficiente Raúl Choque considera indispensável desenvolver as competências TIC nos alunos. Mas, quais são as principais competências digitais? É preciso um novo processo de alfabetização?


Compartilhar: “Você usa o Facebook com os seus alunos?”
Conte-nos sua maneira de usar a rede social Facebook com seus alunos e você poderá aparecer em Facebook Stories. Vamos aproveitar a presença do Facebook no Encontro para descobrir as melhores metodologias dessa rede social para a educação. Conte-nos sua proposta e compartilhe o link. As melhores práticas serão propostas para que sejam apresentadas em http://www.facebookstories.com/, onde se contam histórias incríveis vividas por heróis do ambiente virtual.


Maiores informações em http://encuentro.educared.org/.

Trabalhar enquanto ouve música e usa Twitter é furada – o cérebro multitarefas é um mito

Imagem: Getty Images
“Uma década de pesquisas mostra que o dom das multitarefas – a capacidade de fazer várias coisas simultaneamente, com eficiência e bem-feitas – é um mito. O cérebro não foi projetado para atentar para duas ou três coisas simultâneas. Ele é configurado para reagir a uma coisa de cada vez”, dizem os pesquisadores Stephen Macknik e Sandra Blakeslee no livro “Truques da Mente – O que a mágica revela sobre o nosso cérebro”.

Você pode argumentar que seu caso é diferente porque você faz isso há anos e dá certo. Não é que seu cérebro seja incapaz de executar várias coisas ao mesmo tempo, mas ele não consegue fazer com eficiência.

Leia a íntegra da postagem de Ana Carolina Prado em http://super.abril.com.br/blogs/como-pessoas-funcionam/trabalhar-enquanto-ouve-musica-e-usa-twitter-e-furada-o-cerebro-multitarefas-e-um-mito/?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_super.

Concurso para professor na UFOP

A Universidade Federal de Ouro Preto abriu concurso para professor efetivo em várias áreas. As inscrições vão até 08/11/2012.

Há duas vagas para a área Ensino-Aprendizagem/Língua Portuguesa.

Maiores informações em http://www.concurso.ufop.br/images/stories/ed_efe__70__2012_nico_docente__cedufop_deali_dearq_decat_decom__e_outros_areas_05.10.2012.pdf.



Edmodo: a rede social que reúne 12 milhões de alunos e professores



A barra horizontal azul, a foto de perfil no canto superior esquerdo e a lógica de interação com conhecidos em um ambiente virtual podem parecer familiares. Sim, parece o Facebook, mas não é. A rede social Edmodo, uma das startups de educação e tecnologia que mais tem se destacado nos últimos meses, bateu a marca dos 12 milhões de usuários e agora está ampliando sua atuação. 
(...)
Diferente do que acontece numa rede social normal, a Edmodo é um ambiente tido como “privado e seguro”, uma vez que requer que o professor, a escola ou os sistemas de ensino façam um perfil e só então é possível convidar os alunos a participar. A partir do login, a rede social permite que os professores tragam, gratuitamente, sua sala de aula para o ambiente virtual. Assim, eles podem compartilhar material multimídia, organizar fóruns, gerir projetos educacionais, estabelecer calendário de atividades, dar notas e condecorações aos alunos e acompanhar sua frequência e participação nas atividades.

Simpósio Internacional de Literatura e Informática na UFSC


O I Simpósio Internacional e V Simpósio Nacional de Literatura e Informática, a ser realizado na Universidade Federal de Santa Catarina, é organizado pelo Núcleo de Pesquisas em Informática, Literatura e Linguística (NuPILL) também da Universidade Federal de Santa Catarina. 

O evento envolverá professores e pesquisadores das seguintes instituições: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Universidade Estadual de Londrina (UEL); Universidade de São Paulo (USP); Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM); Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal da Bahia (UFBA); Universidade de Passo Fundo (UPF); Universidade Luterana do Brasil (ULBRA); Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP); Universidade Federal do Piauí (UFPI); Université Paris 8 – França; Universidade Fernando Pessoa – Portugal; Sophia Antipolis – Nice; Universidad Complutense de Madrid.

I Simpósio Internacional e V Simpósio Nacional de Literatura e Informática pretende dar sequência aos avanços obtidos quando da realização dos quatro Simpósios que o antecederam (2003-UERJ, 2005-UFSC, 2007-UEL, 2010-UFSC), bem como inicia a expansão desses debates para além das fronteiras políticas e territoriais do nosso país, consolidando parcerias internacionais.

Nas ocasiões dos Simpósios mencionados, além da apresentação dos trabalhos e da discussão dos temas programados, o principal resultado foi o fortalecimento de um grupo de pesquisadores, de várias universidades brasileiras, interessados em avançar nas reflexões e nas pesquisas nessa área da Literatura e da Informática. E ressalte-se que, além dos participantes de então, outros pesquisadores vieram, também, somar-se àqueles primeiros, dentre os quais, pesquisadores de fora do Brasil.

As quatro primeiras edições do Simpósio atuaram efetivamente nessa tarefa de consolidar a interface Literatura e Informática como campo epistemológico nas Letras e também nas Artes. E, a exemplo do que ocorre em todo campo de reflexão que se pretende efetivar dentro de um domínio de grande tradição, como o da literatura, a internacionalização dos debates torna-se imprescindível. Por isso estamos propondo um evento que conte doravante com pesquisadores de Literatura e Informática de outros países que são reconhecidos, e nos servem de referência, por atuarem na consolidação dessa linha de pesquisa. No caso da próxima edição, a realizar-se em novembro de 2012, contaremos com professores, pesquisadores e artistas do meio digital que atuam na França, em Portugal e na Espanha.

Um abismo digital em sala de aula

Nascidos na era da tecnologia, as crianças e os adolescentes estão ligados nas novidades e funcionalidades das quatro principais telas que os cercam: da televisão, do telefone celular, do computador e do videogame. Tudo conectado em tempo real pela internet e que faz parte da rotina de uma garotada que já não consegue, sequer, desligar o telefone durante a aula. Mesmo sem ter computador em casa, 75% dos adolescentes com idade entre 10 e 18 anos, navegam na internet. Entre as crianças de 6 a 9 anos, o índice é 47%. Quando se trata de educação, 40% dos jovens dizem que os professores não usam a internet em sala de aula. Para especialistas, existe uma lacuna que precisa ser preenchida por educadores e alunos. 


Esses números, apurados pela pesquisa Gerações Interativas Brasil — Crianças e Jovens diante das Telas, feita pela Fundação Telefônica Vivo (ligada à operadora de telefonia), e divulgada ontem, soam como um alerta, segundo a especialista em inclusão digital e professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) Amaralina Miranda de Souza. Ela explica que o resultado reflete uma mudança de mentalidade de uma geração para outra, provocada pelos avanços da tecnologia. Mas ressalva que os passos estão lentos. “Fica claro que existe a necessidade de formar professores capacitados para usar esses instrumentos”, frisa. 

Apesar de lembrar que a maioria dos docentes não tive esse tipo de formação, Amaralina reforça que esse tema deve ser introduzido na agenda diária como um grande aliado da educação, capaz de atender melhor às necessidades dos estudantes. Alguns só se desconectam quando estão dentro da sala de aula, como a estudante Mariana de Oliveira, de 14 anos. Com o celular na mão, ela passa o dia conectada nas redes sociais. “Na escola, só ligo no intervalo”, garante a menina. A mãe, Elyene Alves, 40, diz que dá orientações à filha sobre os perigos da internet e como se relacionar com estranhos. Ela diz que, às vezes, é necessário “puxar a orelha” da filha: “Tem dia que a busco no colégio e ela fica mexendo no celular por todo o caminho. Tenho que avisar: ‘olha, estou aqui’”. 


Leia na íntegra a matéria de Grasielle Castro e Amanda Almeida para o Correio Braziliense em http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-estudante/ensino_educacaobasica/2012/09/28/ensino_educacaobasica_interna,325047/um-abismo-digital-em-sala-de-aula.shtml.

Fakebook: o Facebook educacional




"Fakebook" permite que professores e alunos criem páginas de perfis imaginários para fins de estudo.

Use "Fakebook" para traçar o enredo de um livro, o desenvolvimento de um personagem, uma série de eventos históricos, os debates e as relações entre as pessoas, e assim por diante!

Acesse em http://www.classtools.net/fb/home/page.

I Encontro LDG (Local, Digital, Global) em Ouro Preto e Mariana


Neste evento, estarei participando no dia 27, das 10h30 às 12h, do debate "Professores digitais: rodada aberta de relatos", mediado pela professora Ana Elisa Novais (IFMG-OP), juntamente com os professores Benedito Devêza (IFMG-OP) e Osvaldo Novais (IFMG-OP) e professores de educação básica daquela região, participantes do Projeto de Extensão Local, Digital, Global. 

As inscrições são gratuitas e vão até dia 18/09 23/09. 

Maiores informações sobre o evento em http://sites.ouropreto.ifmg.edu.br/ldg/.

Tecnologias para a Educação: tema da ComCiência deste mês


Está no ar o número 141 da revista mensal eletrônica de jornalismo científico ComCiência, publicada pelo Labjor/Unicamp e pela SBPC. 

O tema desta edição é "Tecnologias para a Educação".


Doutor Advogado e Doutor Médico: até quando? - artigo de Eliane Brum


Sei muito bem que a língua, como coisa viva que é, só muda quando mudam as pessoas, as relações entre elas e a forma como lidam com o mundo. Poucas expressões humanas são tão avessas a imposições por decreto como a língua. Tão indomável que até mesmo nós, mais vezes do que gostaríamos, acabamos deixando escapar palavras que faríamos de tudo para recolher no segundo seguinte. E talvez mais vezes ainda pretendêssemos usar determinado sujeito, verbo, substantivo ou adjetivo e usamos outro bem diferente, que revela muito mais de nossas intenções e sentimentos do que desejaríamos. Afinal, a psicanálise foi construída com os tijolos de nossos atos falhos. Exerço, porém, um pequeno ato quixotesco no meu uso pessoal da língua: esforço-me para jamais usar a palavra “doutor” antes do nome de um médico ou de um advogado.

Travo minha pequena batalha com a consciência de que a língua nada tem de inocente. Se usamos as palavras para embates profundos no campo das ideias, é também na própria escolha delas, no corpo das palavras em si, que se expressam relações de poder, de abuso e de submissão. Cada vocábulo de um idioma carrega uma teia de sentidos que vai se alterando ao longo da História, alterando-se no próprio fazer-se do homem na História. E, no meu modo de ver o mundo, “doutor” é uma praga persistente que fala muito sobre o Brasil. Como toda palavra, algumas mais do que outras, “doutor” desvela muito do que somos – e é preciso estranhá-lo para conseguirmos escutar o que diz.

Assim, minha recusa ao “doutor” é um ato político. Um ato de resistência cotidiana, exercido de forma solitária na esperança de que um dia os bons dicionários digam algo assim, ao final das várias acepções do verbete “doutor”: “arcaísmo: no passado, era usado pelos mais pobres para tratar os mais ricos e também para marcar a superioridade de médicos e advogados, mas, com a queda da desigualdade socioeconômica e a ampliação dos direitos do cidadão, essa acepção caiu em desuso”.

Em minhas aspirações, o sentido da palavra perderia sua força não por proibição, o que seria nada além de um ato tão inútil como arbitrário, na qual às vezes resvalam alguns legisladores, mas porque o Brasil mudou. A língua, obviamente, só muda quando muda a complexa realidade que ela expressa. Só muda quando mudamos nós.

Historicamente, o “doutor” se entranhou na sociedade brasileira como uma forma de tratar os superiores na hierarquia socioeconômica – e também como expressão de racismo. Ou como a forma de os mais pobres tratarem os mais ricos, de os que não puderam estudar tratarem os que puderam, dos que nunca tiveram privilégios tratarem aqueles que sempre os tiveram. O “doutor” não se estabeleceu na língua portuguesa como uma palavra inocente, mas como um fosso, ao expressar no idioma uma diferença vivida na concretude do cotidiano que deveria ter nos envergonhado desde sempre.

Chamada de trabalhos da Temporis[ação] (Qualis B3): Educação, Linguagens, Tecnologias e Ensino


A Temporis [ação] é uma revista de confluências e conexões disciplinares em torno de um eixo temático. É um projeto da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária Cidade de Goiás e está com a chamada para publicação aberta para o volume 1, n. 12 , 2012. 


O eixo temático para esta edição é "Educação: Linguagens, Tecnologias e Ensino". Os trabalhos devem ser inéditos, na forma de artigos ou resenhas, vinculados a uma das áreas da revista:  Letras, Educação, História e Geografia. 


O prazo para envio de trabalhos é até 15/10/2012. 


Os interessados deverão acessar o site http://www.prp.ueg.br/revista/index.php/temporisacao/index.

Pesquisas em Linguística Aplicada: temática da última edição da Letra Magna (Qualis B5)


Já está no ar a edição nº 15 da Revista Letra Magna, com a temática "Pesquisas em Linguística Aplicada: orientações diversas": http://www.letramagna.com/index.html.

Além dos 15 artigos, a revista traz entrevistas com as Profas. Désirée Motta-Roth (UFSM) e Rosângela Hammes Rodrigues (UFSC).

Boa leitura a todos,

Prof. Rodrigo Acosta Pereira
Prof. Artaxerxes Modesto
Editores

SóLetras na UENP/Jacarezinho

O Centro de Letras, Comunicação e Artes, da UENP/Campus Jacarezinho, convida alunos da graduação e da pós-graduação, ex-alunos, professores da rede de ensino, pesquisadores e demais interessados a participarem do IX Seminário de Iniciação Científica SóLetras – Estudos Linguísticos e Literários.

Neste evento, no dia 11/09, às 20h, estarei participando da mesa redonda "Contextos e perspectivas do letramento digital", coordenada pela Profa. Marilúcia dos Santos Domingos Striquer (PG/UEL-CLCA/UENP/Jacarezinho), com os professores Sergio Vale da Paixão (IFPR/Jacarezinho) e Rosiney Aparecida Lopes Vale (PG/UNESP-CLCA/UENP/Jacarezinho).

Maiores informações sobre o evento em http://www.cj.uenp.edu.br/soletras/.

Submissão de trabalhos até a primeira quinzena de setembro

As revistas Escrita (Qualis B3) e Texto Livre: Linguagem e Tecnologia (Qualis B5) estão com chamadas para submissão de trabalhos até a primeira quinzena de setembro.

O tema central da Escrita será “Ensino de línguas: desafios e perspectivas”. A publicação sugere como subtemas os seguintes tópicos: Ensino de língua materna, Ensino de português como língua estrangeira, Ensino de língua estrangeira/segunda língua, Ensino de línguas para fins específicos, Ensino de libras e Ensino de línguas e tradução.

O prazo para submissão de trabalhos da revista Escrita é 03/09/2012. Maiores informações em http://www.puc-rio.br/revistaescrita.

Texto Livre: Linguagem e Tecnologia está recebendo artigos para publicação nos seguintes campos: Educação e Tecnologia, Documentação em Software Livre, Produção Textual e Tecnologia, Semiótica e Tecnologia, Análise Semiótica da Comunicação, Tecnologia da Informação e Computação, Linguística e Tecnologia, Licenças Livres e Comunicação e Tecnologia.

O prazo para submissão de trabalhos da revista Texto Livre: Linguagem e Tecnologia é 15/09/2012. Maiores informações em http://www.textolivre.net.

Mudança do período de inscrição na Seleção PPGEL/UEL


O período de inscrição na Seleção para Mestrado e Doutorado (Seleção 2012, Ingresso 2013) do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Londrina (PPGEL/UEL) mudou: agora, o período é de 24/09 a 23/10/2012.

O Guia do Candidato pode ser acessado em http://goo.gl/R2A7Q.

Novos letramentos, novas agências: Seminário do GT da ANPOLL Linguagens e Tecnologias


Não haverá inscrição prévia, mas será fornecido certificado de participação a quem participar dos 2 dias.


La Educación Prohibida: o filme

"La Educación Prohibida é um documentário, produzido por diversos países latino-americanos, questionando a forma como sistemas tradicionais de ensino  estão organizados e como alunos e professores se vêem nele." (Blog Tecnologias da Educação)


Site: www.educanprohibida.com
Twitter: EdProhibida

Facebook: LAEDUCACIONPROHIBIDA 
E ainda pela hashtag :#YoViLEP, no Twitter

Submissão de artigos: Caminhos em Linguística Aplicada (UNITAU)


A revista "Caminhos em Linguística Aplicada" está recebendo, de mestrandos, doutorandos, mestres e doutores, para publicação dos volumes 6 e 7, (versão on line), artigos inéditos sobre temas da área como: Linguagem e Gêneros Discursivos, Aprendizagem e Ensino de Línguas, Formação do Professor, Análise do Discurso, Análise Crítica do Discurso, Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino, Linguagens Midiáticas e Multi-modais, Discurso e Identidade, entre outros que se relacionem com a aprendizagem e o ensino de línguas. Os textos podem ser enviados pela própria homepage da revista: www.unitau.br/caminhosla em fluxo contínuo. A formatação e a revisão do texto são de responsabilidade do autor, que deverá seguir as normas para submissão de trabalhos, disponíveis na homepage.

Eliana Vianna Brito Kozma

eliana.brito@unitau.com.br

Editora da Revista "Caminhos em Linguística Aplicada"
Programa de Pós-graduação em Linguística Aplicada
Universidade de Taubaté - UNITAU
São Paulo, Brasil

Seleção para Mestrado e Doutorado no PPGEL/UEL


O Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Londrina (PPGEL/UEL) informa que, de 17/09 a 16/10/2012 de 24/09 a 23/10/2012, estarão abertas as inscrições da Seleção para Mestrado e Doutorado (Seleção 2012, Ingresso 2013).

O Guia do Candidato pode ser acessado em http://goo.gl/R2A7Q.

Alivie o peso da sua consciência e da mochila do seu aluno com tecnologia (Artigo do Prof. JC)

Já há algum tempo eles deixaram de ser meros telefones ou brinquedinhos. Está na hora de começar a levá-los mais a sério: os mobiles já estão na sua sala de aula, mesmo que escondidinhos, e não vão mais sair de lá!

Um dos grandes problemas das escolas jurássicas é a estreiteza de visão de gestores e educadores sobre o impacto e a extensão da aplicação de novas tecnologias no processo educacional.

Já estamos todos cansados de repetir e concordar que nosso modelo escolar é ruim e precisa ser reinventado (só tapar o sol com a peneira já não dá mais). Já há um consenso muito bem estabelecido de que as novas tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) têm um papel fundamental nessa reconstrução. Porém, os falsos paradigmas da escola jurássica e o apego quase nostálgico a práticas e hábitos ultrapassados ainda sobrevivem e impedem que gestores e educadores promovam mudanças.

Em outros artigos já discuti extensivamente o uso pedagógico dos mobiles (smartphones, tablets, minitablets, etc.) como meios de transformar a maneira como se ensina e propiciar novas formas de aprendizagem, de forma que o ensino se aproxime mais da dinâmica como o aluno aprende atualmente. Porém, há muito mais que podemos fazer pelos nossos alunos, e por nós mesmos, ao incorporar as novas tecnologias em nossa prática de ensino.

Fotografar a lousa é uma forma inteligente de copiá-la
O uso das TDIC causa impacto dentro e fora da sala de aula e abrange algumas questões que raramente nos chamam a atenção, mas que se relacionam diretamente com as nossas práticas em sala de aula e na escola de maneira mais geral. Essas questões que, aparentemente, extrapolam o universo da sala de aula, são igualmente fundamentais se pretendemos uma escola feita para alunos e não apenas para professores e gestores terem um local para trabalhar.

Nesse artigo eu volto ao tema dos móbiles, mas com um enfoque que extrapola a prática de sala de aula para abarcar também a qualidade de vida dos nossos alunos. Como não poderia deixar de ser, retomo também o uso pedagógico dos móbiles e tento apontar alguns caminhos possíveis que eu mesmo e muitos outros estamos tentando trilhar.

A primeira proposta é simples: vamos rever o material escolar de nossos alunos e aliviar o peso de suas mochilas?

A segunda é mais complexa: vamos refletir sobre nossa capacidade de aplicar a nós mesmos as teorias que aprendemos na faculdade (Piaget, Vygotsky, Paulo Freire, etc. etc) e tentar uma ação concreta?

I Encontro Sul Letras, evento da pós-graduação da Região Sul

A Rede Sul Letras convida todos os alunos e professores dos programas de pós-graduação em Letras, Linguística e Linguística Aplicada da Região Sul para participarem do I SUL LETRAS, apresentando seus trabalhos de pesquisa, dissertações e teses.

O encontro ocorrerá entre os dias 19 e 21 de novembro de 2012 na UNISINOS (São Leopoldo, RS).

O evento possui uma página no Facebook https://www.facebook.com/IEncontroSulLetras, onde estão sendo inseridas informações preliminares sobre o evento. O site oficial estará disponível em breve, com link para submissão de trabalhos e inscrições.

Para aumentar número de jovens leitores é preciso fazer ligação entre internet e literatura, diz Eliana Yunes (UNESCO-PUC/Rio)


A ampliação do hábito da leitura entre estudantes brasileiros requer a existência de mediadores preparados que entendam as novas ferramentas tecnológicas para levá-los a fazer a ligação com o mundo em que vivem por meio da literatura. “Nós temos poucos mediadores aptos a entrar neste diálogo, nestes suportes, nestas novas linguagens e que tragam uma herança cultural vastíssima”, disse a diretora adjunta da cátedra Unesco de Leitura da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), Eliana Yunes.
Na avaliação de Eliana, que criou a cátedra de Leitura na PUC-RJ em parceria com a Unesco, os estudantes, mesmo no uso da internet, podem dedicar mais tempo à escrita e à leitura do que teriam as pessoas há cerca de 20 anos. “Eles são obrigados a ler, a escrever, a se comunicar”, declarou à Agência Brasil.
Eliane admitiu, contudo, que sem uma mediação adequada, “existe uma simplificação do uso da língua”. A leitura dos estudantes que estão conectados às redes sociais acaba circunscrita a um universo muito estreito ao qual eles têm acesso com facilidade. “Está na onda, está na moda. Tem a coisa da tribo, do grupo”, disse. A professora disse que essa leitura, porém, não têm a densidade necessária para levar os alunos à formação de um pensamento crítico.

Vídeo-paródia do poema "Quadrilha" de Carlos Drummond de Andrade

Este vídeo é parte de um projeto de intervenção pedagógica desenvolvido em 2011 pelo Prof. Esp. Marcio Valério com alunos do 9º ano do Colégio Estadual Sabáudia, em Sabáudia (PR), dentro do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), sob a orientação do Prof. Dr. Núbio Delanne Ferraz Mafra (UEL).

Postado originalmente em http://www.nonoanoonline.blogspot.com.br.