Um abismo digital em sala de aula

Nascidos na era da tecnologia, as crianças e os adolescentes estão ligados nas novidades e funcionalidades das quatro principais telas que os cercam: da televisão, do telefone celular, do computador e do videogame. Tudo conectado em tempo real pela internet e que faz parte da rotina de uma garotada que já não consegue, sequer, desligar o telefone durante a aula. Mesmo sem ter computador em casa, 75% dos adolescentes com idade entre 10 e 18 anos, navegam na internet. Entre as crianças de 6 a 9 anos, o índice é 47%. Quando se trata de educação, 40% dos jovens dizem que os professores não usam a internet em sala de aula. Para especialistas, existe uma lacuna que precisa ser preenchida por educadores e alunos. 


Esses números, apurados pela pesquisa Gerações Interativas Brasil — Crianças e Jovens diante das Telas, feita pela Fundação Telefônica Vivo (ligada à operadora de telefonia), e divulgada ontem, soam como um alerta, segundo a especialista em inclusão digital e professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) Amaralina Miranda de Souza. Ela explica que o resultado reflete uma mudança de mentalidade de uma geração para outra, provocada pelos avanços da tecnologia. Mas ressalva que os passos estão lentos. “Fica claro que existe a necessidade de formar professores capacitados para usar esses instrumentos”, frisa. 

Apesar de lembrar que a maioria dos docentes não tive esse tipo de formação, Amaralina reforça que esse tema deve ser introduzido na agenda diária como um grande aliado da educação, capaz de atender melhor às necessidades dos estudantes. Alguns só se desconectam quando estão dentro da sala de aula, como a estudante Mariana de Oliveira, de 14 anos. Com o celular na mão, ela passa o dia conectada nas redes sociais. “Na escola, só ligo no intervalo”, garante a menina. A mãe, Elyene Alves, 40, diz que dá orientações à filha sobre os perigos da internet e como se relacionar com estranhos. Ela diz que, às vezes, é necessário “puxar a orelha” da filha: “Tem dia que a busco no colégio e ela fica mexendo no celular por todo o caminho. Tenho que avisar: ‘olha, estou aqui’”. 


Leia na íntegra a matéria de Grasielle Castro e Amanda Almeida para o Correio Braziliense em http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-estudante/ensino_educacaobasica/2012/09/28/ensino_educacaobasica_interna,325047/um-abismo-digital-em-sala-de-aula.shtml.

Fakebook: o Facebook educacional




"Fakebook" permite que professores e alunos criem páginas de perfis imaginários para fins de estudo.

Use "Fakebook" para traçar o enredo de um livro, o desenvolvimento de um personagem, uma série de eventos históricos, os debates e as relações entre as pessoas, e assim por diante!

Acesse em http://www.classtools.net/fb/home/page.

I Encontro LDG (Local, Digital, Global) em Ouro Preto e Mariana


Neste evento, estarei participando no dia 27, das 10h30 às 12h, do debate "Professores digitais: rodada aberta de relatos", mediado pela professora Ana Elisa Novais (IFMG-OP), juntamente com os professores Benedito Devêza (IFMG-OP) e Osvaldo Novais (IFMG-OP) e professores de educação básica daquela região, participantes do Projeto de Extensão Local, Digital, Global. 

As inscrições são gratuitas e vão até dia 18/09 23/09. 

Maiores informações sobre o evento em http://sites.ouropreto.ifmg.edu.br/ldg/.

Tecnologias para a Educação: tema da ComCiência deste mês


Está no ar o número 141 da revista mensal eletrônica de jornalismo científico ComCiência, publicada pelo Labjor/Unicamp e pela SBPC. 

O tema desta edição é "Tecnologias para a Educação".


Doutor Advogado e Doutor Médico: até quando? - artigo de Eliane Brum


Sei muito bem que a língua, como coisa viva que é, só muda quando mudam as pessoas, as relações entre elas e a forma como lidam com o mundo. Poucas expressões humanas são tão avessas a imposições por decreto como a língua. Tão indomável que até mesmo nós, mais vezes do que gostaríamos, acabamos deixando escapar palavras que faríamos de tudo para recolher no segundo seguinte. E talvez mais vezes ainda pretendêssemos usar determinado sujeito, verbo, substantivo ou adjetivo e usamos outro bem diferente, que revela muito mais de nossas intenções e sentimentos do que desejaríamos. Afinal, a psicanálise foi construída com os tijolos de nossos atos falhos. Exerço, porém, um pequeno ato quixotesco no meu uso pessoal da língua: esforço-me para jamais usar a palavra “doutor” antes do nome de um médico ou de um advogado.

Travo minha pequena batalha com a consciência de que a língua nada tem de inocente. Se usamos as palavras para embates profundos no campo das ideias, é também na própria escolha delas, no corpo das palavras em si, que se expressam relações de poder, de abuso e de submissão. Cada vocábulo de um idioma carrega uma teia de sentidos que vai se alterando ao longo da História, alterando-se no próprio fazer-se do homem na História. E, no meu modo de ver o mundo, “doutor” é uma praga persistente que fala muito sobre o Brasil. Como toda palavra, algumas mais do que outras, “doutor” desvela muito do que somos – e é preciso estranhá-lo para conseguirmos escutar o que diz.

Assim, minha recusa ao “doutor” é um ato político. Um ato de resistência cotidiana, exercido de forma solitária na esperança de que um dia os bons dicionários digam algo assim, ao final das várias acepções do verbete “doutor”: “arcaísmo: no passado, era usado pelos mais pobres para tratar os mais ricos e também para marcar a superioridade de médicos e advogados, mas, com a queda da desigualdade socioeconômica e a ampliação dos direitos do cidadão, essa acepção caiu em desuso”.

Em minhas aspirações, o sentido da palavra perderia sua força não por proibição, o que seria nada além de um ato tão inútil como arbitrário, na qual às vezes resvalam alguns legisladores, mas porque o Brasil mudou. A língua, obviamente, só muda quando muda a complexa realidade que ela expressa. Só muda quando mudamos nós.

Historicamente, o “doutor” se entranhou na sociedade brasileira como uma forma de tratar os superiores na hierarquia socioeconômica – e também como expressão de racismo. Ou como a forma de os mais pobres tratarem os mais ricos, de os que não puderam estudar tratarem os que puderam, dos que nunca tiveram privilégios tratarem aqueles que sempre os tiveram. O “doutor” não se estabeleceu na língua portuguesa como uma palavra inocente, mas como um fosso, ao expressar no idioma uma diferença vivida na concretude do cotidiano que deveria ter nos envergonhado desde sempre.

Chamada de trabalhos da Temporis[ação] (Qualis B3): Educação, Linguagens, Tecnologias e Ensino


A Temporis [ação] é uma revista de confluências e conexões disciplinares em torno de um eixo temático. É um projeto da Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária Cidade de Goiás e está com a chamada para publicação aberta para o volume 1, n. 12 , 2012. 


O eixo temático para esta edição é "Educação: Linguagens, Tecnologias e Ensino". Os trabalhos devem ser inéditos, na forma de artigos ou resenhas, vinculados a uma das áreas da revista:  Letras, Educação, História e Geografia. 


O prazo para envio de trabalhos é até 15/10/2012. 


Os interessados deverão acessar o site http://www.prp.ueg.br/revista/index.php/temporisacao/index.

Pesquisas em Linguística Aplicada: temática da última edição da Letra Magna (Qualis B5)


Já está no ar a edição nº 15 da Revista Letra Magna, com a temática "Pesquisas em Linguística Aplicada: orientações diversas": http://www.letramagna.com/index.html.

Além dos 15 artigos, a revista traz entrevistas com as Profas. Désirée Motta-Roth (UFSM) e Rosângela Hammes Rodrigues (UFSC).

Boa leitura a todos,

Prof. Rodrigo Acosta Pereira
Prof. Artaxerxes Modesto
Editores

SóLetras na UENP/Jacarezinho

O Centro de Letras, Comunicação e Artes, da UENP/Campus Jacarezinho, convida alunos da graduação e da pós-graduação, ex-alunos, professores da rede de ensino, pesquisadores e demais interessados a participarem do IX Seminário de Iniciação Científica SóLetras – Estudos Linguísticos e Literários.

Neste evento, no dia 11/09, às 20h, estarei participando da mesa redonda "Contextos e perspectivas do letramento digital", coordenada pela Profa. Marilúcia dos Santos Domingos Striquer (PG/UEL-CLCA/UENP/Jacarezinho), com os professores Sergio Vale da Paixão (IFPR/Jacarezinho) e Rosiney Aparecida Lopes Vale (PG/UNESP-CLCA/UENP/Jacarezinho).

Maiores informações sobre o evento em http://www.cj.uenp.edu.br/soletras/.