Revista recém-lançada: "Formação Docente – Revista Brasileira de Pesquisa sobre Formação de Professores”

Este primeiro número da Revista - organizada por meio do Grupo de Trabalho “Formação de Professores” (GT08) da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Educação (ANPEd), em parceria com a Editora Autêntica - reúne artigos que discutem, preferencialmente, o campo da pesquisa sobre a formação de professores no Brasil e no exterior (nos Estados Unidos e em Portugal). Sendo assim, o leitor encontrará aqui artigos baseados em estudos que analisaram a produção acadêmica sobre a formação docente nesses países. Além disso, há dois textos que tangenciam essa temática e abordam tópicos também muito importantes: um bastante recente entre as investigações acadêmicas – a construção da identidade profissional docente – e outro um velho conhecido da área, porém, ainda insuficientemente analisado pelas pesquisas – o estágio supervisionado.

Acesse o site da revista em http://formacaodocente.autenticaeditora.com.br/

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Revista Tecnologias na Educação: chamada de trabalhos

A Revista Tecnologias na Educação está recebendo artigos e relatos de experiências para seu segundo número até o dia 5 de fevereiro.
As informações podem ser acessadas no blog da Revista: http://revista-tec-educacao.blogspot.com/

Revista "Caminhos em Linguística Aplicada" (UNITAU): lançamento do primeiro número

Acabou de ser lançado o primeiro número da Revista "Caminhos em Linguistica Aplicada". A revista é uma publicação on-line, semestral, do Programa de Mestrado em Linguística Aplicada da Universidade de Taubaté - UNITAU.

Seu objetivo é a divulgação de trabalhos científicos (artigos e resenhas), produzidos por mestres e doutores sobre temas da área, como: Linguagem e Gêneros Discursivos, Aprendizagem e Ensino de Línguas, Formação do Professor, Análise do Discurso, Análise Crítica do Discurso, Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino, Linguagens Midiáticas e Multi-modais, Discurso e Identidade, entre outros que também se relacionam com a aprendizagem e o ensino de línguas.

A revista está aceitando trabalhos para submissão. O autor deve se cadastrar no sistema para submeter seu trabalho e seguir os demais passos descritos no site da Revista: http://periodicos.unitau.br/ojs-2.2/index.php/caminhoslinguistica

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O que ler dos 2 aos 18 anos para ter uma ótima formação e chegar com boas referências à vida adulta

Dezoito educadores selecionaram 204 obras essenciais para serem lidas do Ensino Infantil ao Ensino Médio em http://educarparacrescer.abril.com.br/livros/

IX Encontro do CELSUL: primeiras circulares

IX Encontro do Círculo de Estudos Linguísticos do Sul – CELSUL – ocorre em Palhoça, SC no Campus da Grande Florianópolis da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL – de 20 a 22 de outubro de 2010.

As primeiras circulares - respectivamente, chamada de trabalhos e propostas de grupos temáticos - já se encontram disponíveis em http://www.celsul.org.br/unisul/index.htm

"Leitura crítica", lançamento do portal de Ezequiel Theodoro da Silva

O SONHO E O DESEJO VIRAM REALIDADE! Foi um grande esforço juntar tantas produções, mas acho que valeu a pena. Espero que a leitura brasileira, os professores, o ensino e as escolas se beneficiem com o PORTAL LEITURA CRÍTICA.

Visite, avalie, envie sugestões e colaborações. Por favor, divulgue aos quatro cantos da terra: http://www.leituracritica.com.br/

Um grande abraço e FELIZ NATAL,

Ezequiel Theodoro da Silva
Coordenador da Equipe

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Chamada para publicação: Revista EntreLetras (UFT)

A Revista EntreLetras, periódico anual do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Tocantins, está recebendo artigos para seu primeiro número. A revista terá circulação impressa e eletrônica. O objetivo do periódico consiste na divulgação de trabalhos nas áreas de Linguística, Linguística Aplicada e Ensino e Aprendizagem de Línguas e Literaturas, os quais deverão ser submetidos, em formato de artigo, ensaio ou resenha, ao crivo da Comissão e Conselho Editorial.

Maiores informações em http://200.129.179.182/pgletras/index.php?pg=6

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Doutores com Q.I.

Por princípio, uma seleção para a pós-graduação não pode ser como o vestibular. Exige conhecimentos específicos e capacidades de argumentação e abstração que uma prova de múltipla escolha não é capaz de captar. Por isso, cada curso de pós-graduação tem autonomia para selecionar seus alunos. O problema é que alguns abusam dessa prerrogativa e deixam a decisão na mão dos poucos profissionais que compõem a banca. Com a concentração de poder, começam os problemas. Nos últimos anos, candidatos entraram com ações na Justiça para questionar os métodos de seleção de cursos de pós-graduação das melhores universidades do país. As ações denunciam favorecimento de candidatos próximos a professores e sugerem que, em algumas das mais qualificadas bancas de seleção do país, o famoso Q.I. (“Quem Indicou”) tem um peso maior do que o potencial acadêmico na escolha dos futuros mestres e doutores.

Leia na íntegra a matéria de Ana Aranha e Marco Bahé para a edição 603 da Revista Época em http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI108447-15223,00-DOUTORES+COM+QI.html

De 2005 para 2008, acesso à Internet aumenta 75,3% e mais da metade dos brasileiros passa a ter telefone celular

Em três anos, o percentual de brasileiros de dez anos ou mais de idade que acessaram ao menos uma vez a Internet pelo computador aumentou 75,3%, passando de 20,9% para 34,8% das pessoas nessa faixa etária, ou 56 milhões de usuários, em 2008. No mesmo período, a proporção dos que tinham telefone celular para uso pessoal passou de 36,6% para 53,8% da população de dez anos ou mais de idade, sendo que, para 44,7% dessas pessoas (ou cerca de 38,6 milhões de brasileiros), o celular era o único telefone para uso pessoal.
Os números são do Suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008 sobre Acesso à Internet e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal.

Os mais jovens acessam mais a Rede mundial de computadores, assim como os mais escolarizados – embora, entre 2005 e 2008, o acesso tenha crescido mais entre aqueles com menos anos de estudo. As diferenças regionais no uso da Internet permanecem, sendo que o percentual de usuários era menor no Norte (27,5%) e Nordeste (25,1%) e maior no Sudeste (40,3%), Centro-Oeste (39,4%) e Sul (38,7%). O local de onde mais se acessava a Internet continuava sendo, em 2008, o próprio domicílio, mas em segundo lugar vinham os centros públicos de acesso pago – ou lan houses -, que superaram o local de trabalho (segundo local de acesso em 2005). Também houve mudança no principal motivo que leva as pessoas a usarem a Internet: 83,2% acessaram a Rede em 2008 principalmente para se comunicar com outras pessoas – em 2005, o principal motivo era educação ou aprendizado, que caiu para o terceiro lugar em 2008. Nesses três anos, o acesso à Internet por conexão de banda larga duplicou, mas, em 2008, 32,8% dos que não acessaram a Rede ainda diziam que não queriam ou não achavam necessário usá-la.

Em relação à posse de celular, entre 2005 e 2008 diminuiu diferença entre os percentuais de homens e mulheres que tinham o aparelho. As pessoas que tinham celular apresentavam um número médio de anos de estudo superior (9,2) ao das que não tinham (5,2), e o percentual dos que tinham celular crescia conforme aumentava a faixa de rendimento domiciliar per capita.

Mais detalhes sobre a pesquisa em http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1517&id_pagina=1

Pesquisa “O uso do computador e da internet na escolas pública das capitais brasileiras”

A Fundação Victor Civita apresentou no último dia 7 a pesquisa sobre “O uso do computador e da internet na escolas pública das capitais brasileiras”. O objetivo, além do mapeamento, foi investigar as modalidades de uso do computador e da internet em situações educacionais do Ensino Fundamental e Médio. Ao todo foram pesquisadas 400 escolas nas principais capitais.
Confira os resultados em http://revistaescola.abril.com.br/fvc/pdf/estudo-computador-internet.pdf

"O apagão do ensino público médio", artigo de Paulo Ghiraldelli Jr.

Quando a imprensa fala em professor, em geral está se referindo ao docente universitário. A falta de salário digno para os professores da escola básica os transformou em fantasmas - metafórica e literalmente.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a rede tem uma falta de 235 mil professores no ensino médio. Além disso, o contingente de professores existente é mal formado.

O resultado é um só: estamos a caminho de uma situação em que a maioria de nossa juventude terá o certificado de ensino médio, mas sem os conhecimentos que as deixariam em pé de igualdade com as juventudes de outros países, inclusive com as dos países economicamente piores do que o nosso.

Paulo Renato, ministro da Educação do governo FHC, concorda que os professores são mal pagos e aceita a ideia de que é isso que produz o número deficitário acima. O atual ministro, Fernando Haddad, também concorda com isso. Todavia, tal concordância não os faz não desviar do assunto "na hora H".

Leia o artigo na íntegra em http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=67747

(Paulo Ghiraldelli Jr., filósofo e escritor, dirige o Centro de Estudos em Filosofia Americana (Cefa))

Concurso público para professor na UEL

Com a proximidade do período de inscrição, estamos reenviando mensagem de divulgação do Concurso Público.

A Universidade Estadual de Londrina abrirá concurso público para professor em várias áreas de conhecimento (Edital 383/2009-PRORH), com destaque para:
– Metodologia e Prática de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura (3 vagas)
– Língua Portuguesa (1 vaga)
– Linguística (2 vagas)
– Literatura Brasileira (2 vagas)
– Literaturas Afro-Brasileira/Africanas de Língua Portuguesa (1 vaga)
– Literatura Portuguesa (1 vaga)

Inscrições: de 07 a 11 de dezembro de 2009
(Obs.: serão recebidas inscrições no dia 10/12/2009, das 8h30min às 11h e das 14h às 17h – feriado Municipal).
Maiores informações: http://www.uel.br/prorh/index.php?content=selecao/concdoc/383_09/index.htm
Em caso de dúvida, contatos podem ser feitos pelos telefones (43) 3371-4302 ou (43) 3371-4569.

Educação a distância vale a pena?

De 2000 para cá, a chamada EAD cresceu 45.000% em números de alunos no país. Muita gente, no entanto, ainda fica de pé atrás com quem tirou diploma de Pedagogia ou Licenciatura nessa modalidade de ensino. Para avaliar se isso é puro preconceito, veja o que é mito e verdade nessa área.

Leia a matéria de Ana Rita Martins e Anderson Moço para a Nova Escola em http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-inicial/vale-pena-entrar-nessa-educacao-distancia-diploma-prova-emprego-rotina-aluno-teleconferencia-chat-510862.shtml

Livro "Olhares da Rede" é lançado gratuitamente

CASTELO BRANCO, Cláudia; MATSUZAKI, Luciano (Orgs.). Olhares da rede. São Paulo: Momento, 2009.

"Este livro traz o debate sobre as idéias de cinco autores que pensam o universo das redes digitais. Surgiu das rodadas de leitura crítica que realizamos na Cásper Líbero como uma das atividades do Grupo de Pesquisa de Comunicação, Tecnologia e Cultura de Rede. Yochai Benkler, Manuel Castells, Henry Jenkins, Lawrence Lessig e Douglas Rushkoff são utilizados em nossas reflexões sobre a cibercultura e formam um grupo de pensadores cujas idéias inspiram algumas de nossas investigações, de mestrado e de iniciação científica."
(Sergio Amadeu da Silveira - Prof. Titular do Mestrado da Faculdade Cásper Líbero)

Baixe o livro em http://ow.ly/AQg5

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Revista ComCiência sobre Ortografia

Está no ar o número 113 da revista mensal eletrônica de jornalismo científico ComCiência, publicada pelo Labjor e pela SBPC. O tema desta edição é "Ortografia".

Editorial
- Ortografia (Carlos Vogt)

Artigos
- Ortografia não é apenas escrever palavras com a grafia correta (Luiz Carlos Cagliari)
- A língua do povo, a fala do povo (Maria Célia Lima-Hernandes)
- Espaço literário e seus operadores de ressonância e de captura (Leonardo Pinto de Almeida)
- Comunicação popular escrita, o certo e o errado (Ilza de Paula Pellegrini)
- Proler - à guisa de um primeiro balanço (Eliane Pszczol)
- Manoel de tortografia e desgramática (pequena poética para Manoel de Barros) (Adalberto Müller)

Reportagens
- A transformação do mundo pela escrita (Por Maíra Valle e Alessandra Pancetti)
- Lusografia: reações à reforma revelam questões sociais (Por Nivaldo Amstalden)
- Polêmica em torno da mudança ortográfica não ocorre só no Brasil (Por Maria Carolina Ramos)
- A internet e a cultura escrita (Por Danilo Albergaria)
- Alfabetização indígena: a escrita revitaliza línguas? (Por Maria Clara Rabelo)

Entrevista
- Raul Drewnick (Por Nivaldo Amstalden)

Resenha
- Letras e memória: uma breve história da escrita (Por Luciano Valente)

Poema
- Happy hour (Carlos Vogt)

Notícias
- Cliança tloca o ele (r) pelo ele (l)?
- Governo quer quadruplicar o número de cientistas
- Divulgada a relação de bolsas aprovadas para Foro de Divulgação Científica
- Seminário discute falta de protagonismo da mulher nos partos hospitalares
- A (in)sustentabilidade de uma associação de agricultores da Amazônia
- Documentários discutem os perigos de espécies invasoras em Ilha Grande

"Pomos da discórdia em Educação: manejar conhecimento e aprendizagem", artigo de Pedro Demo

Enquanto para muitos – em especial para as novas gerações (Tapscott, 2009. Winograd & Hais, 2008) – construir oportunidades de autoria crítica e criativa é chave para exercer cidadania ativa e arquitetar oportunidades neste século, para outros permanece o mesmo desafio vetusto de recepcionar conteúdos meramente transmitidos, através do “ensino”. Como costumava dizer Toffler (2009), o sistema de ensino nos prepara para o passado, não para o futuro, porque ainda se imagina integrado a outro tipo de sistema (industrialismo) (Castells, 2004). Não se adverte que o desafio maior é “produzir conhecimento”, não apenas permanecer como cão de guarda de um depósito ultrapassado. O conhecimento disponível não é mais desafio, porque está “dominado”, tendo-se tornado, na prática, apenas informação útil e necessária. É fundamental saber lidar com ele, mas como material de pesquisa, para ser reconfigurado, ou, como sugere Castells (2004), “recombinado”. E esta tarefa reaparece com extrema acuidade no mundo virtual, onde se fala de “remix” (Latterell, 2006. Weinberger, 2007), indicando que, para além do simples plágio e uso parasitário da web, existe sempre a possibilidade de exercício de alguma autoria, por mais rudimentar que seja. Esta possibilidade pode ser banalizada, porque de longe predomina o plágio entre estudantes e professores (nestes, em especial as aulas sem qualquer autoria) (Schneider, 2007. Breck, 2006), mas isto não retira o argumento: o fator mais decisivo da geração de oportunidades é construção de conhecimento, não sua cópia através do ensino. Conhecimento é função da aprendizagem, não do ensino.

Por conta da aposta no “ensino”, proliferou entre nós a “apostila”, um compêndio que vem pronto e onde estaria “o conhecimento” (conteúdos) a ser transmitido. Os alunos comparecem à escola/universidade para assimilar tais conteúdos transmitidos através de aulas sem fim. Aduz-se como justificativa frequentemente que conteúdos como os das ciências naturais e exatas não precisam ser “reinventados”, mas assimilados. Não haveria sentido em “pesquisar” física ou matemática; seria como reinventar a roda. Cabe dominar tais conteúdos, repassados pelo professor e que usa, em geral, uma apostila “obrigatória”. À primeira vista, parece congruente: o aluno não precisa reinventar o direito constitucional; precisa dominar tais conteúdos, repassados pela via da instrução sistemática. Em grande parte, aprender é memorizar, algo ostensivamente exacerbado nos “cursinhos”: nesses os professores repassam os conteúdos estabilizados e que provavelmente serão exigidos nas provas (vestibulares). Aos alunos não ocorre frequentar um “cursinho” para pesquisar, nem o professor se põe o desafio de que, para dar aula, precisaria, antes, pesquisar. Não é autor, nem pretende que seus alunos se tornem autores.

Esta cartilha do ensino representa, porém, um dos traços mais empedernidos de nosso atraso histórico na escola e na universidade, não só porque contradita práticas e teorias bem argumentadas e testadas de aprendizagem, mas sobretudo porque nos mantém como sucursais (meros consumidores) de países produtores de conhecimento próprio (enquanto o Primeiro Mundo pesquisa, o Terceiro dá aula!). O professor, na prática, é uma espécie de “tradutor”, porta-voz, transmissor de conteúdos que jamais imaginaria poder reconstruir, muito menos os alunos. Se não é preciso reinventar o teorema de Pitágoras, importa, contudo, aprender de maneira reconstrutiva, transformando-o num desafio de pesquisa, assim como foi uma vez para Pitágoras (Lesh et alii, 2007). Parece pretensão estúpida “dar uma de Pitágoras”, mas é fundamental não ser apenas seu porta-voz ou papagaio. Na prática, é o mesmo desafio do país que pretende tornar-se fabricante de aviões. Não precisa inventar a roda, mas terá que “reconstruir” o caminho já feito por outros fabricantes e buscar criar um nicho de criatividade capaz de competir com os outros. Saber manejar conhecimento crítico e criativo é o que mais importa, como bem sugere Amsden (2009), ao estudar as chances do “resto” (países emergentes): para ocorrer desenvolvimento é imprescindível encontrar maneiras de criar conhecimento próprio, mesmo começando do começo; não se despreza conhecimento existente, mas este só faz sentido se puder ser reconstruído com alguma originalidade e propriedade.

Neste texto busco questionar a prática recorrente de fazer da escola/universidade um lugar de transmissão/assimilação de conteúdos, porque, como dizia Toffler, isto não só não forma os alunos, como sobretudo os prepara para o passado. Nosso sistema de ensino, na prática, evita que nos tornemos uma sociedade/economia intensiva de conhecimento (Duderstadt, 2003), ao preconizar que seja intensiva de aula e ensino. Ao manter a ideia obsoleta de que aprendizagem é função do ensino (aula), inverte-se a equação: ensino é função da aprendizagem; só faz sentido, se garantir que o aluno aprenda. O próprio sistema vigente é a imagem dolorida da má aprendizagem (IPEA, 2009. Demo, 2004). Próceres do instrucionismo tiveram oito anos de atuação veemente no governo FHC, mantendo-se o mesmo ministro, bem como a queda do aproveitamento escolar, segundo os dados do Saeb (produzidos no próprio Ministério). Mesmo assim, o ministro publicou seu legado sob o título de “Revolução gerenciada” (Sousa, 2004), uma peça de inacreditável empáfia vazia.

Leia na íntegra o artigo em http://pedrodemo.sites.uol.com.br/textos/pomos.html

Concurso público para professor na UEL

A Universidade Estadual de Londrina abrirá concurso público para professor em várias áreas de conhecimento (Edital 383/2009-PRORH), com destaque para:
– Metodologia e Prática de Ensino de Língua Portuguesa e Literatura (3 vagas)
– Língua Portuguesa (1 vaga)
– Linguística (2 vagas)
– Literatura Brasileira (2 vagas)
– Literaturas Afro-Brasileira/Africanas de Língua Portuguesa (1 vaga)
– Literatura Portuguesa (1 vaga)

Inscrições: de 07 a 11 de dezembro de 2009
(Obs.: serão recebidas inscrições no dia 10/12/2009, das 8h30min às 11h e das 14h às 17h – feriado Municipal).

Maiores informações: http://www.uel.br/prorh/index.php?content=selecao/concdoc/383_09/index.htm
Em caso de dúvida, contatos podem ser feitos pelos telefones (43) 3371-4302 ou (43) 3371-4569.

Ensino a distância sofre resistência

Mais de 18 mil alunos de cursos de educação a distância de instituições particulares e públicas sofreram preconceito por terem optado por essa modalidade de ensino, segundo levantamento da Associação Brasileira de Estudantes de Ensino a Distância (ABE-EAD), que recebe as denúncias desde 2007. São casos de discriminação por alunos de cursos presenciais, dúvidas dos empregadores sobre a validade dos cursos - mesmo os autorizados pelo Ministério da Educação -, dificuldades para conseguir estágio, para obter o registro profissional e fazer inscrição em concurso.

Hoje há no Brasil mais de 2,6 milhões de alunos em 1.752 cursos, segundo o Censo de Educação a Distância. No início do mês, a ABE-EAD entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal contra o Conselho Nacional do Ministério Público. Por meio da resolução nº 40, de maio deste ano, o conselho dizia que só diplomas de cursos presenciais seriam aceitos para o Ministério Público. A conclusão deve sair nas próximas semanas.

Além do conselho, outros órgãos veem problemas no ensino a distância. É o caso do Conselho Federal de Serviço Social, que não apoia a modalidade. A dificuldade para estágio é, segundo a presidente do conselho, Ivanete Boschetti, culpa da estrutura da educação a distância, que prioriza a "quantidade em vez da qualidade da formação". "O mercado não absorve esse número de estagiários."

Leia na íntegra a matéria de Mariana Mandelli para o Estadão em http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091103/not_imp460217,0.php

Livros sobre formação de professores para download

PROFESSORES do Brasil: impasses e desafios. Coordenado por Bernadete Angelina Gatti e Elba Siqueira de Sá Barreto. Brasília: UNESCO, 2009.
Download do livro

A UNESCO, em sua missão de cooperar com a política educacional dos governos, com o apoio do Ministério da Educação, concebeu um projeto para o desenvolvimento de amplo estudo sobre a formação inicial e continuada e a carreira dos professores no Brasil. O intuito deste estudo foi de oferecer às diversas instâncias da administração educacional do país um exame crítico do quadro vigente, seguido de orientações e recomendações, para servir de subsídio para uma efetiva valorização dos professores. A fase atual da educação brasileira não é mais de denúncia de seus maus resultados, mas o delineamento de soluções possíveis e necessárias. Por isso, as pesquisadoras da Fundação Carlos Chagas, Bernadete Gatti e Elba de Sá Barreto, que coordenaram o estudo, publicam este documento, pelo qual a UNESCO disponibiliza a todos que possuem responsabilidade na formulação da política educacional.


A FORMAÇÃO e a iniciação profissional do professor e as implicações sobre a qualidade do ensino. Consultoria de Gisela Wajskop. São Paulo: Fundação SM, 2009.
Download do livro

A pesquisa “A formação e a iniciação profissional do professor e as implicações sobre a qualidade de ensino”, organizada pela Fundação SM e a Organização dos Estados Ibero-Americanos, traz um levantamento inédito com professores de todas as regiões brasileiras para saber o que pensam a respeito dos primeiros anos de carreira.
Para a consulta de opinião, foram distribuídos 15 mil questionários para professores de Educação Básica em pleno exercício da profissão, durante o primeiro semestre de 2009. Foram consideradas respostas de 3.512 professores de todo o Brasil, que foram analisadas pela socióloga Gisela Wajskop, mestre e doutora em Educação e dirigente do Instituto Superior de Educação de São Paulo/Singularidades.

Para Gardner, autor da Teoria das Inteligências Múltiplas, no século 21 a ética vai valer mais que o conhecimento

Howard Gardner, que se dedica a estudar a forma como o pensamento se organiza, balançou as bases da Educação ao defender, em 1984, que a inteligência não pode ser medida só pelo raciocínio lógico-matemático, geralmente o mais valorizado na escola. Segundo o psicólogo norte-americano, havia outros tipos de inteligência: musical, espacial, linguística, interpessoal, intrapessoal, corporal, naturalista e existencial. A Teoria das Inteligências Múltiplas atraiu a atenção dos professores, o que fez com que ele se aproximasse mais do mundo educacional.

Hoje, Gardner tem um novo foco de pensamento, organizado no que chama de cinco mentes para o futuro, em que a ética se destaca. "Não basta ao homem ser inteligente. Mais do que tudo, é preciso ter caráter", diz, citando o filósofo norte-americano Ralph Waldo Emerson (1803-1882). E emenda: "O planeta não vai ser salvo por quem tira notas altas nas provas, mas por aqueles que se importam com ele".

Leia na íntegra a entrevista de Howard Gardner para a Nova Escola em http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/dificil-fazer-certo-se-isso-contraria-nossos-interesses-502609.shtml

Pesquisa indica que brasileiros gastam mais com informática, telefonia e lazer do que com hábito de leitura

A pesquisa "O Livro no Orçamento Familiar", encomendada por entidades como Sindicato Nacional de Editores de Livros (Snel) e Câmara Brasileira do Livro, concluiu que 40,7% das famílias do país compram algum material de leitura. Mas gastos com livros, revistas e jornais estão muito aquém de outras despesas tidas como "não essenciais".

O estudo, baseado em dados do IBGE de 2002 a 2003, aponta que os gastos dos brasileiros com informática e eletrônicos (DVDs, vídeo, som, jogos etc.) lidera a lista de prioridades brasileiras, movimentando R$ 19,303 bilhões. Em segundo lugar, vem o celular (R$ 8,816 bilhões). Em terceiro, opções de lazer fora de casa, com R$ 6,154 bilhões. Em último está a leitura, com R$ 5,471 bilhões das despesas. Foram entrevistadas 50 mil famílias em todo o país.

Leia a matéria na íntegra em http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11865.

Formação de professores ganha apoio com adicional a bolsista

A formação de professores para a educação básica conta com um novo reforço. Bolsistas de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CPNq) que trabalhem como formadores nos cursos e ações do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PNFP) vão receber auxílio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

(Assessoria de Comunicação Social da Capes)
Leia a matéria na íntegra em http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=14560

Concurso para professor de Prática de Ensino e Estágio de Língua Portuguesa na UNESP-Assis

A UNESP, Campus de Assis, informa que estão abertas inscrições para concurso público para o conjunto de disciplinas “Prática de Ensino e Estágio Supervisionado de Língua e Literaturas Vernáculas I e II”, junto ao Departamento de Educação da Faculdade de Ciências e Letras.

As inscrições estão sendo recebidas, no prazo de 30 dias corridos, desde 15/10/2009, de segunda a sexta-feira, no horário das 9 às 11 e das 14 às 16 horas, na Seção de Comunicações da Faculdade de Ciências e Letras do Campus de Assis (SP), situada na Avenida Dom Antonio nº 2.100.

Maiores informações: http://www.assis.unesp.br/concursos/EDITAL%20204-2009.pdf

Redes sociais alteram relação entre professor e aluno

As possibilidades de interação, pesquisa e relacionamento proporcionadas pelas novas tecnologias e redes sociais disponíveis na Internet alteram o espaço dos métodos tradicionais de ensino. Há quem acredite que a geração atual já aprende a partir de uma nova linguagem que, por sua vez, depende da interação entre alunos e professores. Sem essa interação, o processo estaria seriamente comprometido.

Segundo André Valle, professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) do Rio de Janeiro, essa suposta nova linguagem de aprendizado depende da interação entre alunos e professores. "Se não conseguirmos sensibilizá-los, o processo de ensino fica comprometido", avalia ele. Para o professor, a partir do momento em que os alunos têm acesso a fontes de informação diversas, como as disponíveis na Internet, o papel do professor muda. "Há 15 anos o professor era a única fonte de consulta para o aprendizado. Isso não existe mais. Hoje ele é mais um facilitador do processo de conhecimento", diz Valle.

A própria visão que o aluno tem do professor estaria se modificando em vista do relacionamento entre eles já extrapolar a sala de aula e ir para o espaço virtual. Para a Margarete Lobato, professora do curso de letras da UFG (Universidade Federal de Goiás) e criadora da disciplina Internet e ensino, o professor deixa de ser um vigilante para se tornar parceiro dos alunos no desenvolvimento do conteúdo. Ao criar uma comunidade numa rede social como o Orkut, por exemplo, para discussão de temas relacionados ao conteúdo da aula, a primeira constatação de Margarete foi que houve aproximação entre alunos e professor, o que, segundo ela, não ocorre no contexto restrito da sala de aula.

Leia na íntegra a matéria de Bruno Loturco para o Portal Universia em http://www.universia.com.br/docente/materia.jsp?materia=18445

Imagem: blog do GJOL.

Seleção de Professor Visitante na UECE para atuação no Mestrado Acadêmico em Linguística Aplicada

Inscrições abertas para Seleção de Professor Visitante na Universidade Estadual do Ceará
Atuação no Mestrado Acadêmico em Linguística Aplicada (CMLA-UECE)

Período de inscrições: de 16 a 29/10/2009
Vagas: 2 (uma constante no presente Edital e outra da seleção anterior não preenchida)

Maiores informações: http://gemeos2.uece.br/cev/ - Ver XIII Seleção Professor Visitante - Edital/Diário Oficial do Ceará, de 6/10/09.

Chamada para publicação na RBLA: A Gramática no Ensino e/ou na Aprendizagem de Línguas

Prezados Colegas,

a RBLA os convida a submeterem artigos para o seu volume temático de 2010 que se intitulará "A Gramática no Ensino e/ou na Aprendizagem de Línguas".

As normas de publicação estão disponíveis no site da Revista: http://www.letras.ufmg.br/rbla/index.html

Atenciosamente,

Heliana Mello
p/ Comissão Editorial - RBLA

REVISTA BRASILEIRA DE LINGÜÍSTICA APLICADA
COMISSÃO EDITORIAL
Av. Antônio Carlos, 6627
Faculdade de Letras - sala 2015A
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
31270-901 – Belo Horizonte – MG – Brasil

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Os preconceitos da pronúncia

Na Copa das Confederações, em junho, a vitória de 1 a 0 do Brasil sobre a África do Sul transformou o técnico carioca Joel Santana num involuntário porta-voz do sotaque desengonçado do brasileiro tipo exportação.

Após o jogo, que valia uma vaga na final vencida pela seleção brasileira dias depois, o técnico dos africanos esforçou-se para falar com os jornalistas em inglês, um dos 11 idiomas oficiais do país sede da Copa de 2010. O simpático esforço de Joel agrada a mídia local, que o critica pela armação do time, nunca pelo domínio do idioma. Mas o resultado, macarrônico, virou motivo de piada no Brasil.
[…]

"Oportunidá"

Não é a primeira vez que personalidades do futebol viram alvos públicos ao tropeçar no idioma alheio. Em sua apresentação como técnico do Real Madrid, em 2004, Wanderley Luxemburgo caprichou no portunhol, com direito a palavras como "oportunidá" e "arrepiendo". Outro campeão de acessos no YouTube, o jogador Anderson, do Manchester United, deu entrevista em inglês com a naturalidade dos desavisados, recorrendo ao português sempre que lhe faltava repertório ("more ataque").

Em ambos os casos, a risada pode esconder muito de intolerância. Mesmo quando fluentes em outro idioma, os brasileiros pronunciam palavras estrangeiras sempre à sua maneira, como fazem todos os povos.

Leia na íntegra a matéria de Edgard Murano para a Revista Língua Portuguesa em http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11809
(Foto: Ivo Gonzales/Agência O Globo)

Mais da metade dos professores reconhece falhas em cursos de formação, aponta pesquisa

Os cursos de formação inicial não contemplam todas as competências necessárias para ser professor, na opinião de 51% dos 3.512 educadores de ensino básico entrevistados para a pesquisa A Formação e a Iniciação Profissional do Professor. Apenas 18% disseram acreditar que as faculdades oferecem toda a capacitação necessária, enquanto 30% não tinham opinião sobre a questão.

O levantamento, divulgado hoje (22), foi elaborado pela Organização dos Estados Ibero-Americanos e a Fundação SM. A pesquisa ouviu principalmente (96%) professores da rede pública. Apesar de apontarem deficiências nos cursos, 57% deles acreditam que a formação inicial está diretamente ligada à qualidade do ensino.

“Os cursos de formação são bons. A questão é que eles ensinam coisas erradas, que não têm valia para a relação de ensino e aprendizagem que depois acontece na sala de aula”, disse a responsável pela análise dos dados da pesquisa, Gisela Wajskop.

Leia na íntegra a matéria de Daniel Mello para a Agência Brasil em http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/10/22/materia.2009-10-22.6394270066/view

"Deslizes de celebridade", artigo de Sírio Possenti

São numerosas e demoradas as discussões sobre grafia. As comissões de especialistas consomem décadas para produzir uma proposta de sistema de escrita. Por que será que quase analfabetos se sentem autorizados a julgar a capacidade de pessoas que cometem erros ortográficos, sem demonstrar competência para a análise do sistema de escrita, análise que poderia explicar a natureza e a razão do erro, mostrando, muitas vezes, que se trata de problema banal, que uma canetada pode resolver? Consideremos o caso Sasha: a filha de Xuxa informou, pelo microblog twitter, que ia filmar uma "sena". Uma multidão de seguidores saiu a campo desqualificando a inteligência da menina pela troca de c por s. O curioso é que nenhum dos que se manifestaram se preocupou em analisar o grau de sofisticação intelectual que se exige para ser seguidor ou leitor das mensagens de Xuxa!

Leia o artigo na íntegra em http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11852.

"Cultura digital.br": livro para download

A cultura digital está transformando em profundidade todos os fazeres e saberes da humanidade, e o Brasil desempenha papel central nesse processo. Como já disse Richard Barbrook, um dos maiores especialistas na área, o Brasil colocou “pela primeira vez o Hemisfério Sul em posição central no debate sobre as tecnologias digitais”. Cultura digital.br, ao dar voz para importantes brasileiros em atuação na área, sobre temas como política, economia, estrutura, arte, comunicação e memória no contexto digital, se torna um livro imprescindível para todos aqueles que desejam pensar ativamente as questões e potencialidades do nosso tempo.
(Texto de divulgação)

Entrevistados: Alfredo Manevy, André Lemos, André Parente, André Stolarski, André Vallias, Antonio Risério, Bernardo Esteves, Claudio Prado, Eduardo Viveiros de Castro, Eugênio Bucci, Fernando Haddad, Franklin Coelho, Gilberto Gil, Guido Lemos, Hélio Kuramoto, Jane de Almeida, Juca Ferreira, Ladislau Dowbor, Laymert Garcia dos Santos, Lucas Santtana, Marcelo Tas, Marcos Palácios, Ronaldo Lemos, Sergio Amadeu e Suzana Herculano-Houzel.
 
Para baixar o livro, clique aqui.

Mestrado e Doutorado na UEL: inscrições até 14/10

Encontram-se abertas até 14 de outubro as inscrições para Seleção do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem (Mestrado e Doutorado) da Universidade Estadual de Londrina.

Linhas de pesquisa:
– Descrição e análise lingüísticas;
– Estudos do texto/discurso;
– Ensino/aprendizagem e formação do professor de língua portuguesa e de outras linguagens;
– Ensino/aprendizagem e formação do professor de língua estrangeira.

Maiores informações: http://www.uel.br/cch/ppgel

Linguagem de jovens na web traz novos desafios a professores

Uma recente pesquisa publicada pela instituição britânica Cranfield School of Management concluiu que a abreviação das palavras na internet vem prejudicando os adolescentes no aprendizado do inglês. O estudo entrevistou 260 alunos entre 11 e 18 anos, e 39% deles admitiram que a ortografia digital atrapalha o uso correto do idioma, principalmente quando é preciso soletrar as palavras. No Brasil ainda não há uma pesquisa similar e os resultados da investigação britânica não podem ser importados para a realidade brasileira. "Até porque nossa tradição de ensino não usa a soletração como uma condição para aprender escrita e leitura", diz o prof. Claudemir Belintane, linguista e educador da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Mas a preocupação com a influência do internetês na escrita também existe aqui e é legítima, já que os adolescentes passam horas navegando no computador.

Estudos realizados no Brasil revelam que a linguagem digital só influencia o aluno que não possui uma formação ortográfica sólida e é alienado no ambiente virtual. Para os pesquisadores, o importante é a escola identificar este aluno, orientá-lo e explicar que mesmo dentro da internet existem gêneros diferentes de escrita, que precisam ser respeitados, de acordo com a finalidade e o interlocutor. "O desafio da escola não é censurar os meios digitais, e sim pensar sobre como trabalhar a variação linguística e os diferentes gêneros de textos, inclusive na rede; algo que poucos professores fazem", diz diz Roberta Caiado, professora de português, diretora de pós-graduação e pesquisa da Universidade Salvado de Oliveira (PE), e autora do estudo "A Notação Escrita Digital Influencia a Notação Escrita Escolar?" da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Para que isso seja possível, afirma, "é preciso que os docentes naveguem mais pelas ferramentas da internet". A pesquisa de Roberta acompanhou a escrita de adolescentes de 14 anos na internet e foi iniciada depois que a professora flagrou abreviações como "hj", "naum", e "vcs" em textos escolares.

Leia na íntegra a reportagem de Vanessa Costa Santos para o Site Instituto Claro em http://www.institutoclaro.org.br/observatorio/noticias/detalhe/linguagens-de-jovens-na-web-trazem-novos-desafios-aos-professores-de-portugues

FELIP no CELLIP

O Grupo de Pesquisa FELIP – Formação e Ensino em Língua Portuguesa (UEL-DGP/CNPq) participará em outubro do XIX CELLIP – Seminário do Centro de Estudos Linguísticos e Literários do Paraná, em Cascavel, com os seguintes trabalhos:

– "A oralidade no ensino de língua portuguesa sob a perspectiva do gênero canção" de Andressa Lopes;

– “A realidade e a virtualidade na prática docente: um abismo em gigabytes” de Franciela Silva Zamariam e Vladimir Moreira;

– “Aspectos das dimensões social e verbal do gênero discursivo crônica" de Sandra Regina Cecilio;

– “Gênero discursivo peça teatral: um estudo teórico-prático” de Alba Maria Perfeito;

– “Grupos focais na compreensão do letramento digital de professores” de Talita Gonçalves de Almeida e Núbio Delanne Ferraz Mafra;

– “O estilo na leitura como produção de sentidos” de Márcia Adriana Dias Kraemer e Márcia Cristina Greco Ohuschi.

Postagens anteriores relacionadas:

"A hora da gramática: como evitar que o estudo da gramática se dissipe num conjunto de regras sem sentido", artigo de Sírio Possenti


Olhando uma gramática com cuidado, pode-se ver que se trata de um volume muito heterogêneo. Ele contém:
a) regras a ser seguidas para praticar um desejável padrão linguístico (ortografia, pronúncia, concordância e regência são os casos mais óbvios);
b) um conjunto de análises ou de apresentação de aspectos estruturais da língua (tipos de sons, sílabas, classes de palavras, morfologia, sintaxe);
c) um conjunto de indicações de comportamentos sociais (evitar regionalismos e estrangeirismos, não ser grosseiro), intelectuais (ser claro), quase morais (evitar cacofonias), etiquetais ("ele e eu", não "eu e ele").

O esboço, precário, permite ver que a questão "estudar gramática" só é simplificada por falta de conhecimento ou boa-fé. O que mais interessa, do ponto de vista da sociedade, sendo conservador, é o domínio escrito de uma norma - que talvez devesse ser representada pelos jornais e revistas e não pela literatura. O pedaço da gramática que mais interessa é o que diz respeito a como se pode e/ou não escrever. Uma observação cuidadosa mostraria que a fala é suficientemente marcada por peculiaridades, e exigir dela o que se espera da escrita é um equívoco. Um exemplo pode vir da comparação da escrita de colunistas que também falam em rádios e TVs.

Leia o artigo na íntegra em http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11836

Seminário de Formação de Professores na UFTM

A Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) convida para o "I Seminário de Formação de Professores, qualidade de ensino e inclusão", de 6 a 8 de dezembro de 2009, em Uberaba (MG).

Inscrições até 30 de outubro de 2009.

Maiores informações: http://gpeform.uftm.edu.br/

Concurso para professor na UFT

A Universidade Federal de Tocantins (UFT) está com inscrições abertas para professor em diversas áreas de Letras/Linguística/Linguística Aplicada/Educação até 07/10/2009.

Maiores informações: http://www.copese.uft.edu.br/index.php?option=com_content&task=view&id=54&Itemid=102

Crianças escrevem mais rápido com caneta que com teclado


Estudo feito em crianças de segunda, quarta e sexta séries mostra que elas escrevem mais e mais rápido no papel do que no computador.

A transcrição feita com caneta ou com o teclado envolve as mãos, e muitas pesquisas tentam entender porque as unidades de linguagem são afetadas de formas diferentes quando essas duas ferramentas são utilizadas. Um dos dados ressaltados foi o fato de que, embora algumas das crianças do estudo mostrassem sinais do problema, tanto elas como as que não apresentavam a condição escreveram textos mais longos à caneta do que ao utilizar o teclado.

Uma das finalidades do estudo é mostrar a necessidade das escolas em desenvolver métodos mais eficientes para ensinar os alunos a serem escritores “bilíngues”, capazes de transcrever bem tanto à mão quanto em um computador.

(Paula Rothman, de INFO Online, 17/09/2009).
Leia mais em http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/a-caneta-vence-o-teclado-diz-estudo-17092009-19.shl

Número temático da LemD sobre hipertexto e ensino

A Revista Linguagem em (Dis)curso acaba de lançar um número temático cujo título é: Linguagem & Tecnologia: Hipertexto, Gêneros Digitais e Ensino.
Os artigos e ensaios reunidos nesse número temático são de autoria de alguns dos convidados do Hipertexto 2007, realizado na UFC.

Ferramentas para facilitar a leitura na web

Dois protótipos de ferramentas computacionais foram criados pela equipe do projeto PorSimples. O primeiro, chamado Facilita, visa a simplificar a linguagem de textos em português disponíveis na internet e, com isso, facilitar a compreensão das informações para crianças e adultos em processo de alfabetização ou pessoas com algum tipo de deficiência de leitura.

O segundo, o editor Simplifica, é destinado a produtores de conteúdo (escritores, professores, webmasters, jornalistas, por exemplo) que desejam criar textos simplificados adequados ao mesmo público.

Coordenado por Sandra Maria Aluísio, professora do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP), campus São Carlos, o trabalho consiste em reduzir a complexidade linguística dos textos, substituindo palavras raras (menos frequentes) por palavras mais usuais ou dividindo e reorganizando orações longas e complexas, entre outras adaptações.

Leia mais em Leitura facilitada (Agência FAPESP)

Conheça blogs de professores que, sempre atualizados, tratam do uso da tecnologia nos ambientes de ensino e aprendizagem

Montar uma lista de sites, blogs ou comunidades à qual valha a pena ser fiel é tarefa que exige tempo e atenção. Se a procura for por um tema específico, o desafio se torna mais difícil, pois as opções já diminuem drasticamente. E, quando a busca por esses temas específicos se concentra em sites ou blogs pessoais, aqueles sem qualquer ligação com empresas ou instituições, uma parcela reduzida dos autores demonstra fôlego e disciplina para manter o seu ambiente virtual atualizado. Tendo à frente esses desafios, o portal do Instituto Claro pesquisou por alguns dias. Os alvos foram os blogs de professores que discutem a tecnologia atrelada aos processos de aprendizagem.
Leia mais no Portal do Instituto Claro

Concurso para professor efetivo do Departamento de Letras da UFRN

Áreas:
- Língua Portuguesa/Leitura e Produção de Textos
- Estudos Diacrônicos e Línguas Clássicas
- Língua Alemã e Literaturas
- Língua Portuguesa para Estrangeiros
- Língua Inglesa e Literaturas
- Língua Francesa e Literaturas

Inscrições: de 08 de setembro a 02 de outubro de 2009
Maiores informações: http://www.prh.ufrn.br/conteudo/concursos/prog_efet029-09.htm

"Comunidades falsificadas", entrevista com Jesús Martín-Barbero (concedida a Renato Essenfelder)

Com a emergência de gigantescas redes sociais virtuais, como o Facebook, a internet configura a sua utopia máxima: todos somos iguais. E, se somos todos iguais, não precisamos mais de eleições, pois não precisamos ser representados. Todos nos representamos no espaço democrático da internet.

O raciocínio é tentador, mas, para o filósofo espanhol Jesús Martín-Barbero, é mentiroso – e temerário. ‘Nunca fomos nem seremos iguais’, ele diz, e na vida cotidiana continuaremos dependendo de mediações para dar conta da complexidade do mundo, seja a mediação de partidos políticos ou a de associações de cidadãos.

Martín-Barbero vê a internet como um dos fatores de desestabilização do mundo hoje, que não pode ser pensado por disciplinas estanques. Mundo, aliás, tomado pela incerteza e pelo medo, que nos faz sonhar com a relação não mediada das comunidades pré-modernas. O filósofo conversou com a Folha durante visita a São Paulo, na semana passada.

FOLHA - Desde 1987, quando o sr. lançou sua obra de maior repercussão [‘Dos Meios às Mediações’, ed. UFRJ], até hoje, o que mudou na comunicação e nas ciências sociais?JESÚS MARTÍN-BARBERO - Estamos em um momento de pensar o conceito de conhecimento como certeza e incerteza. A incerteza intelectual dos modernos se vê hoje atravessada por outra sensação: o medo. A sociedade vive uma espécie de volta ao medo dos pré-modernos, que era o medo da natureza, da insegurança, de uma tormenta, um terremoto. Agora vivemos em uma espécie de mundo que nos atemoriza e desconcerta.
O medo vem, por exemplo, da ecologia: o que vai acontecer com o planeta, o nível do mar vai subir? A natureza voltou a ser um problema hoje, como aos pré-modernos. Depois vem o tema da violência urbana, a insegurança urbana. Por toda cidade que passo, de 20 mil a 20 milhões de habitantes, há esse medo.
Como terceira insegurança, que nos afeta cada vez mais, aparece a vida laboral. Do mundo do trabalho, que foi a grande instituição moderna que deu segurança às pessoas, vamos para um mundo em que o sistema necessita cada vez menos de mão de obra. O mundo do trabalho se desconfigurou como mundo de produção do sentido da vida.

FOLHA - Nesse mundo de incertezas, como se comporta a noção de comunidade? Como ela aparece em redes virtuais como o Facebook?
MARTÍN-BARBERO - Acho que ainda não temos palavras para nomear esse fenômeno. Falamos em rede social, mas o que significa social aí? Apenas uma rede de muita gente. Não necessariamente em sociedade. Há diferenças entre o que foi a comunidade pré-moderna e o que foi o conceito de sociedade moderna.
A comunidade era orgânica, havia muitas ligações entre os seus membros, religiosas, laborais. Renato Ortiz [sociólogo e professor na Universidade Estadual de Campinas] faz uma crítica muito bem feita a um livro famoso de [Benedict] Anderson, que diz que a nação é como uma comunidade imaginada [‘Comunidades Imaginadas’, ed. Companhia das Letras], principalmente por jornais e a literatura nacional.
É verdade, são fundamentais para a criação da ideia de nação. Mas Renato Ortiz diz que há muito de verdade e muito de mentira nisso. O que acontece é que, quando a sociedade moderna se viu realmente configurada pelo Estado, pela burocracia do Estado, começou a sonhar novamente com a comunidade. Era uma comunidade imaginada no sentido de querer ter algo de comunidade, e não só de sociedade anônima.
Falar de comunidade para falar da nação moderna é complicado, porque se romperam todos os laços da comunidade pré-moderna. Eu diria que há aí um ponto importante, considerando que no conceito de comunidade há sempre a tentação de devolver-nos a uma certa relação não mediada, presencial. Essa é um pouco a utopia da internet.

FOLHA - Qual utopia?MARTÍN-BARBERO - A utopia da internet é que já não necessitamos ser representados, a democracia é de todos, somos todos iguais. Mentira. Nunca fomos nem somos nem seremos iguais. E portanto a democracia de todos é mentira. Seguimos necessitando de mediações de representação das diferentes dimensões da vida. Precisamos de partidos políticos ou de uma associação de pais em um colégio, por exemplo.

FOLHA - As comunidades virtuais da atualidade têm pouco das comunidades originais, então?MARTÍN-BARBERO - Quando começamos a falar de comunidades de leitores, de espectadores de novela, estamos falando de algo que é certo. Uma comunidade formada por gente que gosta do mesmo em um mesmo momento. Se a energia elétrica acaba, toda essa gente cai.
É uma comunidade invisível, mas é real, tão real que é sondável, podemos pesquisá-la e ver como é heterogênea. Comunidade não é homogeneidade. Nesse sentido é muito difícil proibir o uso da expressão ‘comunidade’ para o Facebook. Mas o que me ocorre ao usarmos o termo ‘comunidade’ para esses sites é que nunca a sociedade moderna foi tão distinta da comunidade originária.
O sentido do que entendemos por sociedade mudou. Veja os vizinhos, que eram uma forma de sobrevivência da velha comunidade na sociedade moderna. Hoje, nos apartamentos, ninguém sabe nada do outro. Outra chave: o parentesco. A família extensa sumiu. Hoje, uma família é um casal. O que temos chamado de sociedade está mudando. Estamos numa situação em que o velho morreu e o novo não tem figura ainda, que é a ideia de crise de [Antonio] Gramsci.

FOLHA - A proposta de sites como o Facebook não é exatamente de fazer essa reaproximação?
MARTÍN-BARBERO - Creio que há pessoas no Facebook que, pela primeira vez em suas vidas, se sentem em sociedade. É uma questão importante, mas não podemos esquecer da maneira como nos relacionamos com o Facebook.
Um inglês que passa boa parte de sua vida só, em um pub, com sua grande cerveja, desfruta muito desse modo de vida. Nós, latinos, desfrutamos mais estando juntos.
Evidentemente a relação com o Facebook é distinta. O site é real, mas a maneira como nos relacionamos, como o usamos, é muito distinta. O Facebook não nos iguala. Nos põe em contato, mas nada mais.

FOLHA - De que maneira essas questões devem transformar os meios de comunicação?
MARTÍN-BARBERO - Não sei para onde vamos, mas em muito poucos anos a televisão não terá nada a ver com o que temos hoje. A televisão por programação horária é herdeira do rádio, que foi o primeiro meio que começou a nos organizar a vida cotidiana. Na Idade Média, o campanário era que dizia qual era a hora de levantar, de comer, de trabalhar, de dormir. A rádio foi isso.
A rádio nos foi pautando a vida cotidiana. O noticiário, a radionovela, os espaços de publicidade... Essa relação que os meios tiveram com a vida cotidiana, organizada em função do tempo, a manhã, a tarde, a noite, o fim de semana, as férias, isso vai acabar. Teremos uma oferta de conteúdos. A internet vai reconfigurar a TV imitadora da rádio, a rádio imitadora da imprensa escrita... Creio que vamos para uma mudança muito profunda, porque o que entra em crise é o papel de organização da temporalidade.

FOLHA - A ascensão da internet e da oferta de informação por conteúdos suscita outra questão, ligada à formação do cidadão. Não corremos o risco de que um fã de séries de TV, por exemplo, só busque notícias sobre o tema, alienando-se do que acontece em seu país?
MARTÍN-BARBERO - Antigamente, todos líamos, escutávamos e víamos o mesmo. Isso para mim era muito importante. De certa forma, obrigava que os ricos se informassem do que gostavam os pobres – sempre defendi isso como um aspecto de formação de nação.
Quando lançaram os primeiros aparelhos de gravação de vídeo, disseram-me que isso era uma libertação: as pessoas poderiam selecionar conteúdos.
Mas esse debate já não é possível hoje. Passamos para um entorno comunicativo, as mudanças não são pontuais como antes. A questão não é se eu abro ou não abro o correio. Não quero ser catastrofista, mas o tanto que a internet nos permite ver é proporcional ao tanto que sou visto. Em quanto mais páginas entro, mais gente me vê. É outra relação.
Temos acesso a tantas coisas e tantas línguas que já não sabemos o que queremos.. Hoje há tanta informação que é muito difícil saber o que é importante. Mas o problema para mim não é o que vão fazer os meios, mas o que fará o sistema educacional para formar pessoas com capacidade de serem interlocutoras desse entorno; não de um jornal, uma rádio, uma TV, mas desse entorno de informação em que tudo está mesclado. Há muitas coisas a repensar radicalmente.

***
Quem é Jesús Martín-Barbero
Nascido na Espanha, mas radicado na Colômbia, Jesús Martín-Barbero é doutor em Filosofia e Letras pela Universidade de Louvain, na Bélgica, e coordenador de pesquisa da Faculdade de Comunicação e Linguagem da Pontifícia Universidade Javeriana de Bogotá.
Autor popular entre estudiosos da comunicação no Brasil, estuda o fenômeno sob enfoque cultural. Propôs em sua visita a São Paulo na última segunda que a área seja pensada como ‘nebulosa’ – uma região sem fronteiras nem centro.
Ele esteve na cidade para aula magna de lançamento do Fórum Permanente de Programas de Pós-Graduação em Comunicação do Estado de São Paulo.

(Folha de São Paulo, Caderno Mais!, 23/08/2009)

Pierre Lévy: para entender a internet, não é preciso dominar a última ferramenta da moda

Considerado um dos principais pensadores da cultura digital, o filósofo francês Pierre Lévy palestrou nesta segunda-feira no Fórum de Internet Corporativa, na PUCRS. Lévy, que tornou-se conhecido ao lançar a expressão "inteligência coletiva" nos anos 1990 para projetar a evolução do conhecimento humano conectado por redes, defende que "o mundo das ideias é extremamente rico e complexo, até mais que a biosfera".

O pensador apresentou sua visão das etapas evolutivas da internet. Para ele, estamos em um estágio que alguns chamam de "web 2.0" ou de "mídias sociais", em que importa menos saber usar as ferramentas e mais participar do movimento coletivo de invenção. Diante da ansiedade que a necessidade de se manter atualizado sobre as últimas novidades em mídias sociais, Lévy pondera:

— Não se trata de aprender a última coisa na moda, mas sim de entender que a cada 15 dias teremos uma nova coisa. Não podemos saber tudo, temos que aprender o que é interessante para nós. Estamos nadando na inteligência coletiva.

Para o pensador francês, após uma era de simples "links" entre páginas na rede, começa-se a prestar atenção a questões como a categorização social de conteúdo na rede, a multiplicidade de idiomas dos conteúdos, o uso de tags (etiquetas que definem o tema de um conteúdo). Como máquinas e usuários podem encontrar e organizar tantas informações? A próxima etapa da evolução da internet seria rumo à "web semântica", que atingiria seu ápice em 2015.

— Em geral, as ideias não foram feitas para ser processadas automaticamente por máquinas. Elas existem para ser tratadas social e emocionalmente por cérebros humanos. Minha proposta é codificar ideias e conceitos de modo que os significados possam ser manipulados automaticamente por computadores.

Apesar de defender a internet como promotora de uma revolução cultural, Lévy não deixou de lembrar que aspectos muito importantes da vida seguirão sem participar do mundo digital:

— Nem tudo vai acontecer no ciberespaço. Teremos sempre de ir ao dentista, e não podemos ir ao banheiro virtualmente.

Concurso para professor na UNIOESTE (PR)


Concurso público para professor de ensino superior na Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE
Vagas nos campi de Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Marechal Cândido Rondon e Toledo

Há vagas nas áreas de:
Língua Portuguesa
Língua Portuguesa: Estrutura e Funcionamento
Língua Inglesa
Libras

Inscrições:
a) via Sedex: de 28 de agosto a 11 de setembro de 2009
b) nos campi: de 28 de agosto a 16 de setembro de 2009

Maiores informações: http://www.unioeste.br/

E-book "Tudo o que você precisa saber sobre Twitter"

Release Oficial
O que é Twitter? Para que serve? Por que todo mundo só fala nele? Como fazer parte da tuitosfera? Essas dúvidas que muita gente tem, mas não sabia para quem perguntar, agora já podem ser respondidas. Elas estão no primeiro guia online sobre a ferramenta. “Tudo o que você precisa saber sobre Twitter (você já aprendeu em uma mesa de bar)” foi lançado pela Talk Interactive nesta segunda-feira (10/08) por meio do Twitter, é claro (http://www.twitter.com/lets_talk). O conteúdo ficará disponível na internet sob licença Creative Commons, permitindo que qualquer pessoa leia, repasse e ajude a atualizar o livro colaborativamente.

Com 46 capítulos, o livro é dividido em três categorias: Tudo o que você precisa saber; Negócios, jornalismo e política; Uso avançado do Twitter. Trata-se de um manual prático com orientações sobre como encontrar pessoas, o que é seguir e ser seguido e como o serviço pode ser utilizado de forma simples e eficiente. “O Twitter está crescendo muito no Brasil. Cada vez mais, novos usuários entram nesta rede, aumentando sua relevância. Mas as dúvidas sobre o Twitter ainda são muitas. Por isso tivemos a idéia de produzir um manual prático. O material vai ajudar muita gente”, diz Luiz Alberto Ferla (@ferla), CEO da Talk Interactive.


Download do e-book em resolução:

Seleção para Mestrado e Doutorado em Estudos da Linguagem na UEL


Universidade Estadual de Londrina
Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem (PPGEL)
SELEÇÃO PARA MESTRADO E DOUTORADO
Ingresso: 1º semestre de 2010

Linhas de pesquisa:
– Descrição e análise lingüísticas
– Estudos do texto/discurso
– Ensino/aprendizagem e formação do professor de língua portuguesa e de outras linguagens
– Ensino/aprendizagem e formação do professor de língua estrangeira

Período de inscrição: 21 de setembro a 14 de outubro de 2009
Maiores informações: http://www.uel.br/cch/ppgel

III ENPLE - Encontro Nacional sobre Políticas de Língua(s) e Ensino

AVALIANDO POLÍTICAS LINGUÍSTICAS PARA UM MUNDO PLURAL
Brasília, 18 a 20 de novembro de 2009
Promoção: ALAB - Associação de Linguística Aplicada do Brasil

Os debates serão agrupados conforme os temas a seguir:
1. Ensino e formação de professores de língua materna
2. Português língua estrangeira e segunda língua
3. Formação de professores de línguas estrangeiras
4. Ensino e aprendizagem de línguas a distância
5. Contextos bilíngues e língua segunda de fronteira
6. Ensino de LIBRAS e formação de professores
7. Ensino de língua estrangeira para surdos e cegos
8. Formação de professores indígenas de língua(s)
9. Políticas públicas para o ensino de LM e LE
10. Preservação das línguas indígenas e outras línguas faladas no Brasil
11. Lingua(gem) e identidade(s)
12. Ensino de línguas e culturas africanas

Submissão de trabalhos: de 29 de julho a 30 de agosto de 2009

Maiores informações: http://www.alab.org.br/site/index.php?option=com_content&view=section&layout=blog&id=16&Itemid=69

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Círculo - Rodas de Conversa Bakhtiniana 2009



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Revista Signo: Leitura em ambiente digital

Prezados leitores e colaboradores da revista Signo,

É com grande satisfação que informamos à comunidade científica que a revista Signo, vol. 34, nº 56, 2009, dedicada ao tema "Leitura em ambiente digital", encontra-se disponível no site http://online.unisc.br/seer/index.php/signo

Contamos com o seu apoio na divulgação de mais este número e desejamos a todos uma ótima leitura (em ambiente digital ou em versão impressa!)

Atenciosamente,
Equipe Editorial

Concurso para professor na UNICENTRO (PR)

Concurso público para professor de ensino superior na Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), em Guarapuava e Irati (PR).

Há vagas nas áreas de:
- Estágio Supervisionado em Língua Portuguesa;
- Língua Inglesa;
- Língua Espanhola;
- Literatura Portuguesa.

Inscrições pela Internet: de 01 a 19 de outubro de 2009.
Maiores informações: http://www.unicentro.br/concursos/cp8/.

Chamada para publicação: Calidoscópio (Unisinos)


Prezado(a) colega:

A revista Calidoscópio é uma publicação quadrimestral vinculada ao PPG em Linguística Aplicada da Unisinos. Sob o título Calidoscópio, coloca-se a concepção de Linguística Aplicada, orientadora do programa, como área de conhecimento articuladora de múltiplos domínios de saber.
Apresenta-se sob a perspectiva de que é possível, a partir de diferentes prismas teóricos, produzir, à semelhança de um calidoscópio, novas leituras e diferentes propostas, resultantes de diversas combinações.

A Calidoscópio está permanentemente aberta à submissão de artigos de pesquisadores doutores (ou de mestrandos e doutorandos em conjunto com seus orientadores) através de seu sistema eletrônico, que pode ser consultado no seguinte endereço: http://www.unisinos.br/publicacoes_cientificas/calidoscopio/

Especificamente para o terceiro número de 2009, dedicado à linha de pesquisa "Texto, Léxico e Tecnologia", os artigos devem ser submetidos até o dia 20 de agosto.

Para o primeiro número de 2010, dedicado à linha de pesquisa "Linguagem e Práticas Escolares", os artigos devem ser enviados até 20 de novembro.

Já para o segundo número de 2010, dedicado à linha de pesquisa "Interação e Práticas Discursivas", convidamos a comunidade acadêmica a enviar artigos até o dia 05 de maio de 2010.

[...]
As normas para publicação encontram-se no seguinte endereço: http://www.unisinos.br/publicacoes_cientificas/images/stories/pdfs_calidoscopio/vol3n3/instrucoes.pdf

Para qualquer dúvida ou informação, entre em contato com

Caroline Santilli - Editoria de Periódicos Científicos
UAPPG Unisinos
Telefone: +55 51 35911100 R: 3103
www.unisinos.br/publicacoes_cientificas

Você também pode se dirigir à editora da revista Calidoscópio:
Profa. Dra. Ana Maria S. Zilles
PPG Lingüística Aplicada
Telefone: +55 51 35911100 R: 1338
anazil@unisinos.br

Agradecemos desde já por sua contribuição para a permanente qualificação de nosso periódico.

Atenciosamente,
Ana Zilles

Comissão Editorial:
Ana Cristina Ostermann
Dorotea Frank Kersch
Rove Chisman
calidoscopio@unisinos.br

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XXII Seminário Nacional de Inglês Instrumental e X Seminário Nacional de Línguas Instrumentais


Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC (Ilhéus, BA)
Tema: Novas demandas dos contextos acadêmico e profissional

O X Seminário Nacional de Línguas Instrumentais abordará o ensino do português como língua estrangeira

Chamada de trabalhos prorrogada até 28 de agosto de 2009

Maiores informações: http://www.uesc.br/eventos/inglesinstrumental09/

Portugueses resistem a adotar nova ortografia

Desde o início do ano, o novo Acordo Ortográfico já é uma realidade no Brasil. Mas em Portugal, por enquanto, não há acordo. As novas regras aprovadas no país em 2008 previam sua adoção em até seis anos. Os ministérios da Educação e da Cultura cogitaram sua rápida aplicação, de forma escalonada, já a partir de 2009. Mas o movimento contrário à reforma, iniciado ano passado, se expandiu e provoca dúvidas.

Um abaixo-assinado contrário ao acordo, liderado pelo tradutor e ex-deputado Vasco Graça Moura, alcançou mais de 113 mil assinaturas. A petição "Manifesto em defesa da língua portuguesa contra o Acordo Ortográfico" foi apreciada por uma comissão parlamentar, onde um relatório do deputado Feliciano Barreiras Duarte foi aprovado recomendando a apreciação pela Assembleia Nacional. Isso ocorreu em maio passado. Na ocasião, a maioria governista descartou rever a sua aplicação.

O movimento contrário aposta nas eleições legislativas de setembro para conseguir força política e forçar a revisão.

Editoras

Os dois maiores grupos editoriais do país (Leya e Porto Editora) ainda não têm planos de adotar a nova ortografia.

Principal crítico do acordo ortográfico em Portugal, o tradutor Vasco Graça Moura diz que o grande número de assinaturas que conseguiu reunir já era esperado. "Não se esqueça de que dispomos de nove pareceres qualificados contra o Acordo, não havendo nenhum a favor dele", afirmou.

Graça Moura diz que a petição antirreforma continua aberta à subscrição e calcula que dentro de alguns meses as assinaturas terão duplicado. "É sintoma da indignação geral que o Acordo vem causando."

O político acha que a discussão está longe de terminar. "Considero que é possível evitar a adopção [ele pediu para manter o "p" mudo na grafia da palavra] de um documento absolutamente aberrante em Portugal", disse. "É certo que o acordo não foi adoptado em Angola, nem em Moçambique, nem na Guiné-Bissau, pelo que não vale nada como acordo internacional e não pode considerar-se em vigor. Sem contar que adoptá-lo nessas condições seria estimular o fosso ortográfico que tanto se dizia querer evitar."

Graça Moura diz que o acordo é inconstitucional e beneficia sobretudo o Brasil, já que as adaptações são menos numerosas aqui. Para o tradutor, "o Brasil quase não teve de fazer cedências e vê abrir-se a porta de grandes mercados à sua indústria editorial e a um reforço de influência política e cultural no plano transcontinental".

O professor de linguística portuguesa e de fonologia António Emiliano, da Universidade Nova de Lisboa, diz que a publicação do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa neste ano, pela Academia Brasileira de Letras, contraria o segundo artigo do acordo assinado em 1990, que previa uma edição comum aos países.

Diante das críticas, a Academia das Ciências de Lisboa divulgou em 25 de junho um comunicado se comprometendo a lançar uma edição portuguesa do "Volp" até o final do ano.

"Isso não satisfaz. O "Volp" brasileiro e o que a Academia das Ciências de Lisboa tenciona elaborar até ao fim do ano não cumprem os quesitos do acordo", diz Emiliano.

Segundo Graça Moura, "a edição do "Volp", se chegar a ser feita, não pode escamotear a questão do vocabulário científico e técnico também exigido pelo Acordo".

(MARCOS STRECKER da Folha de S.Paulo, 06/08/2009)
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u605819.shtml

I Congresso Nacional Linguagens e Representações: Linguagens e Leituras

Promoção: Mestrado em Letras: Linguagens e Representações, da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC (Ilhéus, BA)

de 14 e 17 de outubro de 2009
Inscrições de trabalhos até 01 de setembro de 2009

Paralelamente ao I CONLIRE, realizar-se-ão o III Encontro Nacional da Cátedra UNESCO de Leitura e o XIV Encontro Local do PROLER. Tais eventos vão viabilizar o diálogo e a interação entre pesquisadores de diferentes níveis e áreas, de variadas procedências e múltiplas formas de ação e inserção nos meios acadêmicos, educacionais, sociais, enfim, discutindo-se questões políticas, científicas e culturais que cercam a leitura na contemporaneidade.

Maiores informações: http://www.conlire.com.br/


II Seminário de Pesquisas e Práticas Pedagógicas: Linguagem Visual e Educação

24 de outubro de 2009, Instituto de Aplicação CAp/UERJ, Rio de Janeiro

O tema desta edição é: O Sentido no Texto Visual em Sala de Aula
Envio de trabalhos: 2 de agosto a 11 de setembro
Maiores informações em: http://www.cepuerj.uerj.br/eventos/lvisual/arquivos%20swf/index.html

Hipertexto 2009 – III Encontro Nacional sobre Hipertexto

De 29 a 31 de outubro de 2009, no CEFET-MG, em Belo Horizonte

O período de inscrição vai do dia 26 de junho até o dia 20 de setembro de 2009 para aqueles que irão apresentar trabalho e até o dia 30 de setembro para ouvintes.

Maiores informações: http://www.hipertexto2009.com.br/

I SEHEL (Seminário de História do Ensino das Línguas)


O I SEHEL tem como objetivo geral congregar, em Sergipe, estudantes, professores, pesquisadores e demais interessados no tema de todo o país, para a troca de experiências de pesquisa, apresentação e publicação de trabalhos, contribuindo assim para a construção de conhecimento nas áreas relacionadas às Letras e à Educação.

Prazo para envio de trabalhos: 15/09/2009

Maiores informações:
http://www.sehel2009.com.br

XV Congresso da ASSEL-Rio (Associação de Estudos da Linguagem do Rio de Janeiro)

Este Congresso, com o tema Linguagens em diálogo: pesquisa e ensino na área de Letras, propõe a contínua divulgação de pesquisas realizadas nos centros universitários públicos e privados do Brasil, com vistas à desejável e frutífera interação entre as diferentes áreas do conhecimento, acrescentando ao debate discussões que levem em conta também os estudos de língua e literatura estrangeiras e a língua dos sinais (LIBRAS).

Serão oferecidos também minicursos vinculados à III Semana de Língua Portuguesa (III SELP), evento anual da Faculdade de Letras da UFRJ.

de 4 a 6 de novembro de 2009, na Faculdade de Letras da UFRJ

Inscrições abertas:
- de 01/07/09 a 15/08/09, para quem quiser submeter resumo de trabalho para comunicações (individuais e coordenadas), sessões de pôsteres, teses recentes e relatos de experiência;
- de 01/07/09 a 30/08/09, para quem desejar participar como ouvinte.

Maiores informações:
www.asselrio.com.br