Para estudantes da era da internet, não há vergonha em copiar

Plagiar conteúdos online é algo natural para estudantes da era digital. Pesquisadores tentam entender o fenômeno

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A antropóloga da Universidade de Notre Dame Susan D. Blum, perturbada pelo alto índice de plágio, passou a estudar como os alunos veem a autoria e a palavra escrita, ou "textos", em linguagem acadêmica.

Ela realizou uma pesquisa etnográfica com 234 alunos dos cursos de graduação da Universidade Notre Dame. “Os estudante de hoje estão em uma encruzilhada formada por uma nova forma de conceber textos e as pessoas que os criaram e aquelas que as citam”, ela escreveu em seu livro “My Word!: Plagiarism and College Culture” (Minha Palavra: Plágio e a Cultura Universitária, em tradução livre).

Blum argumenta que os textos dos estudantes revelam algumas das mesmas qualidades do pastiche que impulsiona outras criações de hoje – programas de TV que constantemente fazem referências a outros programas ou músicas que usam trechos de outras músicas.

Em entrevista, ela disse que a ideia de um autor cujo esforço único cria um trabalho original tem raiz na concepção do indivíduo elaborada durante o Iluminismo. Ela é reforçada pelo conceito ocidental de propriedade intelectual defendida pela lei de direitos autorais. Mas ambas tradições estão sendo questionadas.

“Nossa noção de autoria e originalidade nasceu e floresceu, mas pode estar esvanecendo”, disse Blum.

Ela afirma que os estudantes estão menos interessados em cultivar uma identidade única e autêntica – como estavam na década de 1960 - do que em experimentar muitas personas diferentes, algo que a web permite com suas redes sociais.

Leia na íntegra a matéria de Gabriel Trip para o Último Segundo Educação em http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/para+estudantes+da+era+da+internet+nao+ha+vergonha+em+copiar/n1237738016671.html
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