Hipertexto 2009 – III Encontro Nacional sobre Hipertexto

De 29 a 31 de outubro de 2009, no CEFET-MG, em Belo Horizonte

O período de inscrição vai do dia 26 de junho até o dia 20 de setembro de 2009 para aqueles que irão apresentar trabalho e até o dia 30 de setembro para ouvintes.

Maiores informações: http://www.hipertexto2009.com.br/

I SEHEL (Seminário de História do Ensino das Línguas)


O I SEHEL tem como objetivo geral congregar, em Sergipe, estudantes, professores, pesquisadores e demais interessados no tema de todo o país, para a troca de experiências de pesquisa, apresentação e publicação de trabalhos, contribuindo assim para a construção de conhecimento nas áreas relacionadas às Letras e à Educação.

Prazo para envio de trabalhos: 15/09/2009

Maiores informações:
http://www.sehel2009.com.br

XV Congresso da ASSEL-Rio (Associação de Estudos da Linguagem do Rio de Janeiro)

Este Congresso, com o tema Linguagens em diálogo: pesquisa e ensino na área de Letras, propõe a contínua divulgação de pesquisas realizadas nos centros universitários públicos e privados do Brasil, com vistas à desejável e frutífera interação entre as diferentes áreas do conhecimento, acrescentando ao debate discussões que levem em conta também os estudos de língua e literatura estrangeiras e a língua dos sinais (LIBRAS).

Serão oferecidos também minicursos vinculados à III Semana de Língua Portuguesa (III SELP), evento anual da Faculdade de Letras da UFRJ.

de 4 a 6 de novembro de 2009, na Faculdade de Letras da UFRJ

Inscrições abertas:
- de 01/07/09 a 15/08/09, para quem quiser submeter resumo de trabalho para comunicações (individuais e coordenadas), sessões de pôsteres, teses recentes e relatos de experiência;
- de 01/07/09 a 30/08/09, para quem desejar participar como ouvinte.

Maiores informações:
www.asselrio.com.br

“O Enem e a cobertura da mídia”, artigo de Eliane Bardanachvili

“A mídia produzida de forma aligeirada, pouco convidativa à reflexão, tratando de temas profundos e complexos de forma superficial – e, por vezes, leviana – desperdiça possibilidades. No caso do Enem, por exemplo, a avaliação aparece como algo que julga e condena (as piores escolas...), quando poderia ser mostrada como propiciadora de diagnóstico e de correção de rumos. Não temos no país uma cultura da avaliação como parte de um processo. Para nós, o resultado de uma avaliação é o fim da linha: deu certo ou não deu certo, e ponto final. A forma como se veiculam as matérias sobre o Enem só vem reforçar isso.”

Leia o artigo na íntegra em Observatório da Imprensa, ano 14, n. 548, 28 jul. 2009.

Chamada para publicação: Revista Gláuks

Caros Senhores:

A Revista Gláuks é uma publicação do Departamento de Letras e do Programa de Pós-Graduação Lato sensu em Lingüística e Literatura Comparada da Universidade Federal de Viçosa.

Informamos que a revista está recebendo artigos e resenhas para a publicação de seu próximo número, dedicado à:
Estudos Lingüísticos (Volume 9 - Número 2)

A data limite para o envio dos trabalhos é até 30 de Outubro de 2009.

Atenciosamente,
Cristiane Cataldi dos Santos Paes
Adriana da Silva

Secretaria do Programa de Pós-Graduação
Departamento de Letras
Universidade Federal de Viçosa
Fone:(31) 3899-1583
Home Page: http://www.dla.ufv.br/
E-mail: posgradla@ufv.br

Postagem anterior relacionada:

Cursinhos perdem até 80% dos alunos

Auge foi nos anos 70 e 80, quando os vestibulares das principais universidades ainda valorizavam o chamado "decoreba". Para consultor, expansão das faculdades particulares absorveu alunos menos preparados e ajudou a esvaziar os cursinhos
(Laura Capriglione, da reportagem local / Hélio Schwartsman, da equipe de articulistas)

Com apogeu nos anos 70 e 80, quando eram uma etapa quase indispensável para os que tinham o objetivo de seguir estudos universitários, os cursinhos encolheram. Inexistem estatísticas oficiais sobre o setor, mas, após ouvir professores, empresários e consultores, a Folha apurou que os pré-vestibulares perderam de 70% a 80% das matrículas na comparação com a fase áurea. O encolhimento é apenas a manifestação econômica da cultura que se constituía em elogio do saber enciclopédico, do chamado decoreba. Acabaram-se as aulas-show, em que professores inventavam paródias musicais para alunos memorizarem equações da cinemática, doenças causadas por protozoários, elementos químicos halógenos ou o número de pés no filo dos artrópodes. Dono de uma consultoria educacional, Maurício Costa Berbel, aponta algumas causas. "Uma delas, certamente, foi o fato de os vestibulares das principais universidades e o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) terem aposentado a ideia de que o melhor candidato a uma vaga no ensino superior seja aquele com mais capacidade de memorização." Em vez disso, passou-se a valorizar o raciocínio e a transdisciplinaridade "e essa é uma característica difícil de ser aprimorada em classes com mais de cem alunos, como era comum nos principais cursinhos", afirma o consultor. Mas o fator principal da queda foi a proliferação dos cursos superiores particulares, que teve início em meados dos anos 90. Para dar uma ideia do tamanho da ampliação, há hoje 2.200 instituições de ensino superior nas quais ingressam por ano quase 1,5 milhão de alunos. No início dos anos 1970, as não mais de 200 universidades ofereciam 80 mil vagas por ano. Realistas, alunos menos preparados se deram conta de que dificilmente entrariam nas disputadíssimas vagas de universidades públicas; era melhor ir direto para uma faculdade particular e poupar seis meses ou um ano de mensalidade de cursinho, afirma Berbel.

Sintomaticamente, foram as turmas do período noturno, aquelas frequentadas pelo público obrigado a trabalhar durante o dia, as que mais sofreram com a mudança. Vários cursinhos já nem oferecem essa opção.

Em 2005, veio o ProUni (Programa Universidade para Todos), o qual, ao conceder vagas gratuitas em faculdades privadas para alunos de baixa renda, ampliando ainda mais a possibilidade de acesso ao ensino superior, trouxe mais dificuldades aos cursinhos. Desde sua criação, o ProUni já ofereceu 888 mil bolsas. Outro fator que contribuiu para a queda foi o advento dos chamados "cursinhos populares", a partir dos anos 90. Gratuitos ou com mensalidades que chegam a 1/ 10 do cobrado pelos tradicionais, eles geraram uma guerra de preços que acabou canibalizando o setor.

Quem ainda se dá bem no negócio dos cursos pré-vestibulares acabou reduzindo o número e o tamanho das turmas, focando-se em um público abonado, disposto a lutar por disputadíssimas vagas das melhores instituições, como medicina, engenharia e direito das universidades públicas. Jorge Ovando, gerente de marketing do Intergraus -900 alunos por ano, anuidades que em alguns cursos ultrapassam os R$ 10 mil-, explica que a aposta do grupo é em classes pequenas, extensas cargas horárias (mais de 44 horas por semana), tratamento personalizado. Opção idêntica fez, por exemplo, o curso Poliedro. Esse movimento não significa que os grupos empresariais que mantinham os cursinhos estejam em extinção. Ao longo das últimas três décadas eles diversificaram suas atividades. Boa parte se expandiu para atender também o ensino médio e o fundamental. Alguns se tornaram universidades (são de proprietários de antigos cursinhos algumas das maiores universidades do país). Exemplo disso é a Unip, que nasceu do cursinho Objetivo, com suas 130 mil matrículas (a USP tem 86 mil). Procurado pela reportagem para falar sobre o encolhimento do cursinho, o Objetivo não quis se pronunciar.

(Folha de São Paulo, 27/07/2009)

Concurso para Professor na UEPG

Concurso Público para Professor na Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR)
Inscrições de 24 de julho a 24 de agosto de 2009

Dentre as 42 vagas existentes, há vagas nas áreas de:
- Língua Portuguesa e Linguística;
- Teoria Literária e Literatura de Língua Portuguesa;
- Fundamentos Teórico-Metodológicos da Alfabetização e da Língua Portuguesa;
- Língua e Literatura Espanhola;
- Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.

Maiores informações em www.uepg.br/concurso.

"Edu Lobo é irado, tá ligado, bródi?", artigo de Arnaldo Bloch

“Cansei dessa conversa de que a juventude não lê. E, se não lê, de quem é a culpa? Dos professores, do ensino, do desprezo pelo conhecimento de humanidades, do espírito de competição acirrada e de interesse ultraespecializado, da falta de ideias e, sobretudo, da ausência de um chefe de Estado que faça a revolução pela educação, aquela que ninguém tem coragem de assumir como prioridade?
[...]
Dizem que o mundo atual é tribalista. Quem quiser conversar sobre o quanto Edu Lobo é irado, tá ligado, bródi? (no meu tempo eu diria Edu Lobo é um barato, morou, xará?, e meu pai talvez dissesse Edu Lobo é bacana, manja, meu chapa?, e vovô diria que o Edu é batuta, supimpa, XPTO, e vamos), mas como eu ia dizendo, quem quiser encher a bola de Edu Lobo vai encontrar a turma certa na casa de sucos certa, na gíria certa, sem prejuízo ou exclusão da turma do funk, isso quando as duas turmas não se cruzarem nas fusion sessions ou nas pistas ao som de remixes geniais. E digo mais: uhuuuuu, isssssssa, cáspite, caraca.

Culpar a juventude é o mesmo que culpar a política, o jornalismo, o direito, a medicina, pelos erros do político, do jornalista, do juiz, do médico. O mesmo que culpar o funk pela violência dos indivíduos. É o medo de olhar para o umbigo da própria ignorância, o envelhecimento das ideias, a preguiça de transformar, de compreender as novas falas quando estas anseiam por conhecimento mas rejeitam o bolor e o peso de métodos, currículos e formações ora substanciais no conteúdo e velhas no código, ora vazias de saber e mais modernas que a modernidade.”

Leia o artigo na íntegra em Arnaldo Blog – O blog do Arnaldo Bloch, 18/07/2009.

IX Seminário Pedagogia em Debate e IV Colóquio Nacional de Formação de Professores


O PPGED - Mestrado em Educação e a Faculdade de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Tuiuti do Paraná têm a satisfação de convidar para o IX Seminário Pedagogia em Debate e IV Colóquio Nacional de Formação de Professores que se realizará nos dias 9, 10 e 11 de setembro de 2009, na Universidade Tuiuti do Paraná, em Curitiba/PR.

Contamos com sua presença e agradecemos sua colaboração para divulgar o Seminário e participar de sua realização.

Naura Syria Carapeto Ferreira
Coordenadora do PPG-ED

Link para maiores informações:
http://www.utp.br/divulgacao/IX_pedagogia_em_debate/

Chamada para publicação: "Linguagens, Educação e Sociedade"

O Conselho Editorial da Revista “Linguagens, Educação e Sociedade”, veículo de divulgação científica do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPI, receberá até 30/07/2009 colaborações que versem sobre “Saberes Docentes, Novas Linguagens na Educação e o Currículo” – (edição de jul./dez. 2009).

Todos os livros do mundo

Baseada em um projeto de compartilhamento de informações, a Open Library busca criar uma página na web para todos os livros já escritos. O sistema, que já possui 23 milhões de livros, garimpa informações em 19 grandes bibliotecas e funciona como a Wikipedia, permitindo aos usuários incluir anotações em diferentes edições. Segundo George Oates, líder da iniciativa, em entrevista veiculada pela Telegraph, o projeto busca manter um registro histórico para a posteridade, "compartilhando informações o mais abertamente possível".
Disponível em: http://www.vivaleitura.com.br/pnll2/boletins/boletim_163.htm

Jovens trocam diário de papel pelo computador

Falar, ouvir,trocar mensagens, pesquisar, criar blogs, arquivar informações. Eles são antenados com as possibilidades que a tecnologia oferece.Memória digital.
Os blogs, diários virtuais não param de crescer. Não importa a idade, o sexo ou a profissão - os internautas adoram divulgar conteúdos. São milhares de redatores escrevendo sobre o que vêm à cabeça. Até mesmo uma reportagem.
"Eu criei o meu primeiro blog quando eu era bem pequena. Devia ter uns 12 nos porque eu gostava de uma página toda rosa, falando sobre mim e depois com o tempo eu fui amadurecendo mais e as idéias e hoje eu gosto de escrever sobre coisas que me interessam no dia a dia, de um jeito diferente", fala Gabriela, 21 anos.
A tecnologia na exibição das fotos também é outra: um porta-retrato digital. As imagens podem ser trocadas via cabo USB quantas vezes quiser.
Nada de discos, cds ou dvds. O repertório musical do designer gráfico Mabuse hoje é totalmente virtual.
"São mais ou menos 90 giga que eu tenho. Na ordem de alguns milhares, centenas de milhares", conta.Apaixonado por música, ele afirma que a tecnologia permite a recuperação de obras raras."Há 10 anos atrás você só teria acesso através de fundações, museus", diz.
Poder produzir conteúdos e divulgá-los pro mundo. Com uma pequena câmera na mão e uma super ideia na cabeça, um estudante de 16 anos fez um curta. O vídeo fala sobre a diversidade entre os povos do planeta e foi premiado num concurso internacional.
Vinícius gravou as cenas em casa e editou sozinho o material no computador."Hoje em dia qualquer pessoa pode falar e qualquer pessoa pode ouvir também. Iso que é o legal da internet e da democratização dos meios da comunicação: qualquer pessoa poder falar e também ouvirem as outras pessoas", diz Vinicius Gouveia, estudante de cinema.
Falar, ouvir, trocar mensagens, pesquisar, criar blogs, arquivar informações. Eles são antenados com as possibilidades que a tecnologia oferece.
Até parece que eles já nasceram com uma função que permite mexer com todo tipo de aparelhinho sem o menor esforço. Para eles, tecnologia é como brincadeira.
Essa difusão das idéias em posts, que são as notas dos blogs, nas fotos, nos sites, cria uma espécie de memória coletiva virtual.
"É uma possibilidade de ser uma mídia pessoal, mas ele está dentro de um movimento muito maior que ao meu ver é o que inspira tudo isso: a possibilidade de você propor conteúdo, de você achar gente igual a você, de você falar para os seus iguais, de você criar coletivos de criação", conta José Afonso Júnior, professor de comunicação.
Para quem nasceu no meio dessa revolução tecnológica, é impossível pensar o mundo sem essas maravilhosas máquinas da interação.
via Nehte Ufpe de NEHTE UFPE em 20/06/09
Fonte: Jornal Hoje

"Revolução da cultura digital", artigo de Nelson Pretto

[...]
No campo científico, tem crescido, felizmente de forma vertiginosa, a publicação de revistas acadêmicas no modelo de publicação aberta, com acesso livre para todos, diferente do sistema atual, através do qual editoras cobram fortunas para que o autor possa publicar seus resultados (na maioria das vezes financiados com dinheiro público!) e cobram também outra fortuna para que o leitor possa ter acesso aos artigos. Na Bahia, ainda andamos muito devagar, mas estamos caminhando. A título de exemplo, na UFBA temos nove revistas com a política de acesso aberto e mais sete estão em implantação.
Tenho insistido, lamentavelmente sem muito sucesso, que o governo do Estado promova uma ação mais enérgica e estratégica nessa área. Só falando em termos de campi de universidades públicas, temos ao redor de 30 espalhados pelo interior da Bahia e capital. Imaginem se articulássemos todas as suas bibliotecas, junto com as municipais e estaduais, integrando acervos, sistemas de empréstimos e trocas, revistas on-line, sistemas informatizados compatíveis uns com os outros, tudo livre e acessível para todo cidadão em seu próprio município?
[...]
Leia o artigo na íntegra em http://www.pretto.info/

Formação de novos professores e falta de inovação no ensino básico preocupam especialistas

A formação continuada e a capacitação de professores para a educação básica foram tema de uma mesa-redonda nesta segunda, dia 13, durante a 61ª Reunião Anual da SBPC, em Manaus. Os desafios enfrentados pelos professores do Ensino Fundamental e Médio foram debatidos pelo espanhol Antonio Ibañez, ex-reitor da UnB e ex-secretário de Educação do DF; Mozart Neves Ramos, ex-reitor da UFPE e ex-secretário de Educação de Pernambuco; e Maurício Pietrocola, da Faculdade de Educação da USP. A mediação foi de Lisbeth Cordani, membro da diretoria da SBPC.
Os palestrantes discorreram sobre os quatro eixos fundamentais expostos por Mozart para a valorização do professor da educação básica: salário, formação inicial e continuada, carreira e condições de trabalho. O ex-reitor da UFPE disse que a falta de atrativos afasta da profissão os jovens mais talentosos do ensino médio. Os que se interessam pela carreira são os que têm as menores médias nos vestibulares.
"Os alunos dos cursos de licenciatura chegam com deficiências sérias do ensino médio. Até entram bastante motivados, mas com essas deficiências graves de formação. Então a motivação vai acabando conforme vão ocorrendo as reprovações nas disciplinas. A evasão ao longo do curso é enorme. A cada turma de 30 alunos, se formam cinco", explicou Mozart.
O resultado é a ausência de professores especializados nas salas de aula. De acordo com dados apresentados por Mozart, a cada quatro professores de física nas escolas, apenas um é possui graduação na área. Segundo Antonio Ibañez, a situação do ensino médio noturno é ainda mais preocupante atualmente."
O ensino médio noturno é o pior dos piores dos mundos. Se a gente supõe que tinha que ser igual ao ensino médio diurno, então é uma fraude. Se faltam professores no diurno, imagina no noturno. E mais a violência, a falta de transporte, de luz. Se começamos com dez turmas, em dois meses temos apenas duas", relatou Ibañez, apontando em seguida uma possível solução. "Tínhamos que dar a mesma atenção que recebe o diurno e ainda separar as turmas por idade. Até 18 anos o jovem iria para o ensino médio normal. Jovens de mais de 18 e adultos fariam um ensino médio com curso profissionalizante. Claro que se algum adulto quisesse fazer o ensino médio regular, alguma unidade estaria apta a receber esse adulto".
O professor falou ainda sobre a interferência de problemas externos, presentes nas regiões onde as escolas estão inseridas e que afetam também a qualidade do ensino.
"Acho uma injustiça essas avaliações que detonam as escolas públicas. Porque nem sempre a culpa é das escolas. Algumas delas dão tudo o que podem aos alunos. Mas às vezes a situação desses estudantes e do entorno dessas escolas é tão ruim que os professores não conseguem dar mais. Eles fazem tudo o que podem", contou Ibañez.
Para ele, os problemas são muitos, mas há um esforço para encontrar soluções. "Um passo importante é reconhecer o problema. O Ministério da Educação reconheceu que há uma falta de professores de química, física, matemática e biologia em sala de aula e traçou um plano. Se o plano vai dar certo não sabemos", falou Ibañez.
"É importante que a gente tenha uma agenda mínima, um plano de longo prazo. Precisamos de um projeto de estado para a educação e não de governo. Eu já estive falando com o ministro Fernando Haddad, com o ex-ministro Paulo Renato, com o Cristovam Buarque. Não pode mudar tudo a cada novo ministro que entra. Se a gente não articular esse compromisso de longo prazo as coisas não vão se resolver", afirmou Mozart.
Maurício Pietrocola concorda com os demais conferencistas. "Educação demora, precisa de tempo. Não se resolve com um projeto, com um governo. É um projeto de nação", disse.
O professor da USP disse estar preocupado ainda com a falta de espaço para a inovação. Segundo ele, países que conseguiram boas condições para professores do ensino básico, como a Espanha, já estão pesquisando novas formas de ensino. "Os problemas deles não são os mesmos. Eles têm professores que ganham bem, que trabalham só metade do tempo dentro das salas de aula. Mas estão preocupados com outra questão para atingir a educação de qualidade. Existem projetos na Espanha que flertam com a inovação educacional", contou Maurício.
O professor da USP explicou que, quando há uma conjuntura de mudanças à vista, esses países costumam investir em projetos de educação.
"Fiquei muito preocupado quando voltei da Europa e vi a quantidade de projetos educacionais que europeus e americanos estão financiando", afirmou Maurício. "A Holanda, por exemplo, está promovendo uma revisão do seu currículo de ciências".
Segundo o pesquisador, o Brasil tem sim que resolver os problemas mais urgentes e básicos da educação básica, mas também deve começar a pensar e se preocupar em não ficar para trás nesse movimento de reciclagem e inovação.
"Um bom professor hoje pode não ser um bom professor daqui a 15 anos", concluiu.
(Daniela Amorim)
JC e-mail 3804, de 14 de Julho de 2009.
Disponível em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=64692

XIX Seminário do CELLIP


XIX SEMINÁRIO DO CELLIP - CENTRO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS DO PARANÁ
UNIOESTE, Cascavel, 21 a 23 de outubro de 2009
www.unioeste.br/eventos/cellip

Período de inscrições para apresentação de trabalhos, propostas de mesas coordenadas e minicursos: 30 de março de 2009 a 14 de agosto de 2009

Orientação para as Inscrições

ÁREAS PARA INSCRIÇÃO:

LÍNGUA ESTRANGEIRA
1- O Lúdico no Ensino de Língua Estrangeira
2- Material Didático em Língua Estrangeira
3- As Tecnologias de Comunicação Mediática e o Ensino de Línguas Estrangeiras
4- Literatura, Identidade e Sociedade
5- Discurso Oral e Escrito em Língua Estrangeira
6- Língua, Cultura, Ensino e Identidade
7- Fonética e Fonologia no Ensino de Línguas Estrangeiras
8- Formação de Professor em Língua Estrangeira
9- Literatura no Ensino de Língua Estrangeira
10 - Leitura e Letramento Crítico em Língua Estrangeira
11- O Ensino de Língua Estrangeira para Crianças
12 - Língua Inglesa como Língua Franca e as Implicações no Ensino
13- Português como Língua Estrangeira
14- Outros

LITERATURA
1. Literatura e Ensino
2. Literatura e Cultura
3. Literatura Pós-Colonial
4. Literatura Clássica
5. Literatura Brasileira
6. Literatura Portuguesa
7. Literatura Hispânica
8. Literatura Italiana
9. Literaturas de Língua Inglesa
10. Literatura e Mito
11. Literatura e Outras Artes
12. Literatura e Cinema
13. Literatura, História e Memória
14. Literatura Comparada
15. Literatura e Política
16. Critica e História Literária
17. Literatura e Dramaturgia
18. Literatura Infantil
19- Outros

LINGUAGEM E ENSINO
1. Aquisição da Escrita: alfabetização e letramento
2. Formação de Professores de Língua Portuguesa
3. Leitura e Formação do Leitor
4. Gêneros Discursivos e Ensino
5. Análise Linguística na Escola
6. Mídia e Ensino
7. Teorias Linguísticas e Ensino
8. Materiais Didáticos e Ensino de Língua Portuguesa
9. Oralidade em Sala de Aula: ensino e interação face-a-face
10. História da Disciplina de Língua Portuguesa
11. Outros

LINGUÍSTICA
1. Linguística e Educação
2. Cognição, Relevância e Interface Semântico-Pragmática
3. Tecnologia e Paradigmas da Complexidade
4. Estudos em Análise do Discurso
5. Estudos Geolingüísticos no Brasil
6. Fala-em-Interação Social
7. Gêneros Textuais Jornalísticos em suportes diversos: análise e ensino
8. Lexicologia, Lexicografia e Terminologia
9. Língua, Sujeito e História
10. Lingüística Sistêmico-Funcional
11. Plurilingüismo e Contato Lingüístico
12. Estudos em Sintaxe e Semântica
13. Processos de Construção Textual
14. Subjetividade na Voz e na Escrita
15. Teoria Fonológia e suas Interfaces
16. Variação e Mudança em Morfossintaxe
17- Estudos em Linguística Formal
18. Outros

MESAS COORDENADAS

MINICURSOS

"O suicídio da Universidade", artigo de Monclar Valverde

Nos últimos anos, temos observado que os campos e métodos da pesquisa universitária têm sido cada vez mais pautados pelas agências de financiamento, comandadas pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior) e dirigidas pelo governo federal. Tudo, na rotina universitária, passa por essas agências, que operam como uma espécie de FMI do mundo acadêmico: a definição das linhas de pesquisa e das próprias "areas de concentração", os seminários internos de pesquisa, os colóquios e simpósios (nacionais e "internacionais"), as publicações, as disciplinas ministradas e até mesmo a ocupação do espaço físico.

Tal situação gera uma mentalidade de gincana, em que predomina, do ponto de vista institucional, o "eventismo" (a multiplicação virótica de "eventos científicos", cada vez mais inchados e improdutivos) e, do ponto de vista da produção individual, a publicação requentada de artigos antigos ou a mera colcha de retalhos de citações e auto-citações, produzidos, muitas vezes, por pessoas que não têm rigorosamente nada a dizer, mas são obrigados a "tornar públicas suas reflexões", para continuar a receber suas bolsas e dotações suplementares.


Muitos dos chamados "grupos de pesquisa" se organizam como pequenas seitas, em que recém-doutores embevecidos com seus títulos, sentem-se autorizados (e quiçá obrigados) a forjar continuamente novos conceitos e metodos, mesmo que ainda não tenham conseguido dar conta das idéias que pretendem superar. Basta analisar a bibliografia adotada pelos participantes de um desses grupos para se ter idéia de sua homogeneidade intelectual e do centralismo "metodológico" exercido por boa parte das supostas lideranças acadêmicas.

O teor das pesquisas, teses e dissertações é um problema à parte: anos após o famoso "caso Sokal", vemos multiplicarem-se aqui, especialmente nas áreas de artes, letras e ciências humanas, verdadeiros casos de delírio intelectual, sempre justificados pelo progresso intrínseco da "produção do conhecimento", mas incapazes de distinguir a ousadia do mero deslumbramento. Quando não é este o caso, trata-se de exercícios de empirismo bem intencionado e politicamente correto, a favor de qualquer tipo de "inclusão social" ditada pelas ONGs ou pelo Estado (que se parece cada vez mais com uma ONG). Os trabalhos de qualidade são raros. Os que possuem, além da qualidade, elegância e sobriedade são raríssimos.

Chega a ser constrangedor verificar o zelo com que todo um exército de pesquisadores (com seus batalhões de bolsistas, da Iniciação Científica ao Pós-Doutorado) preenche, incansável, todos os relatórios que lhe pedem, respeitando prazos arbitrários e se submetendo a formulários nem sempre muito inteligentes. Esses operários do saber passam a maior parte do seu tempo atualizando o famigerado Currículo Lattes (triste homenagem ao grande César...) ou produzindo material ad hoc para preenchê-lo, sem deixar passar nem mesmo o bate-papo informal, devidamente transformado em "palestra" ou "trabalho de orientação".

Os Programas de Pós-Graduação, por sua vez, vivem em função de um senhor virtual, sua majestade "o Relatório (da CAPES)", procurando obsessivamente cumprir não só as exigências da agência, mas até mesmo as expectativas apenas insinuadas por ela. É possível mesmo dizer que muitos deles se programam a partir de tais expectativas, chegando a farejar no ar os temas que agradarão aos comitês científicos ou atenderão às prioridades proclamadas pelo governo vigente, em nome dos "interesses nacionais" ou "sociais", conforme o caso.

No governo anterior, o tripé ensino-pesquisa-extensão favoreceu claramente a "pesquisa", possibilitando a constituição de uma verdadeira aristocracia de professores-bolsistas, que soube muito bem defender seus interesses e barrar o caminho ao baixo clero universitário, relegado ao trabalho pesado das aulas e da administração acadêmica. No governo atual, a balança pende fortemente para o lado da extensão, entendida de modo assistencialista e até mesmo demagógico. No primeiro período, até a própria extensão foi travestida de pesquisa; no segundo, é a vez da pesquisa disfarçar-se em projetos de extensão. Nos dois contextos, o ensino viveu praticamente abandonado, como um primo pobre, solenemente abandonado às cotas e à educação à distância, apresentada como grande panacéia.

Contudo, há quem pondere que não deveríamos tratar a CAPES como um agente externo, pois, afinal, são os próprios professores-pesquisadores que compõem os seus quadros. Mas não passa despercebido a ninguém o fato de que a maioria dos chamados "representantes das áreas (de conhecimento) na CAPES", muito rapidamente se transformam em representantes da CAPES nas diversas áreas de conhecimento, atuando como verdadeiros feitores, que não deixam de ser recompensados por sua conveniente subserviência. De qualquer modo, não há como negar que tais agentes, muitas vezes mais realistas que o rei, fazem parte da chamada "comunidade universitária".

Por isso, quando a Universidade chegar ao esgotamento total de sua força criativa, quando perder de vez seu melhor material humano, quando transformar-se completamente numa fábrica de tabelas e relatórios e, de fato, "morrer", teremos que admitir que isto não aconteceu por obra de forças hostis ou devido a causas naturais, mas por suicídio premeditado.

(Monclar Valverde é Professor Adjunto da Faculdade de Comunicação da UFBA. Doutor em Filosofia (UFRJ, 1995), com pós-doutorado em Teoria da Comunicação (Paris V, 2001))

Seminário de Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa da USP



VIII Seminário de Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa
“Formação inicial do professor e repercussão na sala de aula”

São Paulo, 13 de julho de 2009.

Prezados colegas professores e estudantes de Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e Literatura,

É com satisfação que comunicamos a realização do VIII Seminário de Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa, cujo tema será Formação inicial do professor e repercussão na sala de aula. O evento ocorrerá em 07 e 08 de outubro de 2009 e sua programação poderá ser vista em breve no site do Laboratório de Leitura e Expressão Criadora - LALEC - http://www2.fe.usp.br/~lalec/, da Faculdade de Educação da USP


Os objetivos do Seminário, entre outros, são os que seguem:
• Apresentar e discutir resultados de pesquisas e de novas experiências no campo da Metodologia de Ensino de Língua Portuguesa;
• Promover a socialização dos trabalhos dos alunos resultantes de seus estágios;
• Promover o intercâmbio entre professores do ensino fundamental, médio e superior e de estudantes;
• Propor novas reflexões sobre formação inicial e contínua de professores de Língua Portuguesa;
• Discutir novas demandas e novas perspectivas de abordagens para o ensino de Língua Portuguesa, Literatura e Lingüística.

A exemplo do que temos feito desde 2003, quando propusemos a realização do I Colóquio de Professores de Metodologia de Ensino de Língua Portuguesa e de Literatura, que neste ano será realizado na UFMA, de 03 a 06/11/09, bem como do que vimos investigando desde 2005, nesta edição do Seminário enfatizaremos as seguintes questões norteadoras das nossas preocupações em torno da especificidade das disciplinas encarregadas de fazer o elo entre linguagem e educação:
• A especificidade da disciplina Metodologia, ou Prática, ou Didática, de Ensino de Língua Portuguesa: Quais práticas dão contorno ao que é central na disciplina? Seleção de conteúdos? Formulação de atividades? Indicação de linhas teóricas mais eficazes para o trabalho na docência?
• A pluralidade de nomes e de endereços: Quais as razões e as conseqüências das variações como Didática da Língua e da Literatura, Prática de Ensino de...; Metodologia de... e outros? E da lotação do professor da disciplina, ora no Departamento de Letras, ora no Departamento de Educação, etc.?
• A natureza do relatório de estágio: como vem sendo conduzida a sua confecção? Com um caráter de reconhecimento da situação ou mais investigativo? Ele tem se tornado uma instância a mais de crítica à escola e às suas práticas cotidianas ou um estudo sobre a cultura escolar? Ele se constitui em um trabalho em que o licenciando pode exercitar a autoria?
• O papel, a importância e abrangência das práticas de estágio para a disciplina e para a formação do professor de Língua Materna e de Literatura: Como são avaliadas e valorizadas as experiências do estagiário? A realização do estágio, a presença do estagiário no cotidiano escolar, é também vista como um momento importante da pesquisa universitária? Como as universidades e as redes escolares se organizam para cumprir a LDB em relação às suas exigências legais em relação à formação do professor?
• A cultura institucional frente ao estágio: como lidar com uma cultura, infelizmente já instalada em muitas escolas, de fornecer a assinatura nas fichas de estágio sem que o estágio tenha sido realizado? Como instaurar projetos eficazes de trabalho em conjunto com a escola?
• A relação da disciplina com os documentos oficiais sobre o ensino de Língua Portuguesa, tais como PCNS, Propostas Estaduais, Municipais, etc: a disciplina deve estar a serviço da implantação destas propostas? É o lugar da crítica destas propostas? É um momento de teste? É um momento em que o aluno tem contato com as teorias que embasam as propostas?
• Os diálogos possíveis com as outras disciplinas: o que um aluno pode não saber ao chegar no estágio? Em que momento do curso a matrícula na disciplina é pertinente? Que tipo de leitura é pertinente fazer na disciplina? De reconhecimento de conteúdo? De busca de informação? De polemização?
• A atuação dos professores da disciplina enquanto área: Como tem sido nossa participação em eventos nacionais e internacionais? Há eventos regionais eventos específicos da área?

Essas questões têm motivado nossos esforços de pesquisa por meio de projetos que têm sido apoiados por diferentes órgãos:
1. Representações concernentes à formação do professor de língua Materna: Estudos sobre a especificidade da disciplina “metodologia/didática/prática do ensino da Língua Materna”, apoiado pela Pró-reitoria de Pesquisa da USP, 2006 - 2008.
2. Disciplinas da licenciatura voltadas para o ensino de Língua Portuguesa: saberes e práticas na formação docente, colaboração USP-UFMA, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão- FAPEMA, 2008 - 2010.
3. Projeto de Cooperação Acadêmica: Disciplinas da Licenciatura voltadas para o ensino de Língua Portuguesa, apoiado pelo Programa de Cooperação Acadêmica - PROCAD-CAPES (Processo No. 23038.0433099/2008-78), cooperação UFMA-USP-UERN, 2009-2013.

Temos a firme convicção de que a partir deste debate será possível reunir elementos para uma reorganização da área na busca de um perfil acadêmico e científico que faça jus à sua relevância na formação do professor de Língua Materna e de Literatura.

Contamos com a sua colaboração.

Comissão organizadora do VIII Seminário de Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa da FEUSP.

Docentes:
Prof. Dr. Claudemir Belintane, Profa. Dra. Claudia Rosa Riolfi, Prof. Dr. Émerson de Pietri, Profa. Dra. Idméa Semeghini-Siqueira, Profa. Dra.Neide Luzia de Rezende, Prof. Dr. Sandoval Nonato Gomes Santos e Prof. Dr. Valdir Heitor Barzotto.

Alunos:
Adriana Santos Batista, Daniel Santos Silva, Débora Trevizo, Diego Navarro, Francisca Maria Soares dos Reis, Janaína M. de Oliveira Silva, Marcelo Dias, Margarete Fátima Pauletto Sales e Silva, Marion Celli e Rodrigo Moura Lima de Aragão.

Público alvo: professores de Língua Portuguesa da educação básica; professores universitários; pesquisadores da área e estudantes universitários.
(São de grande interesse para este evento os trabalhos apresentados em parceria, desenvolvidos entre estudantes de graduação que fizeram estágio e professores de educação básica que cederam suas aulas para as atividades realizadas)
Formas de participação: com comunicação oral e como ouvinte.
Valores: R$ 25,00 para alunos de graduação e R$ 35,00 para os demais inscritos.
Prazos: com apresentação de trabalho: de 13 a 30/08/09
sem apresentação de trabalho: de 13 a 06/10/09

Livro "Das tábuas da Lei à Tela do Computador" de Marisa Lajolo e Regina Zilberman - lançamento

Marisa Lajolo e Regina Zilberman discutem neste livro as sutis e complexas relações que se estabelecem entre oralidade e escrita, literatura e história, jornais e livros, e outras tantas personagens que protagonizam os cenários da leitura num momento em que a cultura – mesmo a cultura letrada – transita por tantas e tão diferentes mídias.

Com erudição, refinamento e bom humor, as autoras conduzem o leitor por leituras instigantes de discursos aparentemente tão diversos quanto tragédias clássicas, literatura de cordel, campanhas de incentivo à leitura e anúncios publicitários. Assim, numa viagem pelo mundo das letras, dos livros e dos leitores, percorrem caminhos que vão desde Moisés, na antológica cena bíblica em que lhe são confiadas as tábuas da lei, até os blogues contemporâneos, cuja linguagem irreverente às vezes tira o sono a professores.

Constituído de ensaios sutilmente interligados, Das tábuas da lei à tela do computador – A leitura em seus discursos revela um universo fascinante de temas surpreendentes, tratados por quem entende do assunto.

Ficha Técnica
- Coleção: Temas
- Autores: Marisa Lajolo e Regina Zilberman- Número de páginas: 176
- Preço: R$ 35,90
- Mais Informações: divulgacaouniversitaria@atica.com.br ou 0800-115152

Divulgação de site de Literatura


"Caro(a) amigo(a), tenho uma boa notícia para lhe dar: está à nossa disposição um novo site de Literatura. E o que é melhor, ele está justamente voltado para receber as nossas próprias criações e de nossos alunos, e com editoras por perto, para, quem sabe?, apoiarem alguns de nossos "escritores"...

Imaginei que você gostaria de saber e de estimular os alunos a produzirem seus próprios textos e incluírem no site. Quantos de nós trabalham e trabalham para estimular a expressão dos jovens, não é? E nem sempre eles têm um canal para divulgarem o que escrevem.

No site http://www.saladeleitura.com.br/ eles mesmos poderão postar suas produções e começar a tecer a rede junto a outros jovens, indefinidamente. [...]

Ass.: Carmen Lozza"

===================

Não dava pra não divulgar este site.
A Carmen Lozza tem uma longa história relacionada a ações de promoção da leitura, inclusive vinculada a jornais como O Globo.

E-book "Redes sociais na Internet"

O livro Redes sociais na Internet de Raquel Recuero (Sulina, 2009) trata de um fenômeno que toca milhares de usuários ao redor do mundo, as redes sociais na Internet - (Orkut, Facebook, blogs, Twitter, Flickr, Fotologs e vídeos do YouTube).

Nesta obra, o leitor aprenderá como os atores sociais criam conexões e aumentam o seu capital social, como as redes servem de metáfora para novos agrupamentos sociais, como as dinâmicas temporais das conexões na Internet evoluem em processos de cooperação, competição e conflito.

Este livro está disponível para download em http://www.redessociais.net/.

MEC estuda mudar regras para professores

Ideia é permitir que docentes com dedicação exclusiva possam incorporar ao salário remuneração por serviço privado
O governo discute mudanças na carreira dos professores das universidades federais. A ideia é enviar projeto de lei ao Congresso definindo regras para a atuação dos docentes contratados em regime de dedicação exclusiva. Uma das propostas é permitir que esses profissionais incorporem a seus salários, dentro do limite constitucional de R$ 24.500, qualquer remuneração por serviços que prestem a empresas privadas e órgãos governamentais.

Quem optar por trabalhar na universidade em regime de dedicação exclusiva poderá ganhar uma nova gratificação.

O assunto está em discussão nos Ministérios da Educação, Planejamento e Ciência e Tecnologia. Sindicatos de professores e reitores também já foram consultados.

A iniciativa de disciplinar a dedicação exclusiva, conhecida pela sigla DE, tem origem em acórdão do Tribunal de Contas da União que disciplina a relação das universidades federais com suas fundações de apoio.

Atualmente, é comum que professores contratados em regime de DE participem de projetos de pesquisa intermediados pelas fundações de apoio. Desse modo, eles recebem uma remuneração extra via fundação. Para o TCU, a situação é irregular.

O tribunal concluiu que muitos projetos são contratados sem aprovação nas instâncias acadêmicas das universidades, numa total falta de transparência que abre brechas para desvios.O TCU entende que o Ministério da Educação já paga um valor adicional por ter professores em DE.

Uma das propostas é que os professores em DE disponham de oito horas semanais para dedicar a projetos externos e incorporem a remuneração à folha de pagamento das universidades, o que daria mais transparência ao processo.

Outra proposta previa que, nesse caso, os professores perderiam o status de DE e seriam contratados pelo regime de 40 horas semanais.

Mudanças no ensino médio ainda provocam dúvidas

Quem acompanha a discussão diz que essa proposta foi abandonada e que o debate está verde: — Estamos num momento de diálogo. Não há uma decisão — disse um dos participantes do debate sobre o assunto.

As mudanças no ensino médio aprovadas anteontem pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) ainda provocam dúvidas entre especialistas. A doutora Maria Sylvia Simões Bueno, professora da Universidade Estadual Paulista (Unesp), criticou ontem o MEC por querer implantar o projeto, inicialmente, em cem escolas de todo o país, que receberão entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões do governo federal.

— Vão financiar apenas cem escolas. Só aqui em São Paulo temos mais de 5 mil escolas de ensino médio. Eles falam no texto que não serão escolas-modelo, que é para começar uma experiência. Esse tipo de projeto me cheira a politicagem.

Miriam Abramovay, coordenadora de pesquisa da Rede de Informação Tecnológica LatinoAmericana (Ritla), disse que falta à escola entender o que os jovens pensam e falam: — Acho que é a primeira vez que está se tentando dar voz à juventude. Eles (os alunos) podem escolher 20% das matérias, mas os professores têm que estar preparados para entender quem são esses jovens. Senão, eles escolhem as matérias, mas a escola continua chata.

Demétrio Weber escreve para “O Globo” (02/07)
Disponível em: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=64449

Conselho de Educação aprova fim de disciplinas no ensino médio

O CNE (Conselho Nacional de Educação) aprovou nesta terça-feira (30), em Brasília, a proposta do MEC (Ministério da Educação) de apoiar currículos inovadores para o ensino médio. Pelo projeto, será possível lecionar os conteúdos de maneira interdisciplinar, sem que sejam divididos nas tradicionais disciplinas como história, matemática ou química. O aluno também terá condições de escolher parte de sua grade de estudos.

A partir de 2010, cerca de cem escolas deverão receber financiamento da pasta para implantar mudanças curriculares com o objetivo de tornar a etapa de estudos mais atraente.
"Esperamos que essa proposta seja acompanhada e avaliada e possa se tornar uma política universal", disse a secretária de educação básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda.

De acordo com ela, a intenção é que o programa seja estendido e que todas as escolas que oferecem ensino médio possam adotar as mudanças curriculares. "Nossa intenção não é ter escolas modelos, mas que todas possam oferecer ensino de mais qualidade", disse o coordenador-geral do ensino médio da Secretaria de Educação Básica, Carlos Artexes Simões.

Como funciona a ideia

Pela proposta, o ministério financiará projetos de escolas públicas que privilegiem, entre outras mudanças, um currículo interdisciplinar e flexível para o ensino médio.

A intenção é que a atual estrutura curricular - organizada em disciplinas - seja substituída pela organização dos conteúdos em quatro eixos: trabalho, ciência, tecnologia e cultura, para que os conteúdos ensinados ganhem maior relação com o cotidiano e façam mais sentido para os alunos. Outra mudança a ser estimulada é a flexibilidade do currículo: 20% da grade curricular deve ser escolhida pelo estudante.

O texto prevê o aumento da carga horária mínima do ensino médio - de 2,4 mil horas anuais para 3 mil - além do foco na leitura, que deve passar por todos os campos do conhecimento. A proposta estimula experiências com a participação social dos alunos e o desenvolvimento de atividades culturais, esportivas e de preparação para o mundo do trabalho.

Segundo Artexes, a partir das recomendações do CNE à proposta, o ministério terá condições de organizar o programa e apresentá-lo aos estados e ao Distrito Federal. "Nos próximos 40 dias, o ministério definirá o volume de recursos disponível para o programa e a forma de financiamento, se diretamente à escola ou se por meio de convênio com as secretarias estaduais", afirmou.

Disponível em: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/07/01/ult105u8325.jhtm
Com informações da Assessoria de Imprensa do MEC

"O mal estar na Universidade", artigo de Olgária Mattos

A militarização do campus universitário da USP e a solução de conflitos através da força atestam o “esquecimento da política”, substituída pela ideologia da competência, entendida segundo o modelo da gestão empresarial, com seu culto da eficiência e otimização de resultados. Também a proposta mais recente da reforma da carreira docente e do projeto da implantação da Univesp (Universidade Virtual do Estado de São Paulo), respondem, cada qual à sua maneira, à “produtividade”, os acréscimos salariais dos professores subordinando-se ao número de publicações e a seu estatuto— se livro, capítulo de livro, ensaio em revistas, se estas se ajustam ao “selo de qualidade” das agências de financiamento; número de congressos; soma de palestras; orientações de teses e dissertações e, sobretudo, se estas obedecem ao prazo preconizado, tanto mais exíguos quanto mais os estudantes chegam à Universidade desprovidos de pré-requisi tos à pesquisa,como um conhecimento adequado do português para fins de leitura e escrita universitária, (guardadas as exceções de praxe), bem como acesso a línguas estrangeiras. De fato, a Universidade se adapta às circunstâncias do ensino médio, e o mestrado pretende contornar as deficiências da formação no ensino médio (e fundamental também), que incidem nos anos de graduação, convertida em extensão do segundo grau.
[...]

Leia o artigo na íntegra em: http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=4382