Nunca esqueci três situações que presenciei em minha vida como professor e pesquisador: a primeira foi quando ainda era bolsista de iniciação científica, fui entregar meu relatório mensal na secretaria da pró-reitoria de pós-graduação e pesquisa e um aluno de um curso das ciências exatas ficou surpreso em me conhecer: “Não sabia que havia pesquisa em Letras”. Aquilo foi como uma ofensa para o meu ego.
A segunda situação foi quando já era mestrando e estava no estágio docente. Meu orientador estava dando aula para o primeiro semestre e eu estava no canto, como auxiliar. Foi quando um aluno perguntou ao meu orientador se, além de dar aula, ele trabalhava. Parece brincadeira, mas o professor, talvez sem entender, respondeu que também trabalhava com pesquisa. Mas o aluno insistiu e meu orientador disse que fazia parte de seu trabalho pesquisar, produzir ciência.
Por fim, a terceira, eu passo cotidianamente em meu trabalho, alunos que, quando vão pesquisar algo (na internet, por exemplo) não conseguem achar nada que atenda às suas necessidades.
Essas situações me fizeram refletir sobre como a pesquisa em nossa área tem sido relegada a uma obrigação acadêmica para os alunos e, quando tanto, levada a sério por poucos. Na esperança de que, divulgando alguns sites de grupos de pesquisas e eventos, esse problema possa ser minimizado exporei aqui alguns comentários sobre tais sites. Também serão mencionadas, nas próximas páginas, algumas sugestões de como dar os primeiros passos rumo à produção de conhecimento. É claro que este texto não supre todas as necessidades de um pesquisador, mas acredito que possa servir como pontapé inicial.
Leia na íntegra a matéria de Francisco Edmar Cialdine Arruda e LETENS para a revista Língua Portuguesa em http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica-ortografia/27/artigo206870-1.asp